Gafanhotos viram iguaria em região da Nigéria
da BBC, em Londres
Em Borno, Estado na região nordeste da Nigéria, o homem está dando o troco no gafanhoto do deserto, que virou um prato muito apreciado pela população local.
Nesta época do ano, é comum que gafanhotos infestem a região semi-árida, destruindo as escassas plantações e a vegetação.
Mas os habitantes de Borno encontraram um modo de tirar proveito do problema.
Eles comem os insetos, que ganharam o apelido de “camarões do deserto”.
'Dando o troco'
Segundo o caçador de gafanhotos Gambo Ibrahim, de 27 anos, o dialeto inglês local tem um ditado que diz “Na do me, I do you”, que quer dizer algo como “se você come minha plantação, eu como você”, explica.
“Homens e insetos acabam perdendo com o problema, mas acho que eles perdem mais – porque nós os comemos. Acho que você poderia dizer que uma ação provoca uma reação”, diz Ibrahim, rindo.
“Uma vez que eles voam e nós não, temos de pegá-los em um território que nos seja familiar – o chão”, conta. “Eles não voam à noite porque faz muito frio e por isso é a melhor hora para capturá-los”.
Ibrahim conta que usa botas militares e roupas grossas quando sai à noite para pegar os gafanhotos, além de uma lanterna presa ao seu capacete. “Ela serve para iluminação, mas também como atrativo para os gafanhotos”, explica.
Petisco
“Depois que pegamos os insetos, levamos os sacos para o mercado. Um saco de gafanhotos vivos chega a valer US$30 (cerca de R$ 65)”, conta Ibrahim, que diz que a maioria de seus clientes são mulheres, que tiram as asas dos insetos, fritam e os vendem para o público.
“Nós só tiramos as asas e fritamos os gafanhotos em óleo vegetal”, conta Esther Daniel, uma das clientes de Ibrahim. “Depois vendemos como petisco, junto com uma farofa com pimenta e sal chamada vaji”.
“Nós gostamos dos gafanhotos porque são saborosos e nutritivos. Na verdade, parecem camarões”, conta uma admiradora do prato, Judith Passo. “As pernas são a melhor parte. São elas que fazem com que as pessoas chamem os gafanhotos de ‘camarões do deserto'”, diz ela, rindo.
Nesta época do ano, é comum que gafanhotos infestem a região semi-árida, destruindo as escassas plantações e a vegetação.
Mas os habitantes de Borno encontraram um modo de tirar proveito do problema.
Eles comem os insetos, que ganharam o apelido de “camarões do deserto”.
'Dando o troco'
Segundo o caçador de gafanhotos Gambo Ibrahim, de 27 anos, o dialeto inglês local tem um ditado que diz “Na do me, I do you”, que quer dizer algo como “se você come minha plantação, eu como você”, explica.
“Homens e insetos acabam perdendo com o problema, mas acho que eles perdem mais – porque nós os comemos. Acho que você poderia dizer que uma ação provoca uma reação”, diz Ibrahim, rindo.
“Uma vez que eles voam e nós não, temos de pegá-los em um território que nos seja familiar – o chão”, conta. “Eles não voam à noite porque faz muito frio e por isso é a melhor hora para capturá-los”.
Ibrahim conta que usa botas militares e roupas grossas quando sai à noite para pegar os gafanhotos, além de uma lanterna presa ao seu capacete. “Ela serve para iluminação, mas também como atrativo para os gafanhotos”, explica.
Petisco
“Depois que pegamos os insetos, levamos os sacos para o mercado. Um saco de gafanhotos vivos chega a valer US$30 (cerca de R$ 65)”, conta Ibrahim, que diz que a maioria de seus clientes são mulheres, que tiram as asas dos insetos, fritam e os vendem para o público.
“Nós só tiramos as asas e fritamos os gafanhotos em óleo vegetal”, conta Esther Daniel, uma das clientes de Ibrahim. “Depois vendemos como petisco, junto com uma farofa com pimenta e sal chamada vaji”.
“Nós gostamos dos gafanhotos porque são saborosos e nutritivos. Na verdade, parecem camarões”, conta uma admiradora do prato, Judith Passo. “As pernas são a melhor parte. São elas que fazem com que as pessoas chamem os gafanhotos de ‘camarões do deserto'”, diz ela, rindo.