Bolívia não entrará no Mercosul 'de olhos fechados', diz chanceler
da BBC, em Londres
O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, disse que seu país não entrará no Mercosul “com olhos fechados”. Ele afirmou que a entrada da Bolívia como sócio pleno no bloco poderá demorar “um ano ou mais”, até que estejam dadas as condições adequadas para o país de Evo Morales fazer parte da integração.
As declarações do ministro foram reproduzidas pelo jornal boliviano La Razón, em uma reportagem com o título: “Bolívia duvida do atual Mercosul”.
A vice-ministra de Relações Econômicas Internacionais, María Luisa Ramos, disse que não interessa à Bolívia uma união “de forma irresponsável”. Segundo ela, antes de qualquer medida, o governo Morales ouvirá as opiniões e queixas dos setores produtores e exportadores da Bolívia.
“Seria muito irresponsável entrar para o Mercosul nas atuais condições”, insistiu.
Cúpula do Rio
A expectativa é que os presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela analisem uma carta enviada por Morales, solicitando a entrada do país como membro pleno do Mercosul. Os presidentes reúnem-se nesta semana no Rio de Janeiro.
Segundo a vice-ministra, o objetivo do presidente boliviano é buscar a integração de toda a região, através da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa).
A Bolívia, afirmou María Luísa Ramos, quer estar presente nos dois blocos regionais sul-americanos – o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações (CAN) – mas sem perder os benefícios tarifários que possui.
“Morales mostrou seu desejo de estar nos dois blocos. E está claro que é preciso fazer modificações nas duas integrações”, afirmou.
Segundo ela, o governo atual não fará como seus antecessores que teriam realizado negociações e adesões “sem ver as conseqüências para o país”.
A principal barreira para que a Bolívia seja membro pleno do bloco é a Tarifa Externa Comum (TEC) – base fundamental da “união aduaneira imperfeita”, como é considerado hoje o Mercosul.
A TEC sempre foi o ponto que impediu que o Chile – com economia mais aberta que a dos sócios do Mercosul – integrasse inteiramente o bloco.
Com concessões, as delegações do Paraguai e do Uruguai também poderiam se sentir no direito de reclamar facilidades. Hoje, os dois países já vêm conversando separadamente com o governo dos Estados Unidos. Pelas regras atuais do bloco, essas conversas não poderiam avançar para um tratado de livre comércio com Washington.
Segundo o secretário argentino de Relações Econômicas Internacionais, embaixador Alfredo Chiaradia, deverá ser criado na reunião do Rio um grupo de trabalho para estudar como a Bolívia poderá entrar no Mercosul sem que abandone a CAN.
As declarações do ministro foram reproduzidas pelo jornal boliviano La Razón, em uma reportagem com o título: “Bolívia duvida do atual Mercosul”.
A vice-ministra de Relações Econômicas Internacionais, María Luisa Ramos, disse que não interessa à Bolívia uma união “de forma irresponsável”. Segundo ela, antes de qualquer medida, o governo Morales ouvirá as opiniões e queixas dos setores produtores e exportadores da Bolívia.
“Seria muito irresponsável entrar para o Mercosul nas atuais condições”, insistiu.
Cúpula do Rio
A expectativa é que os presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela analisem uma carta enviada por Morales, solicitando a entrada do país como membro pleno do Mercosul. Os presidentes reúnem-se nesta semana no Rio de Janeiro.
Segundo a vice-ministra, o objetivo do presidente boliviano é buscar a integração de toda a região, através da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa).
A Bolívia, afirmou María Luísa Ramos, quer estar presente nos dois blocos regionais sul-americanos – o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações (CAN) – mas sem perder os benefícios tarifários que possui.
“Morales mostrou seu desejo de estar nos dois blocos. E está claro que é preciso fazer modificações nas duas integrações”, afirmou.
Segundo ela, o governo atual não fará como seus antecessores que teriam realizado negociações e adesões “sem ver as conseqüências para o país”.
A principal barreira para que a Bolívia seja membro pleno do bloco é a Tarifa Externa Comum (TEC) – base fundamental da “união aduaneira imperfeita”, como é considerado hoje o Mercosul.
A TEC sempre foi o ponto que impediu que o Chile – com economia mais aberta que a dos sócios do Mercosul – integrasse inteiramente o bloco.
Com concessões, as delegações do Paraguai e do Uruguai também poderiam se sentir no direito de reclamar facilidades. Hoje, os dois países já vêm conversando separadamente com o governo dos Estados Unidos. Pelas regras atuais do bloco, essas conversas não poderiam avançar para um tratado de livre comércio com Washington.
Segundo o secretário argentino de Relações Econômicas Internacionais, embaixador Alfredo Chiaradia, deverá ser criado na reunião do Rio um grupo de trabalho para estudar como a Bolívia poderá entrar no Mercosul sem que abandone a CAN.