Porto Alegre é exemplo para cidades do futuro, diz 'Guardian'

da BBC, em Londres

Uma reportagem do britânico The Guardian nesta quarta-feira lista o programa de orçamento participativo, em vigor há vários anos em Porto Alegre, como exemplo de iniciativa pública para garantir a governabilidade dos centros urbanos no longo prazo.

A preocupação do diário britânico foi motivada por um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), que recentemente estimou que o mundo está prestes a se tornar definitivamente urbanizado. Ainda neste ano ou no próximo, mais da metade da população do globo viverá em centros urbanos, diz a ONU.

"Mais de 60 milhões de pessoas se mudam para as cidades e subúrbios do planeta a cada ano, sobretudo nos assentamentos pobres de baixa renda nos países desenvolvidos", diz o Guardian.

"A urbanização não-planejada está cobrando um preço alto à saúde humana e do meio-ambiente, contribuindo para a instabilidade social, ecológica e econômica em muitos países."

Nesse contexto, avalia o diário, o orçamento participativo é uma importante ferramenta para garantir à Porto Alegre "qualidade e expectativa de vida que rivaliza com cidades na Europa e na América do Norte".

Queixas contra o Brasil

Às vésperas da Cúpula do Mercosul que ocorrerá na próxima sexta-feira e sábado no Rio de Janeiro, o diário econômico argentino El Cronista Comercial destaca o descontentamento do governo de Nestor Kirchner com um plano de compensações oferecido pelo Brasil a Uruguai e Paraguai, os sócios menores do Mercosul.

O plano brasileiro, bem-recebido pelos sócios mais frágeis, prevê que os dois países possam fabricar produtos com mais componentes importados que o permitido aos sócios maiores, Brasil e Argentina.

Pela proposta brasileira, produtos feitos nos dois sócios menores poderiam conter até 75% de insumos estrangeiros – quase o dobro do nível atual – e ainda assim gozar de preferências tarifárias dentro do Mercosul, disse o chanceler.

Segundo o Cronista Comercial, a Argentina considerou a oferta "unilateral". Funcionários da chancelaria argentina querem reduzir a proposta do Itamaraty a alguns setores previamente definidos, diz a matéria. O assunto será debatido durante a reunião do Rio de Janeiro.

Violência nos EUA

Autoridades de segurança dos Estados Unidos estão atribuindo um aumento nas taxas de criminalidade de Los Angeles à rivalidade entre as comunidades latino-americana e afrodescendente, relata matéria do jornal The New York Times nesta quarta-feira.

No ano passado, a violência entre gangues aumentou 14% na principal cidade da Califórnia e segunda maior cidade do país, em um momento em que as taxas gerais de criminalidade decaíam.

Grande parte da violência foi resultado de "rivalidades entre gangues de negros e latinos, especialmente em bairros onde a população negra está em declínio e a população latina, em ascensão", diz o jornal.

De acordo com o NYT, as confrontações entre as duas comunidades "motivam manifestações públicas e longas discussões em programas de rádio e encontros comunitários".

Um especialista de direitos humanos de Los Angeles, Rabbi Freehling, disse que a elevação da criminalidade reflete "o fracasso de representantes do governo e da comunidade em preparar os moradores (das comunidades pobres e em transição) para as mudanças sócio-econômicas".

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