Assessora do premiê britânico é detida pela polícia
da BBC, em Londres
Uma conselheira política do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, Ruth Turner, foi detida pela polícia por algumas horas nesta sexta-feira por suspeitas de envolvimento em um esquema de concessão de títulos de nobreza a empresários em troca de empréstimos para as campanhas eleitorais de 2005.
Turner foi a quarta pessoa detida pela polícia por causa do escândalo que envolve, além do partido de Blair, o Trabalhista, os outros dois principais partidos britânicos, o Conservador e o Liberal Democrata.
A polícia britânica já interrogou cerca de 90 pessoas nas investigações do suposto esquema.
Turner é diretora de relações governamentais, ou seja, ao principal elo de ligação entre a cúpula do governo e o partido Trabalhista, e já tinha sido interrogada sobre o caso em setembro.
Nesta sexta-feira, ela foi acusada por suspeitas de obstruir o trabalho da Justiça.
A analista da BBC Carole Walker classificou Turner de "figura central" na equipe de Tony Blair e disse que a prisão dela deve ter provocado "arrepios de alarme" em todo o gabinete.
Autoridades
Tony Blair e o ex-líder conservador Michael Howard estão entre as autoridades interrogadas pela polícia durante as investigações.
No entanto, até esta sexta-feira, apenas três pessoas tinham sido detidas: o principal arrecadador de fundos trabalhista, Michael Levy; o doador Christopher Evans, que contribuiu para a campanha trabalhista; e o diretor de escola Des Smith, envolvido num programa do governo, City Academy.
As investigações começaram com acusações de que Tony Blair teria vendido títulos de nobreza a quatro empresários em troca de doações no valor de 4,5 milhões de libras (R$ 19 milhões) ao Partido Trabalhista.
As suspeitas foram levantadas depois que a comissão independente que aprova a concessão de títulos de nobreza detectou irregularidades nos processos de alguns nomeados.
A Scotland Yard (polícia de Londres) começou então a investigar o caso. A venda de títulos de nobreza é proibida na Grã-Bretanha desde 1925.
Os trabalhistas confessaram terem tomado 14 milhões de libras (R$ 58 milhões) em empréstimos secretos.
Já o Partido Conservador admitiu ter recebido crédito de 16 milhões de libras (R$ 67 milhões) de 13 empresários, e os Liberais Democratas disseram que devem 850 mil libras a três credores.
Nenhum partido admite, no entanto, ter recebido dinheiro por títulos de nobreza.
Tony Blair disse que ele e o secretário-geral do partido souberam dos empréstimos secretos, mas que o tesoureiro dos trabalhistas, Jack Dromey, e outros políticos não foram informados. Suspeita-se que os empréstimos foram obtidos por Michael Levy.
A Scotland Yard planejava encerrar as investigações do caso e entregá-lo aos cuidados do serviço de Promotoria da Grã-Bretanha, que decidirá se abre processos contra os envolvidos ou não.
No entanto, com os últimos desdobramentos do inquérito, a polícia informou que precisará de mais investigações até submeter o caso à promotoria.
Turner foi a quarta pessoa detida pela polícia por causa do escândalo que envolve, além do partido de Blair, o Trabalhista, os outros dois principais partidos britânicos, o Conservador e o Liberal Democrata.
A polícia britânica já interrogou cerca de 90 pessoas nas investigações do suposto esquema.
Turner é diretora de relações governamentais, ou seja, ao principal elo de ligação entre a cúpula do governo e o partido Trabalhista, e já tinha sido interrogada sobre o caso em setembro.
Nesta sexta-feira, ela foi acusada por suspeitas de obstruir o trabalho da Justiça.
A analista da BBC Carole Walker classificou Turner de "figura central" na equipe de Tony Blair e disse que a prisão dela deve ter provocado "arrepios de alarme" em todo o gabinete.
Autoridades
Tony Blair e o ex-líder conservador Michael Howard estão entre as autoridades interrogadas pela polícia durante as investigações.
No entanto, até esta sexta-feira, apenas três pessoas tinham sido detidas: o principal arrecadador de fundos trabalhista, Michael Levy; o doador Christopher Evans, que contribuiu para a campanha trabalhista; e o diretor de escola Des Smith, envolvido num programa do governo, City Academy.
As investigações começaram com acusações de que Tony Blair teria vendido títulos de nobreza a quatro empresários em troca de doações no valor de 4,5 milhões de libras (R$ 19 milhões) ao Partido Trabalhista.
As suspeitas foram levantadas depois que a comissão independente que aprova a concessão de títulos de nobreza detectou irregularidades nos processos de alguns nomeados.
A Scotland Yard (polícia de Londres) começou então a investigar o caso. A venda de títulos de nobreza é proibida na Grã-Bretanha desde 1925.
Os trabalhistas confessaram terem tomado 14 milhões de libras (R$ 58 milhões) em empréstimos secretos.
Já o Partido Conservador admitiu ter recebido crédito de 16 milhões de libras (R$ 67 milhões) de 13 empresários, e os Liberais Democratas disseram que devem 850 mil libras a três credores.
Nenhum partido admite, no entanto, ter recebido dinheiro por títulos de nobreza.
Tony Blair disse que ele e o secretário-geral do partido souberam dos empréstimos secretos, mas que o tesoureiro dos trabalhistas, Jack Dromey, e outros políticos não foram informados. Suspeita-se que os empréstimos foram obtidos por Michael Levy.
A Scotland Yard planejava encerrar as investigações do caso e entregá-lo aos cuidados do serviço de Promotoria da Grã-Bretanha, que decidirá se abre processos contra os envolvidos ou não.
No entanto, com os últimos desdobramentos do inquérito, a polícia informou que precisará de mais investigações até submeter o caso à promotoria.