Brasil deve se aliar a Canadá contra EUA na OMC
da BBC, em Londres
É ''quase impossível'' que o Brasil não se alie ao Canadá na Organização Mundial do Comércio (OMC), na disputa do país com os Estados Unidos, por conta de subsídios agrícolas concedidos aos produtores de milho americanos. A informação foi dada por Roberto Azevêdo, o diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, em Washington, nesta sexta-feira.
Ainda nesta sexta, o Brasil comunicou à sede da OMC, em Genebra, sua intenção de participar da consultas solicitadas pelo Canadá em relação aos subsídios americanos. Após um período de 60 dias, os canadenses decidirão se pretendem ou não realizar uma queixa formal à OMC, que convocaria então um painel para analisar o contencioso entre os dois países.
Azevêdo veio aos Estados Unidos para se encontrar com deputados e senadores americanos, com vistas à ressurreição da retomada de negociações relativas à Rodada de Doha da OMC - as discussões que visam reduzir barreiras comerciais em todo o mundo.
Ele disse ter mantido ''conversas muito boas e cordiais'' com os políticos americanos que dissiparam a impressão de que as autoridades dos Estados Unidos têm resistências ao Brasil e creditam ao país o colapso da Rodada de Doha.
Efeito negativo
O representante do Itamaraty afirmou não temer que a possibilidade forte de o Brasil apoiar o Canadá em um painel da OMC surta um efeito negativo sobre os americanos.
De acordo com o representante do Itamaray, no passado, o Brasil já foi vítima de queixas na OMC e já fez queixas junto ao órgão.
"Faz parte da vida'', acrescenta. Para ele, ''é quase impossível que o Brasil não venha a participar, ao menos como terceira parte'', de uma possível ação canadense junto à entidade. Isso porque ''várias questões levantadas pelo Canadá já foram levantadas no painel do algodão. E o Brasil não pode se omitir em uma situação em que determinações que favorecem o Brasil sejam reinterpretadas.''
Azevêdo se referia a uma decisão da OMC feita no ano passado. Na ocasião, a entidade condenou os subsídios dos Estados Unidos sobre o algodão. O painel referente ao caso foi aberto pelo Brasil.
O diretor do Departamento Econômico do Itamaraty não especificou se o Brasil particpará como terceira parte ou como demandante, caso o Canadá decida realizar uma queixa formal junto à OMC.
Caso opte pela primeira opção, a participação do Brasil terá limites claros e o país não poderá constar de todas as etapdas da discussão. Se, por outro lado, optar por ser demandante, o Brasil terá voz ativa em todo o processo.
Segundo o representante brasileiro, ''a única certeza é que o Brasil vai acompanhar o caso de perto, para evitar um retrocesso em relação às determinações que surgiram no painel do algodão''.
Ainda nesta sexta, o Brasil comunicou à sede da OMC, em Genebra, sua intenção de participar da consultas solicitadas pelo Canadá em relação aos subsídios americanos. Após um período de 60 dias, os canadenses decidirão se pretendem ou não realizar uma queixa formal à OMC, que convocaria então um painel para analisar o contencioso entre os dois países.
Azevêdo veio aos Estados Unidos para se encontrar com deputados e senadores americanos, com vistas à ressurreição da retomada de negociações relativas à Rodada de Doha da OMC - as discussões que visam reduzir barreiras comerciais em todo o mundo.
Ele disse ter mantido ''conversas muito boas e cordiais'' com os políticos americanos que dissiparam a impressão de que as autoridades dos Estados Unidos têm resistências ao Brasil e creditam ao país o colapso da Rodada de Doha.
Efeito negativo
O representante do Itamaraty afirmou não temer que a possibilidade forte de o Brasil apoiar o Canadá em um painel da OMC surta um efeito negativo sobre os americanos.
De acordo com o representante do Itamaray, no passado, o Brasil já foi vítima de queixas na OMC e já fez queixas junto ao órgão.
"Faz parte da vida'', acrescenta. Para ele, ''é quase impossível que o Brasil não venha a participar, ao menos como terceira parte'', de uma possível ação canadense junto à entidade. Isso porque ''várias questões levantadas pelo Canadá já foram levantadas no painel do algodão. E o Brasil não pode se omitir em uma situação em que determinações que favorecem o Brasil sejam reinterpretadas.''
Azevêdo se referia a uma decisão da OMC feita no ano passado. Na ocasião, a entidade condenou os subsídios dos Estados Unidos sobre o algodão. O painel referente ao caso foi aberto pelo Brasil.
O diretor do Departamento Econômico do Itamaraty não especificou se o Brasil particpará como terceira parte ou como demandante, caso o Canadá decida realizar uma queixa formal junto à OMC.
Caso opte pela primeira opção, a participação do Brasil terá limites claros e o país não poderá constar de todas as etapdas da discussão. Se, por outro lado, optar por ser demandante, o Brasil terá voz ativa em todo o processo.
Segundo o representante brasileiro, ''a única certeza é que o Brasil vai acompanhar o caso de perto, para evitar um retrocesso em relação às determinações que surgiram no painel do algodão''.