Canadá começa a julgar acusado de matar 26 mulheres
da BBC, em Londres
A Justiça do Canadá começa a julgar nesta segunda-feira um criador de porcos acusado de matar 26 mulheres, no que seria o maior caso de assassinatos em série da história do país.
O julgamento, em Vancouver, dever revelar detalhes sobre os assassinatos que até agora eram mantidos em segredo pela Justiça.
As supostas vítimas estão entre uma lista de mais de 60 mulheres que teriam desaparecido das ruas de Vancouver desde os anos 1980. A maioria desapareceu nos anos 1990.
Em fevereiro de 2002, a polícia invadiu uma imunda fazenda de criação de porcos administrada por Robert William Pickton e o indiciou pelo assassinato de duas das mulheres da lista.
Conforme os investigadores faziam buscas na propriedade de Pickton nos meses seguintes, o número de acusações de assassinato contra ele começou a crescer constantemente, chegando a certo ponto a 27.
Desde então, uma das acusações foi retirada, por falta de provas.
Críticas
Na ocasião de sua prisão, Pickton havia abandonado o trabalho na fazenda, criando apenas alguns porcos para vender a amigos e vizinhos.
A fazenda em Port Coquitlam, a cerca de 50 quilômetros de Vancouver, se tornou menos e menos ativa conforme os subúrbios de Vancouver se expandiram e a família de Pickton vendia porções de sua terra para a construção de habitações e de shoppings que hoje cercam a propriedade.
Apesar do número de indiciamentos, a polícia foi criticada algumas vezes pela falta de ação no caso.
A maioria das vítimas eram prostitutas e dependentes de drogas das ruas de Downtown Eastside, o bairro mais pobre de Vancouver.
Enquanto o número de mulheres desaparecidas subia no fim dos anos 1990, alguns familiares e líderes comunitários acusaram a polícia de não levar a sério as suspeitas locais de que um serial killer estava matando prostitutas.
Porém a polícia insiste ter investigado as denúncias, mas alega que os desaparecimentos eram muitas vezes difíceis de ser confirmados e investigados porque muitas das mulheres não tinham residência permanente e mantinham pouco contato com suas famílias.
E a polícia diz que não tinha provas dos assassinatos porque nenhum corpo havia sido encontrado.
Investigações
Dezenas de investigadores forenses passaram meses na propriedade. Eles analisaram toneladas de terra e realizaram testes de DNA.
Mas pouco mais do que isso é conhecido publicamente sobre as acusações contra Pickton.
Restrições à publicação tornaram ilegal para os jornalistas relatar qualquer evidência até que elas sejam apresentadas no julgamento.
O juiz James Williams afirmou que as chances de Pickton ter um julgamento justo poderiam ser ameaçadas se o júri fosse exposto às evidências pela mídia.
Julgamento dividido
O grande volume de provas também ameaçou o andamento do caso. Algumas provas de DNA teriam centenas de milhares de amostras.
A apresentação de tais provas no tribunal poderia levar anos, então o juiz decidiu dividir o julgamento em dois.
As provas sobre seis das acusações serão reveladas agora, com as 20 restantes para serem julgadas num caso separado posteriormente.
Mesmo assim, o primeiro julgamento deve durar ao menos um ano.
Alguns dos familiares de vítimas dizem esperar comparecer ao máximo de sessões possível.
Outros aceitaram um convite do tribunal para assistir a uma única semana do julgamento em uma área especial dedicada às famílias.
Alguns familiares também poderão ser convocados como testemunhas.
O julgamento, em Vancouver, dever revelar detalhes sobre os assassinatos que até agora eram mantidos em segredo pela Justiça.
As supostas vítimas estão entre uma lista de mais de 60 mulheres que teriam desaparecido das ruas de Vancouver desde os anos 1980. A maioria desapareceu nos anos 1990.
Em fevereiro de 2002, a polícia invadiu uma imunda fazenda de criação de porcos administrada por Robert William Pickton e o indiciou pelo assassinato de duas das mulheres da lista.
Conforme os investigadores faziam buscas na propriedade de Pickton nos meses seguintes, o número de acusações de assassinato contra ele começou a crescer constantemente, chegando a certo ponto a 27.
Desde então, uma das acusações foi retirada, por falta de provas.
Críticas
Na ocasião de sua prisão, Pickton havia abandonado o trabalho na fazenda, criando apenas alguns porcos para vender a amigos e vizinhos.
A fazenda em Port Coquitlam, a cerca de 50 quilômetros de Vancouver, se tornou menos e menos ativa conforme os subúrbios de Vancouver se expandiram e a família de Pickton vendia porções de sua terra para a construção de habitações e de shoppings que hoje cercam a propriedade.
Apesar do número de indiciamentos, a polícia foi criticada algumas vezes pela falta de ação no caso.
A maioria das vítimas eram prostitutas e dependentes de drogas das ruas de Downtown Eastside, o bairro mais pobre de Vancouver.
Enquanto o número de mulheres desaparecidas subia no fim dos anos 1990, alguns familiares e líderes comunitários acusaram a polícia de não levar a sério as suspeitas locais de que um serial killer estava matando prostitutas.
Porém a polícia insiste ter investigado as denúncias, mas alega que os desaparecimentos eram muitas vezes difíceis de ser confirmados e investigados porque muitas das mulheres não tinham residência permanente e mantinham pouco contato com suas famílias.
E a polícia diz que não tinha provas dos assassinatos porque nenhum corpo havia sido encontrado.
Investigações
Dezenas de investigadores forenses passaram meses na propriedade. Eles analisaram toneladas de terra e realizaram testes de DNA.
Mas pouco mais do que isso é conhecido publicamente sobre as acusações contra Pickton.
Restrições à publicação tornaram ilegal para os jornalistas relatar qualquer evidência até que elas sejam apresentadas no julgamento.
O juiz James Williams afirmou que as chances de Pickton ter um julgamento justo poderiam ser ameaçadas se o júri fosse exposto às evidências pela mídia.
Julgamento dividido
O grande volume de provas também ameaçou o andamento do caso. Algumas provas de DNA teriam centenas de milhares de amostras.
A apresentação de tais provas no tribunal poderia levar anos, então o juiz decidiu dividir o julgamento em dois.
As provas sobre seis das acusações serão reveladas agora, com as 20 restantes para serem julgadas num caso separado posteriormente.
Mesmo assim, o primeiro julgamento deve durar ao menos um ano.
Alguns dos familiares de vítimas dizem esperar comparecer ao máximo de sessões possível.
Outros aceitaram um convite do tribunal para assistir a uma única semana do julgamento em uma área especial dedicada às famílias.
Alguns familiares também poderão ser convocados como testemunhas.