Pacote de Lula cria expectativa no Brasil, diz 'La Nación'
da BBC, em Londres
O pacote econômico que o governo brasileiro pretende anunciar nesta segunda-feira porá fim à grande expectativa criada e marcará uma mudança de estratégia no país, segundo reportagem publicada pelo diário argentino La Nación.
Segundo o jornal, o plano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá “aumentar de forma drástica os gastos públicos para acelerar uma taxa de crescimento estancada”.
O diário observa que “o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui investimentos de mais de US$ 160 bilhões e foi criticado antes de seu lançamento por diferentes setores econômicos, se propõe a acelerar o crescimento até alcançar uma taxa de 5% anuais, tal como prometeu Lula ao assumir seu segundo mandato”.
O jornal comenta que, nos quatro anos do primeiro mandato de Lula, o PIB brasileiro cresceu a uma taxa média anual de 2,6%.
Para a reportagem, “o crescimento econômico estimulado pelo maior volume de gasto público marca uma mudança estratégica em relação à chamada ‘era Palocci’, marcada pelo rigor no controle dos gastos”.
O jornal observa que enquanto Antonio Palocci esteve à frente do Ministério da Fazenda, o setor público sempre fechou suas contas com um superávit superior à meta de 4,25% do PIB.
“O PAC, porém, muda essa estratégia e prevê uma taxa menor, com um índice estimado de até 3,75% do PIB, o que obriga um maior investimento público”, explica a reportagem.
Bolívia no Mercosul
A anunciada entrada da Bolívia no Mercosul deve provocar uma disputa entre as “chamadas duas esquerdas latino-americanas”, na avaliação de artigo publicado nesta segunda-feira pelo diário espanhol El País.
O jornal observa que o bloco, fundado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, já responde a 75% do PIB da América do Sul após a entrada formal da Venezuela.
Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru estão hoje na condição de associados ao bloco, mas a Bolívia formalizou na semana passada, durante a cúpula do Rio de Janeiro, sua intenção de tornar-se membro pleno.
Com isso, segundo o jornal, haverá um debate sobre o futuro do bloco.
De um lado, como defendem Brasil e Argentina, “a integração econômica de seus membros e sua conversão em uma área de livre comércio com uma tarifa externa comum”, ainda, como observa a reportagem, que esses países “não descartem uma integração política a longo prazo”.
Do outro lado, “a formação de um bloco político, chamado antiimperialista, de um agressivo nacionalismo econômico, como defende o venezuelano Hugo Chávez com o apoio de Evo Morales e do equatoriano Rafael Correa”.
Campanha eletrônica nos EUA
O uso de vídeos na internet como ferramenta na campanha eleitoral para a Presidência dos Estados Unidos, exemplificada pelo lançamento da candidatura da ex-primeira-dama Hillary Clinton em seu site, é tema de reportagens publicadas em diversos jornais internacionais nesta segunda-feira.
Para o diário americano The Washington Post, “a campanha para as eleições de 2008, já em andamento, deverá ser lembrada como o ponto em que os vídeos na internet se tornaram essenciais para a estratégia de comunicações de qualquer candidato presidencial sério”.
Segundo o jornal, “os candidatos e suas equipes vêem os vídeos na internet como uma ferramenta barata e potencialmente significativa para contar sua história de campanha sem o filtro da mídia tradicional”.
O jornal britânico The Times, por sua vez, diz que o uso desse tipo de tecnologia “permite aos candidatos demonstrar uma afinidade com a modernidade e ao mesmo tempo permite a eles controlar sua mensagem de uma maneira que uma entrevista coletiva ou entrevistas na TV não permitiriam”.
Segundo o diário, a decisão de Hillary de lançar sua campanha na internet “evitou o controle da grande mídia, que apesar de ter o acesso direto a ela negado no fim de semana, ainda assim deu a ela grande cobertura”.
O também britânico The Guardian observa que os lançamentos das candidaturas de Hillary e do governador democrata Bill Richardson, no fim de semana, com vídeos na internet, seguiram o exemplo do também democrata senador Barack Obama, que já havia publicado seu vídeo na terça-feira.
“A escolha pela internet confirma uma tendência crescente nos Estados Unidos, onde a internet está se tornando parte integrante do processo político. Políticos e ativistas prestam agora tanta atenção aos blogs quanto às fontes tradicionais de notícias”, diz a reportagem.
Segundo o jornal, o plano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá “aumentar de forma drástica os gastos públicos para acelerar uma taxa de crescimento estancada”.
O diário observa que “o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui investimentos de mais de US$ 160 bilhões e foi criticado antes de seu lançamento por diferentes setores econômicos, se propõe a acelerar o crescimento até alcançar uma taxa de 5% anuais, tal como prometeu Lula ao assumir seu segundo mandato”.
O jornal comenta que, nos quatro anos do primeiro mandato de Lula, o PIB brasileiro cresceu a uma taxa média anual de 2,6%.
Para a reportagem, “o crescimento econômico estimulado pelo maior volume de gasto público marca uma mudança estratégica em relação à chamada ‘era Palocci’, marcada pelo rigor no controle dos gastos”.
O jornal observa que enquanto Antonio Palocci esteve à frente do Ministério da Fazenda, o setor público sempre fechou suas contas com um superávit superior à meta de 4,25% do PIB.
“O PAC, porém, muda essa estratégia e prevê uma taxa menor, com um índice estimado de até 3,75% do PIB, o que obriga um maior investimento público”, explica a reportagem.
Bolívia no Mercosul
A anunciada entrada da Bolívia no Mercosul deve provocar uma disputa entre as “chamadas duas esquerdas latino-americanas”, na avaliação de artigo publicado nesta segunda-feira pelo diário espanhol El País.
O jornal observa que o bloco, fundado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, já responde a 75% do PIB da América do Sul após a entrada formal da Venezuela.
Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru estão hoje na condição de associados ao bloco, mas a Bolívia formalizou na semana passada, durante a cúpula do Rio de Janeiro, sua intenção de tornar-se membro pleno.
Com isso, segundo o jornal, haverá um debate sobre o futuro do bloco.
De um lado, como defendem Brasil e Argentina, “a integração econômica de seus membros e sua conversão em uma área de livre comércio com uma tarifa externa comum”, ainda, como observa a reportagem, que esses países “não descartem uma integração política a longo prazo”.
Do outro lado, “a formação de um bloco político, chamado antiimperialista, de um agressivo nacionalismo econômico, como defende o venezuelano Hugo Chávez com o apoio de Evo Morales e do equatoriano Rafael Correa”.
Campanha eletrônica nos EUA
O uso de vídeos na internet como ferramenta na campanha eleitoral para a Presidência dos Estados Unidos, exemplificada pelo lançamento da candidatura da ex-primeira-dama Hillary Clinton em seu site, é tema de reportagens publicadas em diversos jornais internacionais nesta segunda-feira.
Para o diário americano The Washington Post, “a campanha para as eleições de 2008, já em andamento, deverá ser lembrada como o ponto em que os vídeos na internet se tornaram essenciais para a estratégia de comunicações de qualquer candidato presidencial sério”.
Segundo o jornal, “os candidatos e suas equipes vêem os vídeos na internet como uma ferramenta barata e potencialmente significativa para contar sua história de campanha sem o filtro da mídia tradicional”.
O jornal britânico The Times, por sua vez, diz que o uso desse tipo de tecnologia “permite aos candidatos demonstrar uma afinidade com a modernidade e ao mesmo tempo permite a eles controlar sua mensagem de uma maneira que uma entrevista coletiva ou entrevistas na TV não permitiriam”.
Segundo o diário, a decisão de Hillary de lançar sua campanha na internet “evitou o controle da grande mídia, que apesar de ter o acesso direto a ela negado no fim de semana, ainda assim deu a ela grande cobertura”.
O também britânico The Guardian observa que os lançamentos das candidaturas de Hillary e do governador democrata Bill Richardson, no fim de semana, com vídeos na internet, seguiram o exemplo do também democrata senador Barack Obama, que já havia publicado seu vídeo na terça-feira.
“A escolha pela internet confirma uma tendência crescente nos Estados Unidos, onde a internet está se tornando parte integrante do processo político. Políticos e ativistas prestam agora tanta atenção aos blogs quanto às fontes tradicionais de notícias”, diz a reportagem.