Criminalidade e narcotráfico são os principais desafios de Lula, diz jornal
da BBC, em Londres
A criminalidade e o narcotráfico são os principais desafios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por causa da capacidade que os grupos criminosos demonstram de desafiar o poder do Estado, segundo afirma editorial publicado nesta quinta-feira pelo jornal argentino La Nación.
“A onda de violência e terror que acometeu o Rio de Janeiro responde às mesmas características de insegurança, bandoleirismo e atuação de redes criminosas com capacidade para desafiar a autoridade e o poder do Estado”, afirma o jornal.
O diário cita o caso das recentes ondas de ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo e os ataques ao transporte público e tiroteios vividos no Rio de Janeiro no mês passado para exemplificar “as ações terroristas, como definiu o presidente Lula”.
“O narcotráfico é hoje, sem dúvidas, o maior desafio para a segurança pública de nosso país vizinho”, diz o editorial.
“Mas deve se alertar que constitui, além disso, uma ameaça em escala regional, porque as causas e conseqüências do problema brasileiro se encontram também em muitas cidades latino-americanas, nas quais o narcotráfico avança com a marginalização e a falta de perspectivas das populações. E isso exige respostas coordenadas e integrais, e uma luta frontal contra a impunidade”, conclui o editorial.
Caso Cicarelli
Reportagem publicada nesta quinta-feira pelo diário irlandês Irish Independent afirma que a recente polêmica em torno do vídeo que mostra a modelo Daniela Cicarelli supostamente mantendo relações sexuais em uma praia “mostra como conceitos como privacidade e reputação perdem o sentido na era da internet”.
Para o jornal, o vídeo que “eclipsou as eleições gerais no Brasil em termos de interesse do público” pode ser um caso exemplar para “a discussão de quem controla a internet, se é que alguém a controla”.
A reportagem observa que mesmo com o bloqueio do acesso ao site YouTube no Brasil ordenado por um juiz, “até uma rápida busca pela internet encontra o vídeo, deixando aparente a estupidez daquela ação judicial”. “Enquanto isso, a ação legal do casal atraiu ainda mais a atenção do público”, comenta o texto.
Para o jornal, a “mais importante lição do caso é técnica, não legal”, já que durante o processo “uma série de especialistas em internet admitiram que não há meios técnicos de impedir que alguém publique algo na rede”.
“Isso não será recebido como boa notícia para a crescente legião de pessoas que são vítimas de postagens maliciosas”, conclui o jornal.
Vale e CSN
Uma disputa entre a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pode colocar em questão a possível compra da anglo-holandesa Corus pela CSN, segundo reportagem publicada pelo Financial Times.
Segundo a reportagem, a Vale pretende questionar a capacidade da CSN em suprir a Corus com minérios de ferro com base nos termos de um acordo firmado entre as duas empresas brasileiras em 2001.
Segundo o jornal, “uma interpretação desse acordo é que a CVRD tem os direitos primários para receber qualquer minério de ferro excedente que seja disponibilizado na mina Casa de Pedra e ficaria relutante em abrir mão desse direito para a CSN mesmo se a siderúrgica precisasse desse minério para suprir a Corus”.
“A disputa sobre os direitos da CSN sobre um suprimento de minério de ferro que seria crucial para a fusão com a Corus poderia gerar um novo ímpeto à rival indiana Tata Steel” afirma a reportagem.
O jornal observa que se espera nos próximos dias que a Tata faça uma nova oferta pela compra da Corus superior aos US$ 5,7 bilhões oferecidos pela CSN. Ambas as companhias devem apresentar suas ofertas finais até a próxima terça-feira.
Mercado em alta
As dúvidas dos investidores sobre as políticas econômicas adotadas pelos governos da Venezuela e do Equador não têm contaminado sua percepção sobre os demais países da região, mantendo a procura pelos títulos da dívida brasileira em alta, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira pelo Wall Street Journal.
O jornal observa que o risco-país do Brasil e dos mercados emergentes em geral se mantêm em seus menores níveis históricos.
Para a reportagem, isso ocorre “apesar de algumas manchetes temerosas na Venezuela, onde o presidente Hugo Chávez está buscando nacionalizar o setor de eletricidade e a principal companhia telefônica” e que “enquanto isso, o governo do Equador está ameaçando reestruturar a dívida externa do país”.
Na avaliação de um analista ouvido pelo jornal, “a maturação dos mercados de dívida de emergentes trouxe ‘mais mentes racionais e menos negócios momentâneos’”.
“Como resultado, os investidores estão mantendo seus investimentos por mais tempo ao invés de sair ao menor sinal de problemas”, diz a reportagem. “Os investidores também aprenderam a diferenciar os créditos, então a retórica pouco amigável para o mercado do Equador não contaminou os títulos de seus vizinhos.”
“A onda de violência e terror que acometeu o Rio de Janeiro responde às mesmas características de insegurança, bandoleirismo e atuação de redes criminosas com capacidade para desafiar a autoridade e o poder do Estado”, afirma o jornal.
O diário cita o caso das recentes ondas de ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo e os ataques ao transporte público e tiroteios vividos no Rio de Janeiro no mês passado para exemplificar “as ações terroristas, como definiu o presidente Lula”.
“O narcotráfico é hoje, sem dúvidas, o maior desafio para a segurança pública de nosso país vizinho”, diz o editorial.
“Mas deve se alertar que constitui, além disso, uma ameaça em escala regional, porque as causas e conseqüências do problema brasileiro se encontram também em muitas cidades latino-americanas, nas quais o narcotráfico avança com a marginalização e a falta de perspectivas das populações. E isso exige respostas coordenadas e integrais, e uma luta frontal contra a impunidade”, conclui o editorial.
Caso Cicarelli
Reportagem publicada nesta quinta-feira pelo diário irlandês Irish Independent afirma que a recente polêmica em torno do vídeo que mostra a modelo Daniela Cicarelli supostamente mantendo relações sexuais em uma praia “mostra como conceitos como privacidade e reputação perdem o sentido na era da internet”.
Para o jornal, o vídeo que “eclipsou as eleições gerais no Brasil em termos de interesse do público” pode ser um caso exemplar para “a discussão de quem controla a internet, se é que alguém a controla”.
A reportagem observa que mesmo com o bloqueio do acesso ao site YouTube no Brasil ordenado por um juiz, “até uma rápida busca pela internet encontra o vídeo, deixando aparente a estupidez daquela ação judicial”. “Enquanto isso, a ação legal do casal atraiu ainda mais a atenção do público”, comenta o texto.
Para o jornal, a “mais importante lição do caso é técnica, não legal”, já que durante o processo “uma série de especialistas em internet admitiram que não há meios técnicos de impedir que alguém publique algo na rede”.
“Isso não será recebido como boa notícia para a crescente legião de pessoas que são vítimas de postagens maliciosas”, conclui o jornal.
Vale e CSN
Uma disputa entre a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pode colocar em questão a possível compra da anglo-holandesa Corus pela CSN, segundo reportagem publicada pelo Financial Times.
Segundo a reportagem, a Vale pretende questionar a capacidade da CSN em suprir a Corus com minérios de ferro com base nos termos de um acordo firmado entre as duas empresas brasileiras em 2001.
Segundo o jornal, “uma interpretação desse acordo é que a CVRD tem os direitos primários para receber qualquer minério de ferro excedente que seja disponibilizado na mina Casa de Pedra e ficaria relutante em abrir mão desse direito para a CSN mesmo se a siderúrgica precisasse desse minério para suprir a Corus”.
“A disputa sobre os direitos da CSN sobre um suprimento de minério de ferro que seria crucial para a fusão com a Corus poderia gerar um novo ímpeto à rival indiana Tata Steel” afirma a reportagem.
O jornal observa que se espera nos próximos dias que a Tata faça uma nova oferta pela compra da Corus superior aos US$ 5,7 bilhões oferecidos pela CSN. Ambas as companhias devem apresentar suas ofertas finais até a próxima terça-feira.
Mercado em alta
As dúvidas dos investidores sobre as políticas econômicas adotadas pelos governos da Venezuela e do Equador não têm contaminado sua percepção sobre os demais países da região, mantendo a procura pelos títulos da dívida brasileira em alta, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira pelo Wall Street Journal.
O jornal observa que o risco-país do Brasil e dos mercados emergentes em geral se mantêm em seus menores níveis históricos.
Para a reportagem, isso ocorre “apesar de algumas manchetes temerosas na Venezuela, onde o presidente Hugo Chávez está buscando nacionalizar o setor de eletricidade e a principal companhia telefônica” e que “enquanto isso, o governo do Equador está ameaçando reestruturar a dívida externa do país”.
Na avaliação de um analista ouvido pelo jornal, “a maturação dos mercados de dívida de emergentes trouxe ‘mais mentes racionais e menos negócios momentâneos’”.
“Como resultado, os investidores estão mantendo seus investimentos por mais tempo ao invés de sair ao menor sinal de problemas”, diz a reportagem. “Os investidores também aprenderam a diferenciar os créditos, então a retórica pouco amigável para o mercado do Equador não contaminou os títulos de seus vizinhos.”