Etanol estimula otimismo econômico no Brasil, diz jornal
da BBC, em Londres
A intenção do governo americano de substituir o consumo de petróleo por etanol está alimentando um otimismo econômico no Brasil, o maior produtor mundial do produto, relata nesta sexta-feira uma reportagem publicada pelo jornal argentino La Nación.
“O Brasil será o país mais beneficiado se os Estados Unidos reduzirem em 20% o consumo de gasolina, como anunciou o presidente George W. Bush na terça-feira passada”, diz a reportagem.
O jornal cita uma declaração do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luis Fernando Furlan, de que o Brasil pode se beneficiar mesmo se não exportar etanol aos Estados Unidos.
Segundo Furlan, as empresas brasileiras podem se beneficiar porque têm a tecnologia para motores movidos a álcool há 30 anos e podem vender tecnologia, motores e equipamentos.
O jornal cita ainda a avaliação de especialistas de que a produção de álcool de cana-de-açúcar é mais eficiente e mais barata do que a feita a partir do milho, como ocorre nos Estados Unidos, dando ao Brasil mais uma vantagem na busca por mercado internacional para o produto.
A reportagem observa, porém, que o Brasil exporta hoje uma quantidade pequena de etanol por causa de sua grande demanda interna, em alta por conta do aumento nas vendas dos carros bicombustíveis, e que “satisfazer o aumento da demanda de exportação poderia limitar a oferta local”.
Violência no Rio
Reportagem do diário espanhol El País nesta sexta-feira destaca o aparecimento de 13 cadáveres em 24 horas no Rio de Janeiro e afirma que a presença da Força Nacional não foi suficiente para frear a violência na região.
“Apesar da presença no Rio de Janeiro da Força de Segurança Nacional brasileira, que reforça o controle de várias partes da cidade, a polícia encontrou em menos de 24 horas 13 cadáveres mutilados na cidade”, diz a reportagem.
O jornal diz que a polícia ainda investiga se há uma conexão entre as mortes e comenta que, para alguns investigadores, “poderia se tratar de uma demonstração de força dos traficantes de drogas diante do envio, pelo governo nacional, de 500 homens da Força de Segurança Nacional”.
Para a reportagem, “o problema é que os narcotraficantes dispõem hoje em dia de armas mais modernas até que as do Exército e estão fortemente organizados, sobretudo no interior das favelas, onde agora também atuam as chamadas milícias paralelas que pretendem defender, à margem do Estado, a comunidade da violência dos traficantes, o que reaviva a luta pelo poder dos diferentes grupos do crime organizado”.
A violência no Brasil também é tema de outra reportagem do argentino La Nación, que relata um assalto à casa de veraneio alugada em Florianópolis pelo ex-presidente da Suprema Corte da Argentina Enrique Petracchi.
“A insegurança em Florianópolis, ao sul do Brasil, fez mais uma vítima: desta vez, os ladrões entraram na casa que aluga Enrique Petracchi, ministro da Suprema Corte de Justiça argentina e presidente do tribunal até dezembro passado”, relata o diário.
Mercado de baixa renda
As agências de publicidade estão começando a se voltar ao mercado para a população mais pobre na América Latina, segundo relata nesta sexta-feira o jornal econômico The Wall Street Journal.
“Enquanto muitos publicitários acumulam dólares objetivando os consumidores mais ricos, na América Latina a maioria das pessoas tem muito menos dinheiro. Segundo o Banco Mundial, 25% da população vive com menos de US$ 2 por dia, e muitos outros milhões ganham apenas poucas centenas de dólares ao mês”, diz a reportagem.
Ainda assim, segundo nota o jornal, “as grandes marcas estão decidindo cada vez mais que as pessoas que antes se acreditava que eram pobres demais para comprar seus produtos podem ser seu maior mercado em crescimento”.
Segundo a reportagem, muitas empresas estão apostando nos mercados de baixa renda mudando seus sistemas de distribuição ou os próprios produtos para que eles se tornem mais simples e mais baratos.
“Por exemplo, a Nestlé no Brasil viu as vendas de seus biscoitos Bono aumentarem 40% no ano passado depois de reduzir seu pacote de 200 gramas para 140 gramas e baixar o preço”, cita o jornal.
A comunicação para grupos de baixa renda, porém, ainda é um mistério para muitos publicitários, observa o jornal. “Agências de publicidade são cheias de empregados bem-educados e bem de vida que sabem muito pouco como vive a outra metade da população”, observa.
O jornal relata que, para suprir essa deficiência, o grupo de publicidade McCann está lançando um projeto de pesquisa de US$ 2 milhões para conhecer melhor esse mercado.
“A partir de março, empregados da agência vão passar de uma a duas semanas com cem famílias de baixa renda em meia dezena de países, buscando entender como eles são influenciados por marcas, que símbolos e celebridades os motiva, e para encontrar meios inovadores de influenciar o que eles compram”, diz a reportagem.
“O Brasil será o país mais beneficiado se os Estados Unidos reduzirem em 20% o consumo de gasolina, como anunciou o presidente George W. Bush na terça-feira passada”, diz a reportagem.
O jornal cita uma declaração do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luis Fernando Furlan, de que o Brasil pode se beneficiar mesmo se não exportar etanol aos Estados Unidos.
Segundo Furlan, as empresas brasileiras podem se beneficiar porque têm a tecnologia para motores movidos a álcool há 30 anos e podem vender tecnologia, motores e equipamentos.
O jornal cita ainda a avaliação de especialistas de que a produção de álcool de cana-de-açúcar é mais eficiente e mais barata do que a feita a partir do milho, como ocorre nos Estados Unidos, dando ao Brasil mais uma vantagem na busca por mercado internacional para o produto.
A reportagem observa, porém, que o Brasil exporta hoje uma quantidade pequena de etanol por causa de sua grande demanda interna, em alta por conta do aumento nas vendas dos carros bicombustíveis, e que “satisfazer o aumento da demanda de exportação poderia limitar a oferta local”.
Violência no Rio
Reportagem do diário espanhol El País nesta sexta-feira destaca o aparecimento de 13 cadáveres em 24 horas no Rio de Janeiro e afirma que a presença da Força Nacional não foi suficiente para frear a violência na região.
“Apesar da presença no Rio de Janeiro da Força de Segurança Nacional brasileira, que reforça o controle de várias partes da cidade, a polícia encontrou em menos de 24 horas 13 cadáveres mutilados na cidade”, diz a reportagem.
O jornal diz que a polícia ainda investiga se há uma conexão entre as mortes e comenta que, para alguns investigadores, “poderia se tratar de uma demonstração de força dos traficantes de drogas diante do envio, pelo governo nacional, de 500 homens da Força de Segurança Nacional”.
Para a reportagem, “o problema é que os narcotraficantes dispõem hoje em dia de armas mais modernas até que as do Exército e estão fortemente organizados, sobretudo no interior das favelas, onde agora também atuam as chamadas milícias paralelas que pretendem defender, à margem do Estado, a comunidade da violência dos traficantes, o que reaviva a luta pelo poder dos diferentes grupos do crime organizado”.
A violência no Brasil também é tema de outra reportagem do argentino La Nación, que relata um assalto à casa de veraneio alugada em Florianópolis pelo ex-presidente da Suprema Corte da Argentina Enrique Petracchi.
“A insegurança em Florianópolis, ao sul do Brasil, fez mais uma vítima: desta vez, os ladrões entraram na casa que aluga Enrique Petracchi, ministro da Suprema Corte de Justiça argentina e presidente do tribunal até dezembro passado”, relata o diário.
Mercado de baixa renda
As agências de publicidade estão começando a se voltar ao mercado para a população mais pobre na América Latina, segundo relata nesta sexta-feira o jornal econômico The Wall Street Journal.
“Enquanto muitos publicitários acumulam dólares objetivando os consumidores mais ricos, na América Latina a maioria das pessoas tem muito menos dinheiro. Segundo o Banco Mundial, 25% da população vive com menos de US$ 2 por dia, e muitos outros milhões ganham apenas poucas centenas de dólares ao mês”, diz a reportagem.
Ainda assim, segundo nota o jornal, “as grandes marcas estão decidindo cada vez mais que as pessoas que antes se acreditava que eram pobres demais para comprar seus produtos podem ser seu maior mercado em crescimento”.
Segundo a reportagem, muitas empresas estão apostando nos mercados de baixa renda mudando seus sistemas de distribuição ou os próprios produtos para que eles se tornem mais simples e mais baratos.
“Por exemplo, a Nestlé no Brasil viu as vendas de seus biscoitos Bono aumentarem 40% no ano passado depois de reduzir seu pacote de 200 gramas para 140 gramas e baixar o preço”, cita o jornal.
A comunicação para grupos de baixa renda, porém, ainda é um mistério para muitos publicitários, observa o jornal. “Agências de publicidade são cheias de empregados bem-educados e bem de vida que sabem muito pouco como vive a outra metade da população”, observa.
O jornal relata que, para suprir essa deficiência, o grupo de publicidade McCann está lançando um projeto de pesquisa de US$ 2 milhões para conhecer melhor esse mercado.
“A partir de março, empregados da agência vão passar de uma a duas semanas com cem famílias de baixa renda em meia dezena de países, buscando entender como eles são influenciados por marcas, que símbolos e celebridades os motiva, e para encontrar meios inovadores de influenciar o que eles compram”, diz a reportagem.