Ban Ki-moon inicia viagem à África pelo Congo

da BBC, em Londres

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, inicia hoje a sua viagem à África, visitando a República Democrática do Congo.

A viagem do dirigente também deve passar pelo Sudão, onde ele toma parte de uma reunião da União Africana (UA), na Etiópia, e ainda uma passagem pelo Quênia.

Neste sábado, o secretário-geral fará um discurso na Assembléia Nacional da República do Congo e deve felicitar os congoleses pelo sucesso das últimas eleições e anunciar a manutenção do apoio da ONU para o país.

Ban Ki-moon, que assumiu o comando da ONU no início deste mês, já se pronunciou a favor de uma reforma para deixar a organização mais dinâmica e torná-la mais transparente. Ele se tornou o primeiro dirigente da ONU a abrir as suas contas pessoais e as de sua esposa para o público.

Exemplo

A força de paz mantida pela entidade no Congo tem cerca de 17 mil soldados – a maior em atividade no mundo. Ki-moon considera que ainda não é o momento para se cogitar a retirada das tropas.

A correspondente da BBC para a ONU, Laura Trevelyan, que viaja com Ki-moon, disse que o discurso do secretário-geral deve ressaltar a importância do processo de democratização no Congo como um exemplo para todo o continente.

A correspondente informou que apesar do êxito das eleições, o país ainda tem uma situação instável.

Ban Ki-moon tem encontros marcados com o presidente congolês, Joseph Kabila, e com o líder oposicionista, Jean-Pierre Bemba.

Darfur

Na próxima segunda-feira, na capital da Etiópia, Addis Abeba, Ban Ki-moon deve se encontrar com o presidente sudanês, Omar Al-Bashir, durante o encontro da União Africana.

A correspondente da BBC disse que Al-Bashir aceitou a proposta de uma força conjunta da ONU e da UA na região de Darfur. O Sudão vinha se recusando a aceitar essa proposta.

“Eu estou muito preocupado com a violência contínua e o sofrimento dos civis da região”, afirmou Ban Ki-moon. “Já é hora de tomarmos providências e ter progressos concretos”, disse.

Nos últimos quatro anos de conflito na área, cerca de 200 mil pessoas morreram e pelo menos 2 milhões foram desalojadas.


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