Aliado de Blair é preso em inquérito sobre corrupção

da BBC, em Londres

O principal arrecadador de fundos para o Partido Trabalhista britânico e aliado próximo do primeiro-ministro Tony Blair, Michael Levy, voltou a ser preso nesta terça-feira devido a um escândalo sobre venda de títulos de nobreza.

Levy, que foi preso em Londres e libertado sob fiança, é suspeito de conspiração para obstruir os trabalhos da Justiça.

Ele já havia sido preso no ano passado, acusado de estar ligado a um esquema de troca dos títulos por doações ao partido.

O porta-voz de Levy afirmou nesta terça-feira que o aliado de Blair “nega completamente qualquer alegação de qualquer tipo de má conduta”. O premie britânico não comentou a prisão de Levy.

A polícia de Londres já ouviu cerca de 90 pessoas relacionadas ao caso, incluindo Blair e o ex-líder do Partido Conservador Michael Howard.

Quatro presos

Além de Levy, três pessoas já foram presas até agora durante as investigações: a assessora de Blair, Ruth Turner, o doador do Partido Trabalhista Christopher Evans e o professor Des Smith, envolvido num programa do governo, o City Academy.

Ninguém foi formalmente acusado e todos negaram terem cometido qualquer crime.

As suspeitas foram levantadas depois que a comissão independente que aprova a concessão de títulos de nobreza detectou irregularidades nos processos de alguns nomeados.

A polícia britânica, chefiada pelo comissário John Yates, havia prometido entregar suas provas a promotores públicos até o final do mês, mas pediram mais tempo depois da prisão de Turner.

Outros dois assessores de Blair – John McTernan e Jonathan Powell – já foram ouvidos pela polícia sobre o caso.

No fim de semana, Blair se recusou a comentar o caso durante o programa de TV Politics Show da BBC.

“Deixem a coisa correr e então veremos”, disse o primeiro-ministro.


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