Livro reúne 7 mil fotos do patrimônio português
da BBC, em Londres
Já está disponível o maior levantamento do patrimônio existente em Portugal. Começa a ser vendido nesta semana o primeiro dos dez volumes do livro Portugal Patrimônio, com mais de 9 mil entradas e perto de 7,9 mil fotografias.
O livro, apresentado nesta semana, representa o trabalho de dois pesquisadores durante dez anos.
"Tirei mais de 600 mil fotografias, arquivadas em 6,2 mil CDs. Para isso, percorri 300 mil quilômetros em Portugal, sete vezes e meia a circunferência da Terra", conta o arquiteto Duarte Belo.
Para fazer o trabalho, Portugal foi dividido em quadrados de 20 quilômetros. Em cada quadrado, foi feito um levantamento de todos os pontos que pudessem ter interesse enquanto patrimônio.
O primeiro volume retrata o norte do país.
Levantamento
"Encontramos mais de 60 mil referências patrimoniais, das quais selecionamos perto de 9 mil. Não nos detivemos apenas no patrimônio edificado, mas incluímos todas as formas de patrimônio, incluindo o natural", diz o professor aposentado e pesquisador Álvaro Duarte de Almeida.
Enquanto Álvaro fazia a pesquisa bibliográfica, Duarte confirmava no terreno a existência e o estado dos elementos que tinham sido inventariados.
"Eu tirei as fotografias no período do ano em que há mais luz do dia, de março até outubro."
Na apresentação, além das fotografias e do texto explicativo, há mapas com a localização, desenhos técnicos de locais arquitetônicos cuja fotografia não mostrava o conjunto e plantas de edifícios. Para incluir tudo nos dez volumes, grande parte das fotografias tem dimensão reduzida.
Amizade
Apesar de a elaboração do livro ter levado dez anos, para Álvaro, representou muito mais do que esse período. "Eu comecei fazer o levantamento do patrimônio português quando terminei o serviço militar, depois que estive na guerra (colonial) em Angola, há 40 anos".
O projeto do livro partiu de uma amizade entre professor e aluno. "O Álvaro foi meu professor no secundário e naquela época ele já nos levava para visitar locais que eram patrimônio. Eu mantive contato e há dez anos surgiu esta idéia".
Inicialmente, durante dois anos, os dois bateram na porta de várias instituições públicas com o projeto. Só depois de dois anos de rejeições resolveram ir a uma editora privada, o Círculo de Leitores, que aceitou financiar a obra.
No total, o custo foi de 1 milhão de euros – cerca de R$ 2,75 milhões, sendo que obtiveram um subsídio de 100 mil euros do Instituto de Turismo de Portugal.
A edição é grande para o mercado português, em que uma boa tiragem tem 3 mil exemplares. A previsão é que serão tirados 25 mil exemplares de cada volume – cada um custará 34 euros (R$ 94s).
Para a realização do projeto, foi formada uma equipe de 40 pessoas – entre elas, o nome mais conhecido é o do historiador José Mattoso, que foi consultor do projeto. Os volumes vão sair um a cada dois meses.
O livro, apresentado nesta semana, representa o trabalho de dois pesquisadores durante dez anos.
"Tirei mais de 600 mil fotografias, arquivadas em 6,2 mil CDs. Para isso, percorri 300 mil quilômetros em Portugal, sete vezes e meia a circunferência da Terra", conta o arquiteto Duarte Belo.
Para fazer o trabalho, Portugal foi dividido em quadrados de 20 quilômetros. Em cada quadrado, foi feito um levantamento de todos os pontos que pudessem ter interesse enquanto patrimônio.
O primeiro volume retrata o norte do país.
Levantamento
"Encontramos mais de 60 mil referências patrimoniais, das quais selecionamos perto de 9 mil. Não nos detivemos apenas no patrimônio edificado, mas incluímos todas as formas de patrimônio, incluindo o natural", diz o professor aposentado e pesquisador Álvaro Duarte de Almeida.
Enquanto Álvaro fazia a pesquisa bibliográfica, Duarte confirmava no terreno a existência e o estado dos elementos que tinham sido inventariados.
"Eu tirei as fotografias no período do ano em que há mais luz do dia, de março até outubro."
Na apresentação, além das fotografias e do texto explicativo, há mapas com a localização, desenhos técnicos de locais arquitetônicos cuja fotografia não mostrava o conjunto e plantas de edifícios. Para incluir tudo nos dez volumes, grande parte das fotografias tem dimensão reduzida.
Amizade
Apesar de a elaboração do livro ter levado dez anos, para Álvaro, representou muito mais do que esse período. "Eu comecei fazer o levantamento do patrimônio português quando terminei o serviço militar, depois que estive na guerra (colonial) em Angola, há 40 anos".
O projeto do livro partiu de uma amizade entre professor e aluno. "O Álvaro foi meu professor no secundário e naquela época ele já nos levava para visitar locais que eram patrimônio. Eu mantive contato e há dez anos surgiu esta idéia".
Inicialmente, durante dois anos, os dois bateram na porta de várias instituições públicas com o projeto. Só depois de dois anos de rejeições resolveram ir a uma editora privada, o Círculo de Leitores, que aceitou financiar a obra.
No total, o custo foi de 1 milhão de euros – cerca de R$ 2,75 milhões, sendo que obtiveram um subsídio de 100 mil euros do Instituto de Turismo de Portugal.
A edição é grande para o mercado português, em que uma boa tiragem tem 3 mil exemplares. A previsão é que serão tirados 25 mil exemplares de cada volume – cada um custará 34 euros (R$ 94s).
Para a realização do projeto, foi formada uma equipe de 40 pessoas – entre elas, o nome mais conhecido é o do historiador José Mattoso, que foi consultor do projeto. Os volumes vão sair um a cada dois meses.