EUA apresentam plano para reformar subsídio agrícola

da BBC, em Londres

O secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Mike Johanns, apresentou nesta quarta-feira uma proposta de reforma nos subsídios agrícolas do país.

Se aprovada, o governo americano pode cortar gastos de cerca de US$ 10 bilhões durante os próximos cinco anos.

A questão dos subsídios agrícolas é um dos temas mais delicados das negociações da Rodada de Doha, de liberalização do comércio internacional.

Durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, no sábado passado, líderes mundiais manifestaram a intenção de retomar a Rodada, que está interrompida desde julho.

Os Estados Unidos e a União Europeia vêm sendo pressionados por países em desenvolvimento, especialmente o Brasil, a reduzir seus subsídios.

Bush

Uma recente estimativa, divulgada pelo jornal Valor Econômico, diz que os Estados Unidos gastavam, em 2004, US$ 18,6 bilhões em subsídios, cerca de doze vezes mais que o Brasil (US$ 1,5 bilhões), enquanto a União Européia gastava cerca de 50 vezes mais (US$ 75,8 bilhões) que o Brasil.

Também nesta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que está ''comprometido'' com o sucesso da Rodada de Doha e que vai ''trabalhar duro'' para que isso aconteça.

O presidente pediu ao Congresso que autorize a renovação do Trade Promotion Authority (TPA, na sigla em inglês), conhecido como fast-track, o mecanismo que dá ao Executivo a autoridade fechar tratados comerciais internacionais sem que o Congresso possa fazer emendas.

Muitos analistas acreditam que a renovação do fast-track poderá ajudar as negociações da Rodada de Doha.


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