Para Mantega, PAC aumentará confiança externa no Brasil
da BBC, em Londres
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) vai ajudar o Brasil a atingir a classificação de investment grade das agências de avaliação de risco, segundo afirmou nesta quarta-feira, em Londres, o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O chamado investment grade significa o reconhecimento, pelas agências de avaliação de risco, de que o investimento no Brasil é seguro e que não há risco para os investidores.
“O PAC vai contribuir para que o Brasil atinja mais rapidamente o investment grade”, afirmou Mantega.
Segundo ele, o Brasil já fez um esforço reconhecido no equilíbrio das contas públicas e no controle da inflação, mas ainda precisa apresentar um crescimento maior e reduzir a dívida pública, questões atendidas pelo programa.
BRIC
Nesta semana, a agência de risco Standard & Poor’s elevou a Índia, que vem apresentando crescimento médio de 8% nos últimos três anos, ao nível de investment grade.
Na avaliação do diário americano The Wall Street Journal, isso mostra que o Brasil está ficando para trás em relação aos demais países do chamado grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
Para o ministro da Fazenda, o Brasil somente ficará para trás se não alcançar uma taxa de crescimento maior do que a atual.
Segundo ele, o Brasil não pode ter um crescimento de 10% ao ano, como a China, mas terá condições de competir de igual para igual com os demais países emergentes com um crescimento de 5% ao ano, como prevê o PAC.
Para Mantega, o Brasil tem uma vantagem em relação aos demais países do BRIC, por ter supostamente uma melhor condição de infra-estrutura e mão-de-obra.
"Sintonia"
O ministro veio à Grã-Bretanha para encontros com investidores, analistas e autoridades britânicas. O objetivo dos encontros foi divulgar as iniciativas do PAC e “vender” o Brasil aos investidores estrangeiros.
Mantega disse ter verificado, após se reunir com o ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, que há “uma sintonia” de filosofia entre os dois países em relação ao aumento dos investimentos públicos como propulsor do crescimento econômico.
“Esse é um pensamento diferente do Consenso de Washington, que considerava que o Estado deveria se isentar totalmente de participação e deixar todos os investimentos à iniciativa privada”, afirmou.
Segundo ele, isso não significa “uma volta ao passado”, com o Estado substituindo o setor privado. “Queremos que a iniciativa privada continue a fazer investimentos, mas em alguns setores de logística, como estradas, portos e aeroportos, que não têm rentabilidade inicial tão atraente, é o Estado que precisa fazer esses investimentos necessários.”
Diferenças
Mantega voltou a afirmar, porém, que a principal diferença entre o modelo britânico de investimentos e o que o PAC está propondo é o fato de o governo do premiê Tony Blair adotar uma regra que permite tomar empréstimos para financiar seus investimentos, desde que se mantenham dentro de um certo limite.
Segundo o ministro da Fazenda, o Brasil não aumentará seu endividamento para custear seus investimentos.
“Mostramos que podemos aumentar os investimentos sem aumentar a dívida pública”, disse. “Isso nos dá uma condição fiscal melhor.”
Segundo ele, ao contrário da Grã-Bretanha, o Brasil “tem que buscar um patamar menor de endividamento público para conquistar a confiança dos investidores”.
O chamado investment grade significa o reconhecimento, pelas agências de avaliação de risco, de que o investimento no Brasil é seguro e que não há risco para os investidores.
“O PAC vai contribuir para que o Brasil atinja mais rapidamente o investment grade”, afirmou Mantega.
Segundo ele, o Brasil já fez um esforço reconhecido no equilíbrio das contas públicas e no controle da inflação, mas ainda precisa apresentar um crescimento maior e reduzir a dívida pública, questões atendidas pelo programa.
BRIC
Nesta semana, a agência de risco Standard & Poor’s elevou a Índia, que vem apresentando crescimento médio de 8% nos últimos três anos, ao nível de investment grade.
Na avaliação do diário americano The Wall Street Journal, isso mostra que o Brasil está ficando para trás em relação aos demais países do chamado grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
Para o ministro da Fazenda, o Brasil somente ficará para trás se não alcançar uma taxa de crescimento maior do que a atual.
Segundo ele, o Brasil não pode ter um crescimento de 10% ao ano, como a China, mas terá condições de competir de igual para igual com os demais países emergentes com um crescimento de 5% ao ano, como prevê o PAC.
Para Mantega, o Brasil tem uma vantagem em relação aos demais países do BRIC, por ter supostamente uma melhor condição de infra-estrutura e mão-de-obra.
"Sintonia"
O ministro veio à Grã-Bretanha para encontros com investidores, analistas e autoridades britânicas. O objetivo dos encontros foi divulgar as iniciativas do PAC e “vender” o Brasil aos investidores estrangeiros.
Mantega disse ter verificado, após se reunir com o ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, que há “uma sintonia” de filosofia entre os dois países em relação ao aumento dos investimentos públicos como propulsor do crescimento econômico.
“Esse é um pensamento diferente do Consenso de Washington, que considerava que o Estado deveria se isentar totalmente de participação e deixar todos os investimentos à iniciativa privada”, afirmou.
Segundo ele, isso não significa “uma volta ao passado”, com o Estado substituindo o setor privado. “Queremos que a iniciativa privada continue a fazer investimentos, mas em alguns setores de logística, como estradas, portos e aeroportos, que não têm rentabilidade inicial tão atraente, é o Estado que precisa fazer esses investimentos necessários.”
Diferenças
Mantega voltou a afirmar, porém, que a principal diferença entre o modelo britânico de investimentos e o que o PAC está propondo é o fato de o governo do premiê Tony Blair adotar uma regra que permite tomar empréstimos para financiar seus investimentos, desde que se mantenham dentro de um certo limite.
Segundo o ministro da Fazenda, o Brasil não aumentará seu endividamento para custear seus investimentos.
“Mostramos que podemos aumentar os investimentos sem aumentar a dívida pública”, disse. “Isso nos dá uma condição fiscal melhor.”
Segundo ele, ao contrário da Grã-Bretanha, o Brasil “tem que buscar um patamar menor de endividamento público para conquistar a confiança dos investidores”.