Wall Street Journal alerta que Brasil 'fica para trás' entre emergentes
da BBC, em Londres
O Brasil está ficando para trás em relação a outros países emergentes, alerta nesta quarta-feira o diário econômico The Wall Street Journal.
O jornal diz que a decisão da agência de risco Standard & Poors’s de conceder o status de grau de investimento à Índia na sua tabela de classificação de risco "deixou o titã latino em um clube solitário". Rússia e a China, as duas outras potências emergentes da economia mundial, também já gozam do status.
Para o WSJ, "déficits crônicos, crescimento econômico lento e um clima desfavorável aos negócios" devem manter o Brasil em posição inferior ao dos concorrentes "num futuro previsível".
Segundo o jornal, a economia indiana tem crescido a uma média anual de 8% nos últimos três anos, puxada pelos setores de indústria e serviços.
No mesmo dia em que a S&P elevou a nota da Índia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em Londres que o Brasil não precisa crescer ao mesmo ritmo indiano. Ele sugeriu que o concorrente asiático tem um mercado consumidor interno relativamente pouco desenvolvido e está em estágio menos avançado de industrialização.
Irã x EUA
Diplomatas europeus já temem um ataque aéreo dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas, no contexto da maior concentração de navios de guerra americanos no Golfo Pérsico, reporta o diário britânico The Guardian.
De acordo com o jornal, o governo Bush está preparando um dossiê de acusações contra Teerã, entre as quais a de tentar desestabilizar a situação no vizinho Iraque. Enquanto isso, 50 navios, entre eles dois porta-aviões, foram enviados ao Golfo Pérsico.
A matéria afirma que o acirramento dos ânimos criou uma "fissura transatlântica" entre a posição dos Estados Unidos e da União Européia.
Os diplomatas não chegam a um acordo sobre a opção militar, e discutem como seria possível aplicá-la com Teerã já enfrentando sanções econômicas decretadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Outra preocupação é em relação à Rússia, que se recusa a permitir uma ação do Conselho de Segurança da ONU.
Segundo o Guardian, o país europeu mais "duro" em relação a Teerã é a França, que poderia apoiar uma eventual ação americana contra o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Subsídios agrícolas
As novas diretrizes da política agrícola americana para os próximos cinco anos, a serem divulgadas na quinta-feira, devem fazer pouco para "descongelar" a Rodada Doha, diz o jornal econômico Financial Times.
O tema paralisou as negociações, em julho, mas nada deve mudar agora, ainda que os principais países negociadores tenham anunciado sua vontade "política" de retomar os encontros.
O diário britânico cita o exemplo dos produtores de arroz, que receberam em média 39% de toda sua renda na forma de ajuda estatal. "Cortar subsídios como estes será difícil sem o acesso a muito mercado para compensar (a perda)", diz o FT.
Outra "tarefa dura" do governo americano, segundo o jornal, será superar o lobby dos agricultores no Congresso, e convencer os parlamentares a estender o chamado "fast-track", mecanismo que permite que o Executivo negocie tratados comerciais internacionais sem necessidade de aprovação do Legislativo.
O jornal diz que a decisão da agência de risco Standard & Poors’s de conceder o status de grau de investimento à Índia na sua tabela de classificação de risco "deixou o titã latino em um clube solitário". Rússia e a China, as duas outras potências emergentes da economia mundial, também já gozam do status.
Para o WSJ, "déficits crônicos, crescimento econômico lento e um clima desfavorável aos negócios" devem manter o Brasil em posição inferior ao dos concorrentes "num futuro previsível".
Segundo o jornal, a economia indiana tem crescido a uma média anual de 8% nos últimos três anos, puxada pelos setores de indústria e serviços.
No mesmo dia em que a S&P elevou a nota da Índia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em Londres que o Brasil não precisa crescer ao mesmo ritmo indiano. Ele sugeriu que o concorrente asiático tem um mercado consumidor interno relativamente pouco desenvolvido e está em estágio menos avançado de industrialização.
Irã x EUA
Diplomatas europeus já temem um ataque aéreo dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas, no contexto da maior concentração de navios de guerra americanos no Golfo Pérsico, reporta o diário britânico The Guardian.
De acordo com o jornal, o governo Bush está preparando um dossiê de acusações contra Teerã, entre as quais a de tentar desestabilizar a situação no vizinho Iraque. Enquanto isso, 50 navios, entre eles dois porta-aviões, foram enviados ao Golfo Pérsico.
A matéria afirma que o acirramento dos ânimos criou uma "fissura transatlântica" entre a posição dos Estados Unidos e da União Européia.
Os diplomatas não chegam a um acordo sobre a opção militar, e discutem como seria possível aplicá-la com Teerã já enfrentando sanções econômicas decretadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Outra preocupação é em relação à Rússia, que se recusa a permitir uma ação do Conselho de Segurança da ONU.
Segundo o Guardian, o país europeu mais "duro" em relação a Teerã é a França, que poderia apoiar uma eventual ação americana contra o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Subsídios agrícolas
As novas diretrizes da política agrícola americana para os próximos cinco anos, a serem divulgadas na quinta-feira, devem fazer pouco para "descongelar" a Rodada Doha, diz o jornal econômico Financial Times.
O tema paralisou as negociações, em julho, mas nada deve mudar agora, ainda que os principais países negociadores tenham anunciado sua vontade "política" de retomar os encontros.
O diário britânico cita o exemplo dos produtores de arroz, que receberam em média 39% de toda sua renda na forma de ajuda estatal. "Cortar subsídios como estes será difícil sem o acesso a muito mercado para compensar (a perda)", diz o FT.
Outra "tarefa dura" do governo americano, segundo o jornal, será superar o lobby dos agricultores no Congresso, e convencer os parlamentares a estender o chamado "fast-track", mecanismo que permite que o Executivo negocie tratados comerciais internacionais sem necessidade de aprovação do Legislativo.