Evo Morales confirma visita ao Brasil nesta quarta

da BBC, em Londres

O governo boliviano confirmou, no fim da tarde desta terça-feira, a visita do presidente Evo Morales a Brasília nesta quarta.

Apesar de marcada desde dezembro, a visita só foi confirmada ao Palácio do Planalto poucas horas antes da partida prevista de La Paz.

Em La Paz, Morales e o ministro das Relações Exteriores, David Choquehuanca, haviam dito nos últimos dias que a viagem dependia de um acordo favorável aos bolivianos para o aumento do preço do gás.

Fontes do Planalto dizem que o governo não aceitou condições para a visita e que o preço do gás não será tratado entre os dois presidentes.

O governo brasileiro diz que a negociação deve ser técnica, entre a Petrobras e a estatal boliviana YPFB.

Agenda bilateral

Na agenda bilateral estão os investimentos brasileiros na Bolívia, entre eles hidrelétricas no rio Madeira e afluentes do lado boliviano – duas delas previstas nas obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e outras em parceria entre os dois países ainda em estudo – e assuntos de interesse dos bolivianos, como os imigrantes que vivem ilegalmente no Brasil.

Vários acordos de cooperação técnica devem ser assinados, incluindo um de proteção das espécies da fauna e flora na bacia do rio Amazonas.

Morales deixa La Paz de madrugada, chega a Brasília no início da manhã e volta para a Bolívia às 17 horas. Ele será recebido com honras na rampa do Palácio do Planalto.

Em seguida, o líder boliviano se encontra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma reunião que deve ter a participação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.

Morales deve ser acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, David Choquehuanca, mas a comitiva ainda não havia sido divulgada até o final da tarde desta terça-feira.

Depois da reunião no Planalto, Morales participa de um almoço no Palácio do Itamaraty e, à tarde, visita o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e do Senado, Renan Calheiros.

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