Governistas e oposição medem forças em Beirute
da BBC, em Londres
Os governistas e a oposição estão nesta quinta-feira, mais uma vez, medindo forças – num ambiente tenso mas ainda sem episódios de violência - nas ruas da capital libanesa.
Dezenas de milhares de partidários do atual governo participam de manifestação no Centro de Beirute para marcar os dois anos do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri.
O crime catalisou o sentimento anti-Síria no Líbano e acabou levando o presidente Bahar Al-Assad e retirar suas tropas de território libanês depois de uma presença de quase três décadas.
Os oposicionistas - liderados pelo grupo Hezbollah e descritos pelo governo como “pró-Síria” – mantém uma vigília no cento de Beirute desde dezembro pedindo a renúncia do gabinete do premiê Fuad Siniora, a quem eles acusam de estar a “serviço do Ocidente”.
Uma cerca de aço e arame farpado foi colocada no meio da Praça dos Mártires, e milhares de soldados, com o apoio de tanques de guerra, estão espalhados pela área para evitar que os dois grupos entrem em confronto.
Atentado
O protesto vem no dia seguinte aos atentados, contra dois ônibus, na cidade cristã de Bikfaya, que deixaram três mortos e dezoito feridos. O governo de Siniora já acusou a Síria de “ter toda a responsabilidade pelo crime”.
Os organizadores do protesto desta quinta-feira disseram que os atentados tinham como objetivo espantar as pessoas da praça nesta quinta-feira, mas que em nenhum momento eles pensaram em cancelar o evento.
Nas semanas seguintes à morte de Rafik Hariri, há dois anos, estes dois grupos também tomaram as ruas às centenas de milhares, mas naquele momento os papéis estavam invertidos.
Os grupos políticos hoje no governo estavam na oposição e convocaram uma enorme manifestação – estimada em mais de 1 milhão de pessoas – no centro de Beirute para pedir a queda do governo pró-Síria de Omar Karami.
Dias depois o Hezbollah – então aliado do governo – convocou também uma manifestação de apoio à Síria e ao gabinete que reuniu número semelhante de pessoas no capital libanena.
Os oposicionistas responderam com um terceiro protesto que acabou levando à queda de Karami e à convocação de novas eleições, onde os políticos anti-Síria saíram vitoriosos.
Hezbollah
A morte de Hariri encerrou um período de alguns anos de relativa tranqüilidade no Líbano e lançou o país num clima de instabilidade e violência, muito agravado depois pelo confronto entre o Hezbollah e Israel, em julho do ano passado.
O Hezbollah saiu do confronto com força redobrada no Líbano e quer aproveitar o momento para conseguir mais poder no país.
O principal apoio ao grupo islâmico vem da comunidade xiita, mas eles estão também aliados aos partidários do importante general cristão Michel Aoun. Mas os governistas – e também Israel e os Estados Unidos – dizem que, na verdade, o Irã e a Síria é que são os aliados mais importantes do Hezbollah.
Dezenas de milhares de partidários do atual governo participam de manifestação no Centro de Beirute para marcar os dois anos do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri.
O crime catalisou o sentimento anti-Síria no Líbano e acabou levando o presidente Bahar Al-Assad e retirar suas tropas de território libanês depois de uma presença de quase três décadas.
Os oposicionistas - liderados pelo grupo Hezbollah e descritos pelo governo como “pró-Síria” – mantém uma vigília no cento de Beirute desde dezembro pedindo a renúncia do gabinete do premiê Fuad Siniora, a quem eles acusam de estar a “serviço do Ocidente”.
Uma cerca de aço e arame farpado foi colocada no meio da Praça dos Mártires, e milhares de soldados, com o apoio de tanques de guerra, estão espalhados pela área para evitar que os dois grupos entrem em confronto.
Atentado
O protesto vem no dia seguinte aos atentados, contra dois ônibus, na cidade cristã de Bikfaya, que deixaram três mortos e dezoito feridos. O governo de Siniora já acusou a Síria de “ter toda a responsabilidade pelo crime”.
Os organizadores do protesto desta quinta-feira disseram que os atentados tinham como objetivo espantar as pessoas da praça nesta quinta-feira, mas que em nenhum momento eles pensaram em cancelar o evento.
Nas semanas seguintes à morte de Rafik Hariri, há dois anos, estes dois grupos também tomaram as ruas às centenas de milhares, mas naquele momento os papéis estavam invertidos.
Os grupos políticos hoje no governo estavam na oposição e convocaram uma enorme manifestação – estimada em mais de 1 milhão de pessoas – no centro de Beirute para pedir a queda do governo pró-Síria de Omar Karami.
Dias depois o Hezbollah – então aliado do governo – convocou também uma manifestação de apoio à Síria e ao gabinete que reuniu número semelhante de pessoas no capital libanena.
Os oposicionistas responderam com um terceiro protesto que acabou levando à queda de Karami e à convocação de novas eleições, onde os políticos anti-Síria saíram vitoriosos.
Hezbollah
A morte de Hariri encerrou um período de alguns anos de relativa tranqüilidade no Líbano e lançou o país num clima de instabilidade e violência, muito agravado depois pelo confronto entre o Hezbollah e Israel, em julho do ano passado.
O Hezbollah saiu do confronto com força redobrada no Líbano e quer aproveitar o momento para conseguir mais poder no país.
O principal apoio ao grupo islâmico vem da comunidade xiita, mas eles estão também aliados aos partidários do importante general cristão Michel Aoun. Mas os governistas – e também Israel e os Estados Unidos – dizem que, na verdade, o Irã e a Síria é que são os aliados mais importantes do Hezbollah.