Amorim reitera pedido de cessar-fogo a Israel

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, reiterou a necessidade de um rápido cessar-fogo nos conflitos em Gaza durante uma conversa telefônica com a chanceler israelense, Tzipi Livni, no final da tarde desta segunda-feira.

A ministra das Relações Exteriores de Israel retornou uma ligação de Amorim às 18h30 desta segunda-feira (horário de Brasília). Esta foi a primeira conversa entre os dois chanceleres desde o início da ofensiva israelense na região, há pouco mais de uma semana.

Segundo a assessoria do ministro, Amorim também manifestou a preocupação do presidente Lula com a escalada de violência na região e reiterou a posição brasileira contrária ao uso desproporcional da força e aos atos de violência, com a conseqüente perda de vidas.

Amorim ainda defendeu o envio de uma missão de observadores "neutros" à região dos conflitos. A resposta da ministra Tzipi Livni não foi revelada.

Observadores Em declarações à BBC Brasil, o ministro afirmou que não foi o governo brasileiro que se propôs a assumir um papel nas negociações sobre o conflito. "Há interesse dos países da região de que o Brasil esteja presente no processo de paz. Tanto que o Brasil foi convidado para participar da reunião de Annapolis (nos EUA), no ano retrasado", disse o ministro. Amorim, que se encontra em Lisboa para dar uma palestra em um seminário para os embaixadores de Portugal, contou que sua atuação na crise até o momento tem sido de fazer contatos com líderes internacionais. "Nosso desejo é ajudar para que se chegue a um cessar-fogo. Conversei com o ministro (das Relações Exteriores) francês Bernard Kouchner, com a secretária de Estado (dos EUA) Condoleezza Rice e com a Liga Árabe".

Segundo o ministro, poderá ser necessária a presença de observadores internacionais como força de intermediação para garantir o cessar-fogo. Questionado se o Brasil participaria dessa missão, ele respondeu: "Essa é uma decisão do presidente, não minha. Mas acho que se houver uma força internacional da ONU e o Brasil for convidado a participar, deve considerar seriamente essa possibilidade. Acho que o Brasil poderia ser útil, temos boas relações tanto com os palestinos quanto com Israel".

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