Dívida pública aumenta 21,7% em 2015
O Tesouro Nacional anunciou nesta segunda-feira (25/01) que dívida pública federal chegou a 2,79 trilhões de reais em 2015. O endividamento do governo federal cresceu 498 bilhões de reais em relação ao ano anterior, o que representa um aumento de 21,7%. Esse foi o maior patamar já registrado desde o início da série histórica, em 2004.
Apesar do crescimento, a dívida pública ficou dentro do limite estabelecido pelo governo para o ano, estipulado em 2,8 trilhões de reais. O aumento foi impulsionado principalmente pelas despesas com juros. Em 2015, eles somaram 367,7 bilhões de reais, quase 120 bilhões a mais do que gastos em 2014, que foi de 243,3 bilhões de reais.
Além disso, o governo emitiu mais títulos públicos do que resgatou. Em 2015, foram emitidos 856 bilhões de reais em títulos e resgatados 704 bilhões de reais. De acordo com o Tesouro Nacional, as emissões superiores foram feitas diante a necessidade de financiamento para enxugar o excesso de dinheiro em circulação na economia e para auxiliar no combate à inflação.
A dívida pública externa, cujos pagamentos são feitos em moeda estrangeira, também foi afetada pela valorização do dólar e encerrou o ano em 142,8 bilhões de reais, um aumento de 27,2% em relação a 2014. Esse endividamento representa, porém, 0,5% da dívida pública federal.
Ao emitir títulos, o Tesouro Nacional contrai a divida pública para financiar déficits no orçamento federal. Em troca, o governo se compromete a devolver o total acrescido de juros. Em dez anos, o endividamento do país mais do que dobrou, passando dos 1,15 trilhão de reais, em 2005, para os 2,79 trilhões de reais registrados em 2015.
Para 2016, o Tesouro estima que a dívida pública ultrapasse 3 trilhões de reais. Em nota, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que ainda há "grandes desafios", mas que o Brasil "passa por um momento que permite promover as transformações necessárias".
Barbosa disse ainda 2015 foi "singular" para a economia brasileira. "O debate político polarizado prejudicou as expectativas dos agentes econômicos, contribuindo para a redução do nível de atividade. Tal conjuntura levou à queda da arrecadação tributária e, por consequência, a um déficit primário para o setor público", ressaltou.
CN/abr/ots
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