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"Ele atirou durante um minuto sem parar", diz sobrevivente de tiroteio nos EUA

Familiares choram por vítimas de tiroteio em boate em Orlando - Steve Nesius/Reuters
Familiares choram por vítimas de tiroteio em boate em Orlando Imagem: Steve Nesius/Reuters

12/06/2016 11h11

Sobreviventes do massacre que deixou ao menos 50 mortos em boate gay de Orlando relatam cenário de horror. Atirador fez reféns e foi morto pela polícia. Frequentadores que conseguiram escapar relatam um cenário de horror.

"Pensei, isso é sério? Então só me agachei. E disse 'por favor, por favor, quero conseguir sair daqui'. E, quando eu fui, vi pessoas baleadas. Vi sangue. Você reza para não levar um tiro", conta Christopher Hansen, que estava na área VIP da boate quando o homem armado com um rifle e uma pistola começou o massacre.

"Ouvi 20, 40, 50 tiros", diz Jon Alamo, que estava na área de trás da boate Pulse quando o atirador apareceu. "A música parou", relata. Ao menos 53 pessoas ficaram feridas.

Segundo o frequentador Rob Rick, o tiroteio começou às 2h (horário local), pouco antes de o clube fechar. "Todos estavam bebendo o último drinque", conta. Ao ouvir os tiros, ele se arrastou até uma cabine de DJ e conseguiu sair pelos fundos. Um segurança derrubou uma divisória que dava acesso a uma área exclusiva para funcionários.

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Durante o tiroteio, a direção da Pulse publicou um post de alerta no Facebook: "Saiam da Pulse e continuem correndo".

"Pessoas na pista de dança e no bar se deitaram no chão e alguns de nós que estávamos no bar e perto da saída conseguimos sair e correr", lembra Ricardo Almodovar. Segundo o porto-riquenho, os tiros foram disparados sem interrupção por cerca de um minuto.

Reféns

Policiais que estavam próximos do local entraram na boate e trocaram tiros com o atirador. Ele foi para os fundos da casa noturna e manteve como reféns os frequentadores que não conseguiram fugir por cerca de três horas.

Agentes da SWAT, forças especiais da polícia americana, entraram na Pulse por volta das 5h (horário local) e mataram o homem, identificado como Omar Saddiqui Mateen, americano de ascendência afegã. A polícia adiantou que ele não é morador da região de Orlando.

O FBI investiga o caso como "ato terrorista" e não descarta a possibilidade de ligação do suspeito com o extremismo islâmico.

Depois que a situação foi controlada na boate, a Pulse escreveu novamente em sua página no Facebook: "Por favor, mantenham todos em suas orações enquanto lidamos com esse trágico evento. Obrigado por seus pensamentos e amor".

O Centro Comunitário de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros Central Florida convocou uma vigília para a noite deste domingo. "Esse foi um ataque contra a comunidade LGBT", disse o presidente da organização, Terry DeCarlo.