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Wada suspende laboratório de doping da Rio 2016

24/06/2016 16h09

Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, considerado um dos legados dos Jogos Olímpicos do Rio, está proibido de realizar exames por violação de normas internacionais.

A seis semanas do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Agência Mundial Antidoping (Wada) comunicou nesta sexta-feira (24/06) que suspendeu a acreditação do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LCBD) por violação das normas internacionais para laboratórios, sem dar mais detalhes.

A suspensão entrou em vigor na quarta-feira, quando o laboratório, localizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi notificado oficialmente pela Wada. A partir desta data, o LCBD tem 21 dias para recorrer da decisão junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).

Sem a acreditação da Wada - agência responsável por garantir que os laboratórios de controle de dopagem ao redor do mundo mantenham um padrão de qualidade - o laboratório brasileiro fica proibido de analisar amostras de sangue e urina em exames antidoping de atletas. O LCBD era o único laboratório brasileiro certificado pela Wada.

"A agência garantirá que as amostras que estavam destinadas ao laboratório sejam transportadas de forma segura e rápida para outro laboratório acreditado pela Wada mundo afora", declarou Olivier Niggli, diretor-geral da agência.

Segundo Niggli, os atletas podem estar certos de que a suspensão só será retirada pela Wada quando o laboratório estiver operando de forma otimizada. "A melhor solução será colocada em prática para garantir que os exames para os Jogos Olímpicos do Rio sejam sólidos", concluiu.

Os trabalhos do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem já haviam sido suspensos em 2013, depois de falhas em testes cegos durante uma avaliação de rotina, causadas por defasagem de equipamento. Em maio de 2015, ele voltou a receber o aval da Wada, após construção de uma nova sede dentro da UFRJ.

No mês passado, deu-se início oficial às operações para a Rio 2016. A previsão, na época, era de que 5 mil amostras seriam coletadas durante os Jogos Olímpicos e 1,2 mil durante os Paraolímpicos, funcionando 24 horas por dia e sete dias por semana neste período de Jogos.

EK/efe/rtr/ots