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Venezuelanos cruzam fronteira com Colômbia em busca de alimentos

10/07/2016 14h36

Centenas de pessoas cruzam a ponte internacional Simón Bolívar após governo Maduro autorizar passagem por período de 12 horas. Escassez de alimentos e remédios acentua desespero entre a população.

Centenas de venezuelanos cruzaram a fronteira com a Colômbia neste domingo (10/07) para comprar alimentos e remédios. A multidão atravessou a ponte internacional Simón Bolívar, que liga a cidade venezuelana de San Antonio del Táchira com Cúcuta, a capital do departamento do Norte de Santander, em busca de abastecimento em meio à escassez vivida na Venezuela.

"Somos daqui de San Antonio, não temos nada de comida para dar aos nossos filhos, então não me parece justo que a fronteira fique fechada", disse em Cúcuta uma venezuelana que acabava de atravessar a ponte com o marido e dois filhos. A fronteira ficou aberta por 12 horas.

O cruzamento entre o estado de Táchira e Norte de Santander estava fechado desde agosto de 2015 por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A medida fez parte de uma campanha de combate ao contrabando e contra supostos paramilitares - e se ampliou por toda a extensão da fronteira entre os dois países.

Abertura de fronteiras

Na última terça-feira, 500 venezuelanos da cidade de Ureña romperem o cordão de segurança da Guarda Nacional Bolivariana e atravessaram a fronteira fechada pela ponte internacional Francisco de Paula Santander para comprar alimentos em Cúcuta.

O governador de Táchira, José Gregorio Vielma Mora, afirmou que as fronteiras serão abertas gradualmente para se "avançar a uma nova fronteira de paz, que proporcione igualdade de oportunidades para ambas as nações".

"Jamais vamos permitir que os nossos irmãos venezuelanos passem fome e necessidade de medicamentos", disse a ministra colombiana de Relações Exteriores, Maria Ângela Holguin, responsável por um grupo de trabalho para a reabertura da fronteira.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou que vai tentar estabelecer um diálogo com Maduro para conseguir a reabertura definitiva das fronteiras.

KG/efe/lusa