Justiça dos EUA condena Odebrecht a pagar US$ 2,6 bi por corrupção
Valor será destinado a Brasil, Estados Unidos e Suíça após acordo de leniência entre empresa e autoridades. Construtora é acusada de desembolsar milhões de dólares em subornos para garantir contratos em 12 países.Um juiz dos Estados Unidos condenou a Odebrecht nesta segunda-feira (17/04) a pagar 2,6 bilhões de dólares em multas num caso de corrupção, selando um acordo de leniência entre a construtora e autoridades do Brasil, dos EUA e da Suíça, noticiou a agência de notícias Reuters.O juiz distrital Raymond Dearie afirmou que cerca de 93 milhões de dólares serão pagos aos EUA, 2,39 bilhões de dólares, ao Brasil, e 116 milhões de dólares, à Suíça.Leia mais: Chefe da propina diz que Odebrecht pagou US$ 3,4 bi em 9 anosA Odebrecht e a petroquímica Braskem, controlada pelo Grupo Odebrecht, declararam-se culpadas por acusações de suborno em dezembro passado. Autoridades americanas acusaram a Odebrecht de desembolsar cerca de 788 milhões de dólares para subornar funcionários de governos de 12 países, a maioria deles na América Latina, para garantir lucrativos contratos. Os próprios EUA classificaram o caso de o maior de suborno transnacional da história.A decisão judicial desta segunda-feira é anunciada num momento em que a Odebrecht tenta negociar acordos de leniência com outros países, incluindo Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, República Dominicana, Venezuela, Panamá e Portugal.Procurado pela Reuters, um funcionário do departamento de relações públicas da Odebrecht em São Paulo não quis comentar o assunto. William Burck, advogado da Odebrecht nos EUA, também não quis se manifestar após a determinação judicial.As denúncias contra a Odebrecht são resultado da Operação Lava Jato, deflagrada em 2014. Na última quarta-feira, o sigilo das delações de 78 executivos da Odebrecht foi levantado, estremecendo o governo do presidente Michel Temer.Na lista dos políticos alvos de investigações autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin na semana passada constam cinco ex-presidentes da República, oito ministros do governo de Michel Temer, 24 senadores, 12 governadores e 39 deputados federais – todos citados nos depoimentos de ex-diretores da Odebrecht.LPF/rtr
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