1960: Primeiro satélite de comunicações no espaço
Em 12 de agosto de 1960, um foguete do tipo Thor Delta com capacidade para 100 quilos de carga partiu para sua missão: lançar no espaço o primeiro satélite passivo de comunicações, o Echo 1.Cabo Canaveral, 12 de agosto de 1960. Um foguete de lançamento do tipo Thor Delta, de 25 metros de comprimento e 100 quilogramas de carga a bordo, parte para a sua missão: lançar no espaço o primeiro satélite passivo de comunicações – o Echo 1. Tratava-se da segunda tentativa. A primeira missão do Echo 1 fracassara três meses antes.
O Thor Delta levou o satélite de 76 quilos até uma altura de 650 quilômetros. Somente no espaço, o Echo 1 desenvolveu suas proporções integrais. Ele inflou e assumiu a forma de um balão – uma espécie de lua artificial com diâmetro inicial de 30,5 m.
Seu invólucro de plástico era revestido por uma fina camada de alumínio. A lua de prata entrou numa órbita elíptica que oscila entre 1.500 e 1.700 quilômetros acima da superfície terrestre. Devido ao seu tamanho, era visível a olho nu. Seus horários de passagem sobre os diferentes países eram divulgados por jornais de todo o mundo. Milhões de pessoas viram o satélite.
Satélite sem equipamentos
A principal tarefa do Echo 1 era a transmissão de notícias. À exceção de uma antena para medir sua distância em relação à Terra, ele não tinha equipamento a bordo. Sua enorme capa de alumínio refletia os sinais emitidos da Terra de um ponto para outro do planeta.
"Em princípio, era semelhante a um sinal de radar. Era um espelho convexo, muito ineficiente, que refletia os sinais em todas as direções celestes e apenas uma parte mínima chegava ao alvo desejado. Isso significava que, na transmissão e recepção, era preciso usar antenas enormes. Para fins de testes, isso funcionava, mas para uso prático doméstico era dispendioso demais", conta o professor Udo Renner.
Naturalmente, o Echo 1 também virou um instrumento da "guerra nas estrelas" entre as superpotências da época, os Estados Unidos e União Soviética. Poucas semanas depois do lançamento do balão, o presidente dos EUA, Dwight Einsenhower (1890-1969) realizou o primeiro telefonema transatlântico via satélite. Enquanto cruzava o espaço a 25.000 km/h, o Echo 1 refletiu as seguintes palavras do presidente:
"É uma grande satisfação pessoal, participar desse primeiro experimento de comunicação com o satélite-balão Echo1. Este é mais um passo significativo do programa norte-americano de pesquisas e explorações do espaço. O programa continuará sendo energicamente implementado pelos Estados Unidos – com intenções pacíficas e para o bem de toda a humanidade." O cientistas da Nasa, no entanto, não almejavam apenas novas descobertas na área das telecomunicações. Com o Echo 1, pretendiam também reunir dados sobre as relações entre desaceleração, atrito e densidade da ar.
Curta vida útil
Em 1964, a Nasa lançou o segundo satélite-balão. O Echo 2 tinha um envoltório mais espesso e um diâmetro de 40 metros. Quedas de meteoritos perfuravam a sensível capa e deformavam os balões que, no final, tinham a forma de ameixas. Os Echos 1 e 2 tiveram uma vida útil de apenas poucos anos.
Já os satélites atuais duram de 15 a 17 anos. Sua vida útil é limitada por dois motivos: as constantes correções de rota consomem o precioso combustível; e, com o tempo, a tecnologia se torna ultrapassada.
O Echo 1 permaneceu oito anos no espaço; o Echo 2, apenas cinco. No final, os sinais refletidos pelos dois balões eram quase imperceptíveis, por causa da enorme deformação. Em 24 de maio de 1968, o Echo 1 penetrou e abrasou-se na atmosfera terrestre. No ano seguinte, o mesmo ocorreu com o Echo 2.
O Thor Delta levou o satélite de 76 quilos até uma altura de 650 quilômetros. Somente no espaço, o Echo 1 desenvolveu suas proporções integrais. Ele inflou e assumiu a forma de um balão – uma espécie de lua artificial com diâmetro inicial de 30,5 m.
Seu invólucro de plástico era revestido por uma fina camada de alumínio. A lua de prata entrou numa órbita elíptica que oscila entre 1.500 e 1.700 quilômetros acima da superfície terrestre. Devido ao seu tamanho, era visível a olho nu. Seus horários de passagem sobre os diferentes países eram divulgados por jornais de todo o mundo. Milhões de pessoas viram o satélite.
Satélite sem equipamentos
A principal tarefa do Echo 1 era a transmissão de notícias. À exceção de uma antena para medir sua distância em relação à Terra, ele não tinha equipamento a bordo. Sua enorme capa de alumínio refletia os sinais emitidos da Terra de um ponto para outro do planeta.
"Em princípio, era semelhante a um sinal de radar. Era um espelho convexo, muito ineficiente, que refletia os sinais em todas as direções celestes e apenas uma parte mínima chegava ao alvo desejado. Isso significava que, na transmissão e recepção, era preciso usar antenas enormes. Para fins de testes, isso funcionava, mas para uso prático doméstico era dispendioso demais", conta o professor Udo Renner.
Naturalmente, o Echo 1 também virou um instrumento da "guerra nas estrelas" entre as superpotências da época, os Estados Unidos e União Soviética. Poucas semanas depois do lançamento do balão, o presidente dos EUA, Dwight Einsenhower (1890-1969) realizou o primeiro telefonema transatlântico via satélite. Enquanto cruzava o espaço a 25.000 km/h, o Echo 1 refletiu as seguintes palavras do presidente:
"É uma grande satisfação pessoal, participar desse primeiro experimento de comunicação com o satélite-balão Echo1. Este é mais um passo significativo do programa norte-americano de pesquisas e explorações do espaço. O programa continuará sendo energicamente implementado pelos Estados Unidos – com intenções pacíficas e para o bem de toda a humanidade." O cientistas da Nasa, no entanto, não almejavam apenas novas descobertas na área das telecomunicações. Com o Echo 1, pretendiam também reunir dados sobre as relações entre desaceleração, atrito e densidade da ar.
Curta vida útil
Em 1964, a Nasa lançou o segundo satélite-balão. O Echo 2 tinha um envoltório mais espesso e um diâmetro de 40 metros. Quedas de meteoritos perfuravam a sensível capa e deformavam os balões que, no final, tinham a forma de ameixas. Os Echos 1 e 2 tiveram uma vida útil de apenas poucos anos.
Já os satélites atuais duram de 15 a 17 anos. Sua vida útil é limitada por dois motivos: as constantes correções de rota consomem o precioso combustível; e, com o tempo, a tecnologia se torna ultrapassada.
O Echo 1 permaneceu oito anos no espaço; o Echo 2, apenas cinco. No final, os sinais refletidos pelos dois balões eram quase imperceptíveis, por causa da enorme deformação. Em 24 de maio de 1968, o Echo 1 penetrou e abrasou-se na atmosfera terrestre. No ano seguinte, o mesmo ocorreu com o Echo 2.
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