1988: Assalto com sequestro paralisa Alemanha
1988: Assalto com sequestro paralisa Alemanha - No dia 16 de agosto de 1988, dois homens armados tentaram assaltar um banco de uma cidadezinha alemã, fazendo duas reféns. O drama que se seguiu colocou em foco o sensacionalismo da imprensa.Em 16 de agosto de 1988, a Alemanha estarrecida acompanhou pelo rádio e pela televisão o drama que começou na cidadezinha de Gladbeck, no oeste do país. Dois homens armados haviam tentado assaltar um banco, e na fuga levaram duas reféns.
A perseguição policial foi acompanhada de perto pela imprensa. Ao final, duas pessoas foram mortas pelos criminosos, provocando um acalorado debate sobre o papel dos repórteres no episódio.
Dieter Degowski e Hans-Jürgen Rösner assaltaram uma filial do Deutsche Bank em Gladbeck, ao norte de Düsseldorf, levando duas reféns. A polícia atendeu suas exigências de 300 mil marcos e liberou um carro veloz para a fuga.
Não satisfeitos e empolgados com a repercussão que receberam na imprensa, os dois tomaram de assalto um ônibus com 25 passageiros, fazendo novas exigências ao vivo, nos microfones e diante das câmeras dos repórteres.
Sem estratégia, desorganizada, a polícia não conseguiu evitar a primeira morte. Um italiano de 15 anos levou um tiro, depois da tentativa precipitada de libertar uma refém. Durante a ação, que durou ao todo 54 horas, os carros usados na fuga e as reféns foram trocados. Duas garotas que estavam no ônibus foram obrigadas a acompanhar os criminosos e sua cúmplice.
Seguidos o tempo todo em caravana pela polícia, eles conseguiram fugir para Bremen, no norte da Alemanha, e depois para a Holanda. E, de lá, voltaram para a região onde o assalto havia começado. De repente, a informação de que estavam numa BMW no calçadão de Colônia, cercados por jornalistas e curiosos. Mas sem policiais por perto.
Começou a formar-se um cenário cada vez mais macabro, culminando com um fotógrafo sensacionalista pedindo a Dembowski para posar, encostando o revólver na cabeça de uma das reféns. O número crescente de espectadores em torno do carro aumentou ainda mais a autoconfiança dos criminosos.
Até que resolveram retornar à autoestrada, seguidos por um comboio de jornalistas. A esta altura, unidades especiais da polícia haviam arquitetado um plano para barrá-los na rodovia e que acabou em banho de sangue.
O carro dos ladrões foi abalroado e iniciou-se um longo tiroteio, resultando na morte da refém Silke Bischoff. A outra refém ficou gravemente ferida, assim como os dois ladrões e sua cúmplice.
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | App | Instagram | Newsletter
Autor: Doris Bulau (rw)
A perseguição policial foi acompanhada de perto pela imprensa. Ao final, duas pessoas foram mortas pelos criminosos, provocando um acalorado debate sobre o papel dos repórteres no episódio.
Dieter Degowski e Hans-Jürgen Rösner assaltaram uma filial do Deutsche Bank em Gladbeck, ao norte de Düsseldorf, levando duas reféns. A polícia atendeu suas exigências de 300 mil marcos e liberou um carro veloz para a fuga.
Não satisfeitos e empolgados com a repercussão que receberam na imprensa, os dois tomaram de assalto um ônibus com 25 passageiros, fazendo novas exigências ao vivo, nos microfones e diante das câmeras dos repórteres.
Sem estratégia, desorganizada, a polícia não conseguiu evitar a primeira morte. Um italiano de 15 anos levou um tiro, depois da tentativa precipitada de libertar uma refém. Durante a ação, que durou ao todo 54 horas, os carros usados na fuga e as reféns foram trocados. Duas garotas que estavam no ônibus foram obrigadas a acompanhar os criminosos e sua cúmplice.
Seguidos o tempo todo em caravana pela polícia, eles conseguiram fugir para Bremen, no norte da Alemanha, e depois para a Holanda. E, de lá, voltaram para a região onde o assalto havia começado. De repente, a informação de que estavam numa BMW no calçadão de Colônia, cercados por jornalistas e curiosos. Mas sem policiais por perto.
Começou a formar-se um cenário cada vez mais macabro, culminando com um fotógrafo sensacionalista pedindo a Dembowski para posar, encostando o revólver na cabeça de uma das reféns. O número crescente de espectadores em torno do carro aumentou ainda mais a autoconfiança dos criminosos.
Até que resolveram retornar à autoestrada, seguidos por um comboio de jornalistas. A esta altura, unidades especiais da polícia haviam arquitetado um plano para barrá-los na rodovia e que acabou em banho de sangue.
O carro dos ladrões foi abalroado e iniciou-se um longo tiroteio, resultando na morte da refém Silke Bischoff. A outra refém ficou gravemente ferida, assim como os dois ladrões e sua cúmplice.
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