Irma recupera força ao chegar à Flórida; aeroportos e parques estão fechados
Ao atingir o arquipélago de Florida Keys com ventos de 210 km/h, na manhã deste domingo (10/09), o furacão Irma, o mais potente registrado no Atlântico até hoje, recuperou intensidade, sendo classificado na categoria 4 da escala Saffir-Simpson, de 5 pontos, pelo NHC (sigla em inglês para Centro Nacional de Furacões).
Os meteorologistas estimam que, em seu caminho pela Flórida, ele continue a aumentar de força e permaneça um furacão potente. No sábado, o governador da Flórida, Rick Scott, ampliou a ordem de retirada da população no estado para 6,3 milhões de pessoas, por causa da chegada do Irma e especialmente devido ao aumento do nível do mar.
Os aeroportos de Miami, Fort Lauderdale, Tampa e Orlando estão fechados. Na área de Orlando, os parques Walt Disney World, Universal Studios e Sea World também fecharam suas portas até segunda-feira (11).
Rota
As previsões mais recentes apontam que o Irma pode passar pela costa da Flórida mais a oeste que se pensava, o que poderia manter o devastador olho do ciclone sobre as águas quentes do Golfo do México. Essa mudança de trajetória pouparia assim uma devastação maior no sudoeste do estado.
A mudança de curso do Irma levou a uma evacuação de última hora na área da cidade de Tampa. Praticamente toda a costa do estado permaneceu sobre o alerta do furacão, e as últimas projeções também podem vir a mudar, poupando ou devastando outras partes da Flórida.
Segundo os meteorologistas, o furacão poderia chegar à Baía de Tampa, no sudoeste da Flórida, na segunda-feira pela manhã.
Desde 1921, a área não foi atingida por um ciclone de maiores proporções. Na época, a população da área era de 10 mil habitantes. Hoje, moram ali 3 milhões de pessoas, informou um porta-voz do Centro Nacional de Furacões.
O governador pôs em prontidão todos os 7 mil membros da Guarda Nacional da Flórida, como também 30 mil guardas de outras partes do país. A tempestade é considerada muito perigosa. Os especialistas preveem chuvas torrenciais, enchentes e tornados.
Em seu caminho pelo Caribe, o Irma provocou devastação e a morte de ao menos 25 pessoas. Devido à sua imensa superfície e sua trajetória sobre a península da Flórida, o Irma pode se tornar um dos furacões mais devastadores a atingir o estado desde 1992, quando o Andrew destruiu ou causou danos em mais de 125 mil casas, provocando a morte de ao menos 40 pessoas.
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