Rússia e EUA planejam estação espacial lunar
Projeto de 100 bilhões de dólares, base ficará na órbita lunar, será semelhante à ISS e poderá servir de ponto de partida para enviar humanos a Marte.Rússia e Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (27/09) a cooperação num projeto para a construção da primeira estação espacial lunar. A iniciativa, coordenada pela agência espacial americana, Nasa, visa em longo prazo enviar humanos a Marte.A estação, chamada de Deep Space Gateway, será construída no padrão da Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita em torno da Terra. Em operação há 16 anos, a ISS já recebeu mais de 200 pessoas a bordo, a maioria astronautas americanos e cosmonautas.Leia mais: Evolução pode adaptar ser humano à vida no espaço?"Enquanto a porta do espaço profundo continua sendo um conceito em desenvolvimento, a Nasa está contente em ver o crescimento no interesse internacional no espaço cislunar [região entre a Terra e a Lua] como o próximo passo para a exploração do espaço", disse Robert Lightfoot, diretor da agência espacial americana, em Washington. De acordo com a Nasa, a nova estação ficará na órbita lunar e servirá como ponto de partida para missões de exploração na Lua e em outras regiões do Sistema Solar. Estima-se que os custos da base devem superar os 100 bilhões de dólares investidos na ISS, o maior projeto espacial do mundo."A etapa principal para a construção da estação lunar começará em meados dos anos 2020", destacou a agência espacial russa, Roscosmos, em comunicado.A cooperação entre Washington e Moscou prevê o desenvolvimento de sistemas necessários para organizar missões científicas na órbita lunar e na superfície da Lua.Os países pretendem também desenvolver juntos padrões internacionais técnicos. De acordo com o diretor da Roscosmos, Igor Komarov, a Rússia e os Estados Unidos, além de outros países, concordaram sobre a importância de trabalhar com padrões unificados para evitar problemas futuros no espaço."A estação será uma plataforma importante para pesquisas futuras", acrescentou Komarov.A cooperação espacial é uma das poucas que restou entre Estados Unidos e Rússia em meio às tensões causadas pelos conflitos na Ucrânia e na Síria. Na ISS, os países trabalham juntos desde 1998.CN/afp/dpa
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