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Ranking põe Temer como líder mais impopular do mundo

26/10/2017 12h13

Dados da consultoria Eurasia apontam que aprovação ao presidente brasileiro, na casa dos 3%, é mais baixa do que a de governantes impopulares como o venezuelano Maduro e o sul-africano Zuma.Pesquisas ao longo do último ano já haviam apontado que o presidente Michel Temer é o presidente mais impopular da história recente do Brasil, tendo seu governo ultrapassado até mesmo a reprovação verificada nos últimos meses do governo José Sarney (1985-1990).

Agora, Temer também aparece na lanterna de um ranking que compilou dados de alguns dos líderes mais impopulares do mundo.

Segundo dados compilados pelo grupo de análise política Eurasia, os 3% de aprovação popular de Temer, verificados em uma pesquisa em setembro, colocam o presidente atrás de líderes como o venezuelano Nicolás Maduro, que governa de maneira implacável um país com a economia arruinada, e o sul-africano Jacob Zuma, que enfrenta uma série de acusações de corrupção. A popularidade de Maduro no ranking é de 23%. Já a de Zuma, 18%.



Temer também aparece bem atrás do presidente do México, Enrique Pena Nieto (28%), e da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May (31%). E ainda mais distante do americano Donald Trump (37%) e do francês Emmanuel Macron (45%), que assumiram seus mandatos há poucos meses e já enfrentam queda de popularidade.

No final de setembro, uma pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que apenas 3% da população brasileira classificam o governo Temer como bom ou ótimo – considerando a margem de erro de 2%, o índice poderia chegar a 1% ou 5%. Já 77% consideraram a administração como ruim ou péssima. Em julho, uma pesquisa do mesmo instituto havia apontado aprovação de 5%.

A impopularidade do presidente, no entanto, não tem resultado na paralisação total do seu governo. Temer vem se mantendo no poder com a ajuda da classe política mesmo com a rejeição recorde dos brasileiros. Na quarta-feira (25/10), o presidente fez valer sua influência no Congresso e conseguiu evitar seu afastamento ao reunir 251 votos na Câmara e engavetar a segunda denúncia criminal apresentada pelo Ministério Público.

JPS/ots

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