Trump volta atrás e suspende importação de "troféus de caça"
Presidente dos EUA fez anúncio menos de 48 horas depois de seu próprio governo ter concedido autorização para a importação de marfim e cabeças de elefantes por caçadores americanosDonald Trump mudou de ideia. Diante de uma enxurrada de críticas, o presidente dos EUA resolveu suspender na sexta-feira à noite (17/11) a autorização para que "troféus de caça” de elefantes abatidos na África pudessem ser importados por caçadores americanos.
O anúncio foi feito pelo próprio presidente em sua conta no Twitter, e ocorreu menos de 48 horas depois de seu próprio governo ter concedido a autorização, que revertia uma política do ex-presidente Barack Obama adotada em 2014 para conter o tráfico de marfim. Trump afirmou que pretende suspender a autorização para a importação até analisar o assunto. "Coloquei a caça em espera enquanto reviso todos os aspectos de conservação”, disse o presidente.
O fim da proibição da importação permitiria que cabeças de elefantes, presas de marfim e outras partes dos animais chegassem legalmente aos EUA. O anúncio original que concedia a autorização foi divulgado na quinta-feira (16/11) e partiu da US Fish and Wildlife Service (USFWS), uma das agências do governo americano.
Um comunicado da agência disse que "a caça esportiva legalizada e regulada como parte de uma administração consistente pode beneficiar a conservação de certas espécies ao prover incentivos às comunidades locais".
Mas a medida imediatamente provocou repúdio entre ambientalistas e ONGs, já que a população de elefantes vem caindo na África nos últimos anos e os animais constam em listas de espécies ameaçadas de extinção. Entre 2007 e 2014, o número de elefantes no continente registrou queda de 30%.
Membros da base republicana de Trump também criticaram a medida. O deputado Ed Royce, um membro do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara dos Representantes, disse que a autorização era "uma decisão errada num momento errado”. "Os elefantes e outros grandes animais da África são uma ‘moeda de sangue' para as organizações terroristas e estão sendo mortos num ritmo alarmante”, afirmou Royce, em nota.
A atriz francesa Brigitte Bardot, conhecida pelo seu ativismo em defesa dos animais, disse que a autorização mostrava que Trump "não está apto para governar”. "Nenhum déspota no mundo pode atribuir a si a responsabilidade de matar espécies antigas e que fazem parte da herança mundial da humanidade”, escreveu a ex-atriz francesa.
A autorização inicial também fez com que a imprensa americana voltasse a publicar fotos dos filhos do presidente Trump durante um safári na África em 2012. Uma das imagens mostra Donald Trump Jr. Segurando o rabo cortado de um elefante.
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
JPS/rt
O anúncio foi feito pelo próprio presidente em sua conta no Twitter, e ocorreu menos de 48 horas depois de seu próprio governo ter concedido a autorização, que revertia uma política do ex-presidente Barack Obama adotada em 2014 para conter o tráfico de marfim. Trump afirmou que pretende suspender a autorização para a importação até analisar o assunto. "Coloquei a caça em espera enquanto reviso todos os aspectos de conservação”, disse o presidente.
O fim da proibição da importação permitiria que cabeças de elefantes, presas de marfim e outras partes dos animais chegassem legalmente aos EUA. O anúncio original que concedia a autorização foi divulgado na quinta-feira (16/11) e partiu da US Fish and Wildlife Service (USFWS), uma das agências do governo americano.
Um comunicado da agência disse que "a caça esportiva legalizada e regulada como parte de uma administração consistente pode beneficiar a conservação de certas espécies ao prover incentivos às comunidades locais".
Mas a medida imediatamente provocou repúdio entre ambientalistas e ONGs, já que a população de elefantes vem caindo na África nos últimos anos e os animais constam em listas de espécies ameaçadas de extinção. Entre 2007 e 2014, o número de elefantes no continente registrou queda de 30%.
Membros da base republicana de Trump também criticaram a medida. O deputado Ed Royce, um membro do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara dos Representantes, disse que a autorização era "uma decisão errada num momento errado”. "Os elefantes e outros grandes animais da África são uma ‘moeda de sangue' para as organizações terroristas e estão sendo mortos num ritmo alarmante”, afirmou Royce, em nota.
A atriz francesa Brigitte Bardot, conhecida pelo seu ativismo em defesa dos animais, disse que a autorização mostrava que Trump "não está apto para governar”. "Nenhum déspota no mundo pode atribuir a si a responsabilidade de matar espécies antigas e que fazem parte da herança mundial da humanidade”, escreveu a ex-atriz francesa.
A autorização inicial também fez com que a imprensa americana voltasse a publicar fotos dos filhos do presidente Trump durante um safári na África em 2012. Uma das imagens mostra Donald Trump Jr. Segurando o rabo cortado de um elefante.
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