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1788: Austrália torna-se colônia

Werner Köhne

26/01/2018 06h28

1788: Austrália torna-se colônia - Em 26 de janeiro de 1788, os britânicos começaram a construir uma colônia penal onde hoje fica a cidade de Sydney. Detentos deportados para lá foram os primeiros colonos do território, até então habitado por aborígines.Cada povo tem seus mitos; cada país, sua história. Quase sempre um acontecimento marcante é coroado com a determinação de um dia nacional. A Austrália tem dois destes feriados: um é o 1º de janeiro, Dia da Unidade, quando se tornou Comunidade da Austrália; o outro marca a chegada não de heróis, mas de criminosos deportados pela Inglaterra.

Em 1770, o explorador inglês James Cook havia desembarcado na ilha habitada por aborígenes. Em janeiro de 1788, aportaram vários navios na costa sudeste da Austrália, comandados pelo inglês Arthur Phillip, levando 759 criminosos ingleses. Antes, os condenados eram levados para as colônias na América, mas os Estados Unidos haviam proclamado sua independência.

Dificuldades administrativas

No dia do desembarque de Phillip, o local da chegada foi batizado de Sydney, em homenagem ao então ministro britânico do Interior.

Desde o começo, a nova colônia enfrentou uma série de problemas. Como um pequeno grupo de fuzileiros navais poderia controlar tantos que cumpriam pena naquela imensidão territorial? Até 1852, seu número deveria atingir mais de 150 mil.

Em segundo lugar, como garantir a soberania e explorar um território do tamanho da Austrália, hoje um dos maiores países do mundo, em extensão?

Quanto aos nativos, durante 200 anos os britânicos ignoraram a existência de aborígenes. Seu grande momento chegou com os Jogos Olímpicos de 2000. Não só pela linda abertura com Cathy Freeman ou sua conquista da medalha de ouro, mas também pelas ameaças dos nativos de prejudicar as competições.

Durante muito tempo, os aborígenes não tinham direitos e estavam sujeitos a discriminação e maus-tratos dos colonizadores. Só em 1967, depois de um plebiscito, eles receberam direitos civis.
Autor: Werner Köhne