Na China, Kim Jong-un se compromete com desnuclearização
Em Pequim, líder da Coreia do Norte se mostra disposto a reduzir tensões em torno de seu programa nuclear e realizar cúpula com os EUA. Visita à capital chinesa é confirmada após dias de especulação.Após dois dias de especulação, Coreia do Norte e China confirmaram nesta quarta-feira (28/03) que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, visitou Pequim. Foi a primeira viagem ao exterior dele no cargo, em meio ao processo de melhora nas relações com a Coreia do Sul. Em encontro com o presidente Xi Jinping, Kim se comprometeu com a desnuclearização e a se reunir com autoridades dos EUA.
O Ministério do Exterior da China chamou a ocasião de uma "visita não oficial", que ocorreu de domingo a quarta-feira. O órgão citou Kim em um longo comunicado, no qual o líder norte-coreano ressalta que a situação na Península Coreana começa a melhorar "porque a Coreia do Norte tomou a iniciativa de aliviar as tensões e apresentar propostas para negociações de paz". De acordo com o texto, o líder norte-coreano ressalta ser "nossa posição consistente estarmos comprometidos com a desnuclearização na península".
A Coreia do Norte está disposta a conversar com os Estados Unidos e realizar uma cúpula entre os dois países, segundo o comunicado. "A questão da desnuclearização da Península Coreana pode ser resolvida se a Coreia do Sul e os Estados Unidos responderem ao nosso esforços com boa vontade e criarem uma atmosfera de paz e estabilidade, tomando medidas progressivas e síncronas para a realização da paz", disse Kim, conforme o documento.
Os rumores sobre a visita de Kim a Pequim começaram na noite desta segunda-feira, quando o trem blindado do regime norte-coreano foi visto na estação da capital chinesa, onde as autoridades elevaram significativamente as medidas de segurança. Segundo a agência estatal norte-coreana de notícias KCNA, Kim chegou à China no domingo, acompanhado por sua mulher, Ri Sol-ju, e o número dois do regime, Choe Ryong-hae.
"Kim Jong-un expressou sua alegria em realizar sua primeira reunião com Xi Jinping. Ressaltou a necessidade de se reunir frequentemente com os colegas chineses, incluindo Xi Jinping, para aprofundar ainda mais a relação de amizade e fortalecer a comunicação estratégica e a cooperação tática", afirma o texto da agência estatal.
Durante a visita, tanto Pequim como Pyongyang não divulgaram a presença do líder norte-coreano na capital chinesa.
A viagem foi a primeira que Kim fez ao exterior desde que sucedeu seu pai, Kim Jong-il, no poder, em 2011. A visita ocorreu em meio às negociações diplomáticas sobre os encontros que ele deverá ter em abril e maio com os presidentes de Coreia do Sul e Estados Unidos, respectivamente, para debater o possível desmantelamento do programa nuclear norte-coreano.
De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, o chefe de Estado chinês ofereceu um banquete para Kim e sua esposa. Kim afirmou que teve "conversas proveitosas" com Xi sobre o desenvolvimento de relações mútuas e sobre "manter a paz e a estabilidade na Península Coreana".
A China é o principal aliado da Coreia do Norte, internacionalmente isolada por causa de seu programa de armas nucleares e mísseis. No entanto, as relações mútuas haviam esfriado significativamente. A China apoiou as sanções da ONU contra a Coreia do Norte.
No entanto, nas últimas semanas houve movimento na disputa nuclear com a Coreia do Norte: Kim quer se encontrar com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em abril e presumivelmente em maio com o presidente dos EUA, Donald Trump. A China parecia destinada a um papel de coadjuvante. Com a visita de Kim a Pequim, no entanto, a República Popular ganhou peso novamente.
De acordo com a KCNA, Kim convidou Xi para uma visita oficial a Pyongyang, e a oferta foi "aceita de bom grado".
Deng Yuwen, especialista em relações internacionais da China, disse à agência de notícias AFP que a Coreia do Norte estava cética sobre se Trump lhe daria as garantias de segurança de que precisava. Após a nomeação do linha-dura John Bolton para ser o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, na semana passada, Kim estava ainda "mais vigilante". Os governantes da Coreia do Norte precisam da China como seu "irmão mais velho para protegê-la num momento crucial".
MD/afp/efe/rtr
O Ministério do Exterior da China chamou a ocasião de uma "visita não oficial", que ocorreu de domingo a quarta-feira. O órgão citou Kim em um longo comunicado, no qual o líder norte-coreano ressalta que a situação na Península Coreana começa a melhorar "porque a Coreia do Norte tomou a iniciativa de aliviar as tensões e apresentar propostas para negociações de paz". De acordo com o texto, o líder norte-coreano ressalta ser "nossa posição consistente estarmos comprometidos com a desnuclearização na península".
A Coreia do Norte está disposta a conversar com os Estados Unidos e realizar uma cúpula entre os dois países, segundo o comunicado. "A questão da desnuclearização da Península Coreana pode ser resolvida se a Coreia do Sul e os Estados Unidos responderem ao nosso esforços com boa vontade e criarem uma atmosfera de paz e estabilidade, tomando medidas progressivas e síncronas para a realização da paz", disse Kim, conforme o documento.
Os rumores sobre a visita de Kim a Pequim começaram na noite desta segunda-feira, quando o trem blindado do regime norte-coreano foi visto na estação da capital chinesa, onde as autoridades elevaram significativamente as medidas de segurança. Segundo a agência estatal norte-coreana de notícias KCNA, Kim chegou à China no domingo, acompanhado por sua mulher, Ri Sol-ju, e o número dois do regime, Choe Ryong-hae.
"Kim Jong-un expressou sua alegria em realizar sua primeira reunião com Xi Jinping. Ressaltou a necessidade de se reunir frequentemente com os colegas chineses, incluindo Xi Jinping, para aprofundar ainda mais a relação de amizade e fortalecer a comunicação estratégica e a cooperação tática", afirma o texto da agência estatal.
Durante a visita, tanto Pequim como Pyongyang não divulgaram a presença do líder norte-coreano na capital chinesa.
A viagem foi a primeira que Kim fez ao exterior desde que sucedeu seu pai, Kim Jong-il, no poder, em 2011. A visita ocorreu em meio às negociações diplomáticas sobre os encontros que ele deverá ter em abril e maio com os presidentes de Coreia do Sul e Estados Unidos, respectivamente, para debater o possível desmantelamento do programa nuclear norte-coreano.
De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, o chefe de Estado chinês ofereceu um banquete para Kim e sua esposa. Kim afirmou que teve "conversas proveitosas" com Xi sobre o desenvolvimento de relações mútuas e sobre "manter a paz e a estabilidade na Península Coreana".
A China é o principal aliado da Coreia do Norte, internacionalmente isolada por causa de seu programa de armas nucleares e mísseis. No entanto, as relações mútuas haviam esfriado significativamente. A China apoiou as sanções da ONU contra a Coreia do Norte.
No entanto, nas últimas semanas houve movimento na disputa nuclear com a Coreia do Norte: Kim quer se encontrar com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em abril e presumivelmente em maio com o presidente dos EUA, Donald Trump. A China parecia destinada a um papel de coadjuvante. Com a visita de Kim a Pequim, no entanto, a República Popular ganhou peso novamente.
De acordo com a KCNA, Kim convidou Xi para uma visita oficial a Pyongyang, e a oferta foi "aceita de bom grado".
Deng Yuwen, especialista em relações internacionais da China, disse à agência de notícias AFP que a Coreia do Norte estava cética sobre se Trump lhe daria as garantias de segurança de que precisava. Após a nomeação do linha-dura John Bolton para ser o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, na semana passada, Kim estava ainda "mais vigilante". Os governantes da Coreia do Norte precisam da China como seu "irmão mais velho para protegê-la num momento crucial".
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