Populistas formam governo na Itália
Em reviravolta, M5S e Liga apresentam pela segunda vez como premiê o jurista Giuseppe Conte, que havia fracassado na primeira tentativa e desta vez é bem-sucedido. Posse será nesta sexta-feira.O jurista Giuseppe Conte, proposto pelo partido antissistema Movimento Cinco Estrelas (M5S) e a ultradireitista Liga, aceitou pela segunda vez formar um governo na Itália e apresentou imediatamente, nesta quinta-feira (31/05), sua lista de ministros ao presidente Sergio Mattarella.
O novo governo deverá tomar posse nesta sexta-feira, marcando uma reviravolta inesperada e encerrando meses de indefinição no país, a terceira maior economia da zona do euro. Conte já havia sido encarregado por Mattarella, mas a primeira tentativa fracassou.
Desta vez, Mattarella convocou Conte ao Palácio do Quirinal depois que o M5S e a Liga anunciaram que haviam chegado, pela segunda vez, a um acordo para formar um Executivo após a primeira tentativa fracassar com o veto do presidente ao eurocético Paolo Savona, de 81 anos, para ocupar o Ministério da Economia.
Na lista que Conte entregou nesta quinta-feira a Mattarella, Savona estará à frente do Ministério de Assuntos para a União Europeia, enquanto o M5S e a Liga deixaram a pasta da Economia e Finanças a cargo do professor Giovanni Tria, de 69 anos, que é favorável à permanência da Itália na zona do euro, mas já criticou o desequilíbrio entre o norte e o sul dentro do bloco e defendeu mudanças na União Europeia e no seu sistema financeiro.
O líder da Liga, Matteo Salvini, será o ministro do Interior, e o chefe do M5S, Luigi Di Maio, assumirá o Ministério do Trabalho e Desenvolvimento Econômico. O Ministério do Exterior será ocupado pelo pró-europeu Enzo Moavero Milanesi.
A reviravolta encerra também a curta tentativa de formação de governo pelo economista Carlo Cottarelli, um ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) que fora encarregado da tarefa pelo presidente nesta segunda-feira.
Nesta quinta-feira, Cottarelli recuou, abrindo caminho para a aliança entre o M5S e a Liga. "Já não é necessário formar um governo de tecnocratas", disse o antigo diretor do FMI depois de se ter encontrado com o presidente da República para renunciar formalmente à tarefa.
AS/efe/lusa/afp
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
O novo governo deverá tomar posse nesta sexta-feira, marcando uma reviravolta inesperada e encerrando meses de indefinição no país, a terceira maior economia da zona do euro. Conte já havia sido encarregado por Mattarella, mas a primeira tentativa fracassou.
Desta vez, Mattarella convocou Conte ao Palácio do Quirinal depois que o M5S e a Liga anunciaram que haviam chegado, pela segunda vez, a um acordo para formar um Executivo após a primeira tentativa fracassar com o veto do presidente ao eurocético Paolo Savona, de 81 anos, para ocupar o Ministério da Economia.
Na lista que Conte entregou nesta quinta-feira a Mattarella, Savona estará à frente do Ministério de Assuntos para a União Europeia, enquanto o M5S e a Liga deixaram a pasta da Economia e Finanças a cargo do professor Giovanni Tria, de 69 anos, que é favorável à permanência da Itália na zona do euro, mas já criticou o desequilíbrio entre o norte e o sul dentro do bloco e defendeu mudanças na União Europeia e no seu sistema financeiro.
O líder da Liga, Matteo Salvini, será o ministro do Interior, e o chefe do M5S, Luigi Di Maio, assumirá o Ministério do Trabalho e Desenvolvimento Econômico. O Ministério do Exterior será ocupado pelo pró-europeu Enzo Moavero Milanesi.
A reviravolta encerra também a curta tentativa de formação de governo pelo economista Carlo Cottarelli, um ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) que fora encarregado da tarefa pelo presidente nesta segunda-feira.
Nesta quinta-feira, Cottarelli recuou, abrindo caminho para a aliança entre o M5S e a Liga. "Já não é necessário formar um governo de tecnocratas", disse o antigo diretor do FMI depois de se ter encontrado com o presidente da República para renunciar formalmente à tarefa.
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