Topo

Polícia identifica suspeito de ataque em Londres: sudanês que mora no Reino Unido há 5 anos

15/08/2018 09h21

O homem preso sob suspeita de terrorismo após um ataque que feriu três pessoas no centro de Londres na última terça-feira (14) foi identificado como um cidadão britânico de 29 anos e origem sudanesa, informou a unidade antiterrorismo da polícia.

O suspeito avançou com um Ford Fiesta prateado contra pedestres e ciclistas e colidiu seu carro com uma barreira de segurança no entorno do Parlamento britânico. O carro circulou entre as áreas de Westminster e Whitehall das 6h da manhã (hora local) até o momento do ataque, às 7h37.

Veja também:

Identificado como Salih K., o suspeito foi preso na cena do crime e está sendo interrogado pela polícia, sem colaborar com as investigações.

Três locais estão sendo alvo de buscas como parte da investigação, sendo dois em Birmingham e um em Nottingham. Não há outros detidos no momento em conexão com o ataque, segundo a polícia.

Investigadores estão analisando se Salih K tem alguma relação com Khalil Masood, autor de um atentado semelhante ocorrido em Londres em março de 2017 e que havia se convertido ao islamismo.

Dono de uma loja em Birmingham, Salih K morava a uma pequena distância da antiga casa de Masood. O suspeito estudou na Universidade de Ciência e Tecnologia do Sudão e estava no Reino Unido há cinco anos, segundo a mídia local.

Acredita-se que o suspeito não conhecido pela polícia antiterrorismo ou pelo MI5, serviço britânico de informações de segurança interna e contra-espionagem, noticiou a emissora BBC. Ele seria, no entanto, conhecido pela polícia local.

O motivo do ataque ainda não foi estabelecido, mas o episódio está sendo tratado como terrorismo por ter sido aparentemente um ato deliberado, por conta de seu método e pelo fato de ter sido realizado em um local icônico.

O atentado acendeu um debate sobre a possibilidade de banir automóveis da praça do Parlamento e torná-la uma área para pedestres, opção apoiada pelo prefeito de Londres, Sadiq Khan.

Caso seja confirmado como um ato de terrorismo, o caso será o segundo ataque ao Parlamento em pouco menos de 18 meses.

Em março de 2017, Masood, de 52 anos, matou quatro pessoas perto da ponte de Westminster e esfaqueou um policial desarmado perto do Parlamento, antes de ser morto por um tiro. O caso foi o primeiro de uma série de cinco ataques no ano passado designados pela polícia britânica como terrorismo, dos quais três usaram veículos como arma.