Datafolha: Bolsonaro lidera com 28%, e Haddad vai a 16%
Fernando Haddad e Ciro Gomes aparecem tecnicamente empatados na disputa pelo segundo lugar, e Marina Silva continua em queda. Ciro derrotaria todos os principais candidatos no segundo turno.Nova pesquisa Datafolha divulgada no início da madrugada desta quinta-feira (20/09) aponta que o capitão reformado Jair Bolsonaro (PSL) continua na liderança da corrida presidencial. Afastado há duas semanas da campanha após ter sido alvo de um ataque a faca, Bolsonaro aparece com 28% das intenções de voto – dois pontos percentuais a mais do que em relação à última pesquisa, divulgada no dia 14 de setembro. Bolsonaro também segue como o candidato com a maior taxa de rejeição: 43% dos eleitores afirmam que não votariam nele.
O instituto também apontou que a briga pelo segundo lugar continua. Fernando Haddad, que foi indicado como candidato do PT após o ex-presidente Lula ter sido barrado, registrou 16%. O número está abaixo do indicado na pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, que apontou o petista com 19% das intenções de voto. Em relação ao último Datafolha, o crescimento de Haddad foi de três pontos percentuais – o maior entre todos os candidatos.
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Já Ciro Gomes (PDT) permaneceu com 13% no Datafolha, mesmo índice da última pesquisa. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o instituto aponta que Haddad ainda não se descolou de Ciro, e os dois permanecem tecnicamente empatados na disputa pelo segundo lugar. Desde o dia 20 de agosto, Haddad saltou 12 pontos percentuais no Datafolha. No entanto, havia expectativa de que os números desta quinta-feira mostrariam o petista totalmente isolado no segundo lugar, confirmando os resultado do Ibope.
O petista ainda viu sua taxa de rejeição crescer conforme seu nome passou a ser apresentado ao eleitorado. Em agosto, 21% dos eleitores afirmaram que não votariam nele. O percentual agora é de 29%. Já Ciro tem a menor taxa entre os candidatos mais bem posicionados: 22%.
Logo atrás de Haddad e Ciro está o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) com 9% das intenções de voto. Alckmin, que tem o maior tempo de TV entre todos os candidatos – 43% de todo o espaço diário reservado para propaganda eleitoral – tem mostrado dificuldades em ampliar seu espaço nas pesquisas. No último Datafolha, ele também apareceu com 9%. O ex-governador ainda tem 24% de rejeição.
Marina Silva (Rede), que aparecia em segundo lugar no Datafolha de 20 de agosto – com 16% – vem mantendo tendência de queda. Ela já perdeu mais da metade dos seus eleitores. Após um mês de campanha, tem apenas 7% da intenções de voto – variou negativamente um ponto em relação à pesquisa da semana passada, quando apareceu com 8%. A ex-ministra também segue com a segunda maior rejeição entre os candidatos. A pesquisa apontou que 32% do eleitorado não votariam nela.
Com esse resultado, a candidata da Rede já começa a aparecer tecnicamente empatada com candidatos como Alvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo), que têm 3% das intenções de voto cada. O ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) tem 2%. Guilherme Boulos (PSOL) e Vera Lúcia (PSTU) registraram 1% cada. O restante dos candidatos não pontuou.
Já o percentual de votos nulos ou em branco caiu para 12%, ante os 13% da pesquisa anterior. Além disso, 5% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder ao levantamento.
Cenários de segundo turno
Apesar de ser líder isolado no primeiro turno, Bolsonaro continua a enfrentar dificuldades em uma eventual segunda rodada. O ex-capitão é derrotado ou aparece tecnicamente empatado com Haddad, Ciro, Marina e Alckmin nos cenários pesquisados pelo Datafolha.
Ciro Gomes é o candidato que seria capaz de abrir a maior vantagem em relação a Bolsonaro. Em uma disputa isolada com o candidato do PSL, Ciro venceria por 45% a 39%. Os números devem reforçar a linha adotada pela campanha de Ciro, que argumenta que apenas ele é capaz de derrotar Bolsonaro com segurança. Neste cenário, os votos nulos e brancos alcançam 14%, e 2% dos eleitores não responderam. Ciro também venceria com ampla margem em disputas com Haddad (42% x 31%), Marina (45% x 31%) e Alckmin (41% x 34%).
Em uma disputa entre Bolsonaro e Haddad, o Datafolha aponta empate. Ambos aparecem com 41%. Já o número de votos em branco e nulos chegaria a 22%, e 2% não responderam. Na disputa com Marina Silva, Bolsonaro aparece com 42% das intenções de voto, contra 41% da deputada da Rede.
Bolsonaro conseguiu ainda diminuir a diferença no cenário que inclui uma disputa com Alckmin. Nele, o tucano teria 40% dos votos, contra 39% do ex-capitão. Portanto, os dois estão tecnicamente empatados. No último levantamento, Alckmin tinha 41% contra 37% de Bolsonaro. O tucano, por sua vez, também aparece empatado tecnicamente no limite da margem de erro com Haddad em uma disputa isolada, alcançando 39% contra 35% do petista.
Eleitores convictos
A pesquisa também mostrou que eleitores de Bolsonaro e Haddad são os mais convictos. Entre o eleitorado do ex-capitão, 76% afirmam que não pretendem mudar de voto. Entre os entrevistados que apontaram Haddad como sua opção, 75% disseram que não vão considerar outro candidato. Já entre o eleitorado de Marina, Ciro e Alckmin, os percentuais são mais baixos. Apenas 43% dos eleitores de Ciro afirmaram que estão convictos com sua opção. Entre Alckmin o percentual é de 42% e de Marina, 30%.
Entre todos os entrevistados, 40% dizem que podem mudar seu voto. Entre eles, 15% indicam Ciro como segunda opção, 13% apontaram Marina, 12% escolheram Haddad e Alckmin e 11% indicaram Bolsonaro.
O Datafolha ouviu 8.601 eleitores em 323 municípios entre os dias 18 e 19 de setembro.
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O instituto também apontou que a briga pelo segundo lugar continua. Fernando Haddad, que foi indicado como candidato do PT após o ex-presidente Lula ter sido barrado, registrou 16%. O número está abaixo do indicado na pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, que apontou o petista com 19% das intenções de voto. Em relação ao último Datafolha, o crescimento de Haddad foi de três pontos percentuais – o maior entre todos os candidatos.
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Já Ciro Gomes (PDT) permaneceu com 13% no Datafolha, mesmo índice da última pesquisa. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o instituto aponta que Haddad ainda não se descolou de Ciro, e os dois permanecem tecnicamente empatados na disputa pelo segundo lugar. Desde o dia 20 de agosto, Haddad saltou 12 pontos percentuais no Datafolha. No entanto, havia expectativa de que os números desta quinta-feira mostrariam o petista totalmente isolado no segundo lugar, confirmando os resultado do Ibope.
O petista ainda viu sua taxa de rejeição crescer conforme seu nome passou a ser apresentado ao eleitorado. Em agosto, 21% dos eleitores afirmaram que não votariam nele. O percentual agora é de 29%. Já Ciro tem a menor taxa entre os candidatos mais bem posicionados: 22%.
Logo atrás de Haddad e Ciro está o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) com 9% das intenções de voto. Alckmin, que tem o maior tempo de TV entre todos os candidatos – 43% de todo o espaço diário reservado para propaganda eleitoral – tem mostrado dificuldades em ampliar seu espaço nas pesquisas. No último Datafolha, ele também apareceu com 9%. O ex-governador ainda tem 24% de rejeição.
Marina Silva (Rede), que aparecia em segundo lugar no Datafolha de 20 de agosto – com 16% – vem mantendo tendência de queda. Ela já perdeu mais da metade dos seus eleitores. Após um mês de campanha, tem apenas 7% da intenções de voto – variou negativamente um ponto em relação à pesquisa da semana passada, quando apareceu com 8%. A ex-ministra também segue com a segunda maior rejeição entre os candidatos. A pesquisa apontou que 32% do eleitorado não votariam nela.
Com esse resultado, a candidata da Rede já começa a aparecer tecnicamente empatada com candidatos como Alvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo), que têm 3% das intenções de voto cada. O ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) tem 2%. Guilherme Boulos (PSOL) e Vera Lúcia (PSTU) registraram 1% cada. O restante dos candidatos não pontuou.
Já o percentual de votos nulos ou em branco caiu para 12%, ante os 13% da pesquisa anterior. Além disso, 5% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder ao levantamento.
Cenários de segundo turno
Apesar de ser líder isolado no primeiro turno, Bolsonaro continua a enfrentar dificuldades em uma eventual segunda rodada. O ex-capitão é derrotado ou aparece tecnicamente empatado com Haddad, Ciro, Marina e Alckmin nos cenários pesquisados pelo Datafolha.
Ciro Gomes é o candidato que seria capaz de abrir a maior vantagem em relação a Bolsonaro. Em uma disputa isolada com o candidato do PSL, Ciro venceria por 45% a 39%. Os números devem reforçar a linha adotada pela campanha de Ciro, que argumenta que apenas ele é capaz de derrotar Bolsonaro com segurança. Neste cenário, os votos nulos e brancos alcançam 14%, e 2% dos eleitores não responderam. Ciro também venceria com ampla margem em disputas com Haddad (42% x 31%), Marina (45% x 31%) e Alckmin (41% x 34%).
Em uma disputa entre Bolsonaro e Haddad, o Datafolha aponta empate. Ambos aparecem com 41%. Já o número de votos em branco e nulos chegaria a 22%, e 2% não responderam. Na disputa com Marina Silva, Bolsonaro aparece com 42% das intenções de voto, contra 41% da deputada da Rede.
Bolsonaro conseguiu ainda diminuir a diferença no cenário que inclui uma disputa com Alckmin. Nele, o tucano teria 40% dos votos, contra 39% do ex-capitão. Portanto, os dois estão tecnicamente empatados. No último levantamento, Alckmin tinha 41% contra 37% de Bolsonaro. O tucano, por sua vez, também aparece empatado tecnicamente no limite da margem de erro com Haddad em uma disputa isolada, alcançando 39% contra 35% do petista.
Eleitores convictos
A pesquisa também mostrou que eleitores de Bolsonaro e Haddad são os mais convictos. Entre o eleitorado do ex-capitão, 76% afirmam que não pretendem mudar de voto. Entre os entrevistados que apontaram Haddad como sua opção, 75% disseram que não vão considerar outro candidato. Já entre o eleitorado de Marina, Ciro e Alckmin, os percentuais são mais baixos. Apenas 43% dos eleitores de Ciro afirmaram que estão convictos com sua opção. Entre Alckmin o percentual é de 42% e de Marina, 30%.
Entre todos os entrevistados, 40% dizem que podem mudar seu voto. Entre eles, 15% indicam Ciro como segunda opção, 13% apontaram Marina, 12% escolheram Haddad e Alckmin e 11% indicaram Bolsonaro.
O Datafolha ouviu 8.601 eleitores em 323 municípios entre os dias 18 e 19 de setembro.
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