Thyssenkrupp planeja se dividir em duas empresas autônomas
Saindo de crise de liderança e pressionada por acionistas de peso, multinacional alemã opta por se dividir em "Materials" e "Industrials". Efeitos de perdas bilionárias com a CSA no Rio de Janeiro ainda se fazem sentir.O conglomerado misto Thyssenkrupp pretende aplicar uma estratégia ambiciosa para sair de meses de crise de liderança: sua reestruturação radical, com a divisão em duas empresas autônomas. O comunicado foi feito nesta quinta-feira (27/09) em Essen, na Alemanha. No domingo a diretoria apresentará os planos concernentes ao conselho de administração.
A meta é estabelecer "duas empresas com foco claro e maior desempenho", ambas representadas na bolsa de valores. De um lado estará a Thyssenkrupp Materials S.A., contendo, entre outros, os 50% dos negócios siderúrgicos fusionados com a parceira indiana Tata Steel, além dos setores de materiais e náutica. A segunda empresa, Thyssenkrupp Industrials S.A., se concentrará no setor de elevadores e de peças para a indústria automobilística.
A decisão concreta sobre a divisão caberá à assembleia geral, dentro "de 12 a 18 meses". "Nós nos comprometemos com parceria social e com a localização no [estado alemão da] Renânia do Norte-Vestfália", comentou seu presidente e diretor executivo, Guido Kerkhoff.
A multinacional sediada na cidade alemã de Essen emprega 158 mil funcionários em várias regiões do mundo e faturou 41,5 bilhões de euros em 2017. As inesperadas renúncias do presidente Heinrich Hiesinger e do chefe do conselho de administração Ulrich Lehner, em meados do ano corrente, a precipitaram numa profunda crise.
A Thyssenkrupp ainda encara as consequências bilionárias de um péssimo investimento: só em 2017 conseguiu se separar da deficitária Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro. Entre seus atuais focos de preocupação está não só o debilitado setor de engenharia industrial, prestes a ser reestruturado, como também a ainda incompleta fusão com a Tata Steels, iniciada pouco antes da partida de Hiesinger.
Os executivos afastados Hiesinger e Lehner haviam alertado para as diferenças no círculo de acionistas da Thyssenkrupp. Recentemente, investidores como a Cevian e o fundo americano Elliott Management Corporation vinham pressionando a diretoria por uma reformulação mais rápida e mais radical do conglomerado alemão. Na qualidade de maior acionista individual, a Fundação Krupp também desempenha um papel crucial na busca por uma nova estratégia.
AV/rtr/afp/dpa
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp
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A meta é estabelecer "duas empresas com foco claro e maior desempenho", ambas representadas na bolsa de valores. De um lado estará a Thyssenkrupp Materials S.A., contendo, entre outros, os 50% dos negócios siderúrgicos fusionados com a parceira indiana Tata Steel, além dos setores de materiais e náutica. A segunda empresa, Thyssenkrupp Industrials S.A., se concentrará no setor de elevadores e de peças para a indústria automobilística.
A decisão concreta sobre a divisão caberá à assembleia geral, dentro "de 12 a 18 meses". "Nós nos comprometemos com parceria social e com a localização no [estado alemão da] Renânia do Norte-Vestfália", comentou seu presidente e diretor executivo, Guido Kerkhoff.
A multinacional sediada na cidade alemã de Essen emprega 158 mil funcionários em várias regiões do mundo e faturou 41,5 bilhões de euros em 2017. As inesperadas renúncias do presidente Heinrich Hiesinger e do chefe do conselho de administração Ulrich Lehner, em meados do ano corrente, a precipitaram numa profunda crise.
A Thyssenkrupp ainda encara as consequências bilionárias de um péssimo investimento: só em 2017 conseguiu se separar da deficitária Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro. Entre seus atuais focos de preocupação está não só o debilitado setor de engenharia industrial, prestes a ser reestruturado, como também a ainda incompleta fusão com a Tata Steels, iniciada pouco antes da partida de Hiesinger.
Os executivos afastados Hiesinger e Lehner haviam alertado para as diferenças no círculo de acionistas da Thyssenkrupp. Recentemente, investidores como a Cevian e o fundo americano Elliott Management Corporation vinham pressionando a diretoria por uma reformulação mais rápida e mais radical do conglomerado alemão. Na qualidade de maior acionista individual, a Fundação Krupp também desempenha um papel crucial na busca por uma nova estratégia.
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