Em cinco décadas, número de filhos por mulher cai pela metade
Nos anos 1960, taxa de fecundidade global equivalia ao dobro da atual, de 2,5 filhos por mulher, aponta ONU. No Brasil, média de filhos é menor que a global, mas há diferenças de acordo com nível de escolaridade.A média atual de filhos por mulher mundo afora é de 2,5, metade da registrada em meados da década de 1960, aponta um relatório divulgado nesta quarta-feira (17/10) pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa).
Segundo o relatório, há uma diferença significativa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. De acordo com os dados, uma mulher em países desenvolvidos tem, em média, 1,7 filho. Nos países mais pobres, em contrapartida, uma mulher dá à luz quatro crianças, em média.
O estudo do Unfpa ressalta que as mulheres em países em desenvolvimento muitas vezes têm mais filhos do que gostariam, e que o contrário vale para os países industrializados.
No Brasil, a média atual de filhos por mulher é de 1,7, semelhante à de países desenvolvidos e abaixo da média da América Latina e do Caribe, que é de dois filhos.
No entanto, as taxas de fecundidade diferem de acordo com o nível educacional: entre as brasileiras que completaram ao menos o ensino médio, a média é de um filho, e entre as com menos formação, chega a três.
Segundo o relatório, 80% das mulheres brasileiras com idades entre 15 e 49 anos têm acesso a algum tipo de método contraceptivo.
Dos 43 países nos quais as mulheres têm em média quatro filhos, 38 estão na África. A alta taxa de natalidade remonta à falta de educação e de prevenção, entre outros fatores. Levando em conta toda a África subsaariana, quase 20 milhões de gestações são indesejadas por ano – cerca de dois quintos de todas as gestações na região.
"Apenas uma em cada duas mulheres que querem evitar a gravidez conseguem fazê-lo [na África subsaariana]. Essas mulheres precisam de melhores serviços de educação e de planejamento familiar", afirma a diretora da fundação alemã Weltbevölkerung, Renate Bähr.
Entre outras coisas, o relatório recomendou melhorar a oferta de serviços de saúde reprodutiva. Os sistemas de saúde precisariam fornecer uma ampla gama de contraceptivos e informações abrangentes sobre os diferentes métodos sem discriminar grupos específicos da população, afirma o Unfpa.
Segundo cálculos dos pesquisadores, a população mundial deve permanecer constante no longo prazo, com uma média de 2,1 filhos por mulher.
O Unfpa foi fundado em 1967. Seus objetivos incluem educar as famílias pobres sobre planejamento familiar e disponibilizar recursos para isso. A organização também é ativa na promoção da saúde em relação à sexualidade e reprodução. O Unfpa é o maior fundo do mundo para o financiamento de programas populacionais.
PV/kna/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp
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Segundo o relatório, há uma diferença significativa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. De acordo com os dados, uma mulher em países desenvolvidos tem, em média, 1,7 filho. Nos países mais pobres, em contrapartida, uma mulher dá à luz quatro crianças, em média.
O estudo do Unfpa ressalta que as mulheres em países em desenvolvimento muitas vezes têm mais filhos do que gostariam, e que o contrário vale para os países industrializados.
No Brasil, a média atual de filhos por mulher é de 1,7, semelhante à de países desenvolvidos e abaixo da média da América Latina e do Caribe, que é de dois filhos.
No entanto, as taxas de fecundidade diferem de acordo com o nível educacional: entre as brasileiras que completaram ao menos o ensino médio, a média é de um filho, e entre as com menos formação, chega a três.
Segundo o relatório, 80% das mulheres brasileiras com idades entre 15 e 49 anos têm acesso a algum tipo de método contraceptivo.
Dos 43 países nos quais as mulheres têm em média quatro filhos, 38 estão na África. A alta taxa de natalidade remonta à falta de educação e de prevenção, entre outros fatores. Levando em conta toda a África subsaariana, quase 20 milhões de gestações são indesejadas por ano – cerca de dois quintos de todas as gestações na região.
"Apenas uma em cada duas mulheres que querem evitar a gravidez conseguem fazê-lo [na África subsaariana]. Essas mulheres precisam de melhores serviços de educação e de planejamento familiar", afirma a diretora da fundação alemã Weltbevölkerung, Renate Bähr.
Entre outras coisas, o relatório recomendou melhorar a oferta de serviços de saúde reprodutiva. Os sistemas de saúde precisariam fornecer uma ampla gama de contraceptivos e informações abrangentes sobre os diferentes métodos sem discriminar grupos específicos da população, afirma o Unfpa.
Segundo cálculos dos pesquisadores, a população mundial deve permanecer constante no longo prazo, com uma média de 2,1 filhos por mulher.
O Unfpa foi fundado em 1967. Seus objetivos incluem educar as famílias pobres sobre planejamento familiar e disponibilizar recursos para isso. A organização também é ativa na promoção da saúde em relação à sexualidade e reprodução. O Unfpa é o maior fundo do mundo para o financiamento de programas populacionais.
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