Tribunal reduz pena de Palocci
Além da redução de 12 para nove anos, TRF-4 concede ao ex-ministro prisão domiciliar. Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, ele passará ainda ao regime semiaberto.O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reduziu nesta quarta-feira (28/11) a pena ex-ministro Antonio Palocci para nove anos e dez dias e determinou que ele cumpra o resto da sentença em regime semiaberto em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.
Em junho de 2017, Palocci foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável na época pelos trâmites legais em primeira instância da Operação Lava Jato. O ex-ministro estava preso em Curitiba desde 2016.
Em abril deste ano, ele firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. O Ministério Público Federal (MPF), porém, rejeitou a delação, que acabou homologada pelo TRF-4 em junho. O acordo previa a redução da pena do ex-ministro.
Depois do acordo de colaboração, a defesa de Palocci entrou com o pedido para a redução da pena. Por dois votos a um, os desembargadores da Oitava Turma do tribunal decidiram conceder a diminuição da sentença. Apenas o desembargador Victor Luiz dos Santos Lau divergiu ao solicitar a apuração da veracidade da delação.
Além da redução, o tribunal autorizou a saída de Palocci da prisão para cumprir pena em casa. O ex-ministro precisará, porém, usar tornozeleira eletrônica. Pelo regime semiaberto, ele poderá deixar sua residência para trabalhar. Palocci deve ser solto nesta quinta-feira.
A defesa do ex-ministro disse que, inicialmente, está satisfeita com o resultado do julgamento, mas esperará o acórdão para decidir se entra com recurso.
Palocci foi condenado por participar de esquema envolvendo a atuação da empreiteira Odebrecht junto a Petrobras. Segundo a acusação, ele interferiu na licitação de 21 sondas da estatal para favorecer a construtora.
Palocci foi um político de confiança dos governos petistas. Foi ministro da Fazenda entre 2003 e 2006, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, e ministro-chefe da Casa Civil durante seis meses em 2011, no governo Dilma Rousseff. Em setembro do ano passado, dias após fazer acusações contra o ex-presidente e sob ameaça de ser expulso do PT, ele pediu sua desfiliação do partido.
Palocci é réu em ao menos dois outros processos da Lava Jato, um envolvendo oito contratos entre Odebrecht e Petrobras que resultaram no desvio de cerca de 75 milhões de reais, e do "Quadrilhão do PT", por organização criminosa.
CN/abr/ots
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| WhatsApp | App | Instagram | Newsletter
Em junho de 2017, Palocci foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável na época pelos trâmites legais em primeira instância da Operação Lava Jato. O ex-ministro estava preso em Curitiba desde 2016.
Em abril deste ano, ele firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. O Ministério Público Federal (MPF), porém, rejeitou a delação, que acabou homologada pelo TRF-4 em junho. O acordo previa a redução da pena do ex-ministro.
Depois do acordo de colaboração, a defesa de Palocci entrou com o pedido para a redução da pena. Por dois votos a um, os desembargadores da Oitava Turma do tribunal decidiram conceder a diminuição da sentença. Apenas o desembargador Victor Luiz dos Santos Lau divergiu ao solicitar a apuração da veracidade da delação.
Além da redução, o tribunal autorizou a saída de Palocci da prisão para cumprir pena em casa. O ex-ministro precisará, porém, usar tornozeleira eletrônica. Pelo regime semiaberto, ele poderá deixar sua residência para trabalhar. Palocci deve ser solto nesta quinta-feira.
A defesa do ex-ministro disse que, inicialmente, está satisfeita com o resultado do julgamento, mas esperará o acórdão para decidir se entra com recurso.
Palocci foi condenado por participar de esquema envolvendo a atuação da empreiteira Odebrecht junto a Petrobras. Segundo a acusação, ele interferiu na licitação de 21 sondas da estatal para favorecer a construtora.
Palocci foi um político de confiança dos governos petistas. Foi ministro da Fazenda entre 2003 e 2006, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, e ministro-chefe da Casa Civil durante seis meses em 2011, no governo Dilma Rousseff. Em setembro do ano passado, dias após fazer acusações contra o ex-presidente e sob ameaça de ser expulso do PT, ele pediu sua desfiliação do partido.
Palocci é réu em ao menos dois outros processos da Lava Jato, um envolvendo oito contratos entre Odebrecht e Petrobras que resultaram no desvio de cerca de 75 milhões de reais, e do "Quadrilhão do PT", por organização criminosa.
CN/abr/ots
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| WhatsApp | App | Instagram | Newsletter
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.