Trump cancela reunião com Putin no G20
Cancelamento é resposta dos Estados Unidos à atual crise na Ucrânia. Rússia mantém sob seu poder embarcações militares ucranianas no Mar Negro. EUA pedem a libertação dos navios.Em resposta à apreensão de navios ucranianos pelo Kremlin no Mar Negro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou nesta quinta-feira (29/11) uma reunião com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na cúpula do G20 na Argentina, prevista para este fim de semana.
"Dado o fato de que os navios e os marinheiros não foram devolvidos à Ucrânia pela Rússia, decidi que o melhor para todas as partes é cancelar a reunião prevista na Argentina com o presidente Vladimir Putin", anunciou Trump em sua conta no Twitter. "Aguardo ansioso por um encontro significativo assim que essa situação se resolver", acrescentou.
O anúncio, feito a bordo do avião presidencial americano, contradiz o que o próprio Trump havia dito pouco antes de embarcar. Ainda na Casa Branca, o líder republicano respondeu a jornalistas que "provavelmente" se encontraria com Putin durante o G20.
Aos jornalistas, o presidente americano disse também que era um "momento muito bom" para ver Putin, mas alertou que discutiria com assessores as tensões entre russos e ucranianos durante a viagem à Argentina antes de tomar uma decisão.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, Trump tomou a decisão de cancelar o encontro após conversar com o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, o chefe de gabinete, John Kelly, e o assessor de Segurança Nacional, John Bolton.
Esta é a segunda reunião prevista entre os governantes cancelada nas últimas semanas. No início de novembro, em Paris, também foi desmarcado o encontro a pedido do governo francês, que não queria que ofuscar o aniversário do fim da Primeira Guerra Mundial.
O cancelamento da reunião parece ter pegado Moscou de surpresa. A Rússia anunciou na quarta-feira o encontro entre os presidentes em Buenos Aires, para discutir temas como a luta contra o terrorismo e o desarmamento nuclear. A Casa Branca havia antecipado a conversa entre os dois na terça-feira, quando divulgou a agenda de reuniões bilaterais de Trump durante a cúpula do G20.
O governo russo informou que ainda não tem uma confirmação oficial sobre o cancelamento da reunião. "Voamos à Argentina. Por enquanto, só vimos o tweet e a imprensa. Não temos informação oficial", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
O porta-voz acrescentou que, caso a notícia seja confirmada, "o presidente terá duas horas adicionais no programa para fazer reuniões úteis nas margens da cúpula" do G20.
No último domingo, navios de guerra russo interceptaram e apreenderam três embarcações ucranianas perto do Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov. O Kremlin acusa os barcos do país vizinho de invadir águas territoriais russas perto da Crimeia. A Ucrânia alega que o ataque aconteceu em águas neutras e quando suas embarcações já navegavam de volta para o porto de Odessa.
A Rússia anexou a península da Crimeia em 2014. A tensão no Mar de Azov aumentou desde que Moscou construiu em maio a ponte que liga a península com o território russo, o que fez aumentar as inspeções dos navios ucranianos, algo que Kiev considera um bloqueio de seus portos na região.
As relações entre Washington e Moscou se deterioraram após o governo de Barack Obama ter imposto sanções contra a Rússia, em 2014, devido à anexação da Crimeia.
CN/efe/lusa/rtr/ap
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"Dado o fato de que os navios e os marinheiros não foram devolvidos à Ucrânia pela Rússia, decidi que o melhor para todas as partes é cancelar a reunião prevista na Argentina com o presidente Vladimir Putin", anunciou Trump em sua conta no Twitter. "Aguardo ansioso por um encontro significativo assim que essa situação se resolver", acrescentou.
O anúncio, feito a bordo do avião presidencial americano, contradiz o que o próprio Trump havia dito pouco antes de embarcar. Ainda na Casa Branca, o líder republicano respondeu a jornalistas que "provavelmente" se encontraria com Putin durante o G20.
Aos jornalistas, o presidente americano disse também que era um "momento muito bom" para ver Putin, mas alertou que discutiria com assessores as tensões entre russos e ucranianos durante a viagem à Argentina antes de tomar uma decisão.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, Trump tomou a decisão de cancelar o encontro após conversar com o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, o chefe de gabinete, John Kelly, e o assessor de Segurança Nacional, John Bolton.
Esta é a segunda reunião prevista entre os governantes cancelada nas últimas semanas. No início de novembro, em Paris, também foi desmarcado o encontro a pedido do governo francês, que não queria que ofuscar o aniversário do fim da Primeira Guerra Mundial.
O cancelamento da reunião parece ter pegado Moscou de surpresa. A Rússia anunciou na quarta-feira o encontro entre os presidentes em Buenos Aires, para discutir temas como a luta contra o terrorismo e o desarmamento nuclear. A Casa Branca havia antecipado a conversa entre os dois na terça-feira, quando divulgou a agenda de reuniões bilaterais de Trump durante a cúpula do G20.
O governo russo informou que ainda não tem uma confirmação oficial sobre o cancelamento da reunião. "Voamos à Argentina. Por enquanto, só vimos o tweet e a imprensa. Não temos informação oficial", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
O porta-voz acrescentou que, caso a notícia seja confirmada, "o presidente terá duas horas adicionais no programa para fazer reuniões úteis nas margens da cúpula" do G20.
No último domingo, navios de guerra russo interceptaram e apreenderam três embarcações ucranianas perto do Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov. O Kremlin acusa os barcos do país vizinho de invadir águas territoriais russas perto da Crimeia. A Ucrânia alega que o ataque aconteceu em águas neutras e quando suas embarcações já navegavam de volta para o porto de Odessa.
A Rússia anexou a península da Crimeia em 2014. A tensão no Mar de Azov aumentou desde que Moscou construiu em maio a ponte que liga a península com o território russo, o que fez aumentar as inspeções dos navios ucranianos, algo que Kiev considera um bloqueio de seus portos na região.
As relações entre Washington e Moscou se deterioraram após o governo de Barack Obama ter imposto sanções contra a Rússia, em 2014, devido à anexação da Crimeia.
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