Bolsonaro rebate Macron
Presidente eleito diz que é necessário cautela para acordos comerciais e sugere que não assumirá compromissos ambientais em detrimento do agronegócio. Líder francês vinculou pacto com Mercosul ao Acordo de Paris.Em resposta ao presidente da França, Emmanuel Macron, que vinculou o apoio de seu governo ao tratado comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul ao cumprimento do Acordo de Paris, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (30/11) que não assumirá compromissos ambientais que prejudiquem o agronegócio brasileiro.
"O Macron está defendendo a França. Esse acordo do Mercosul com a União Europeia atinge interesses da França, um país voltado também para o agronegócio. A partir do momento que querem diminuir a quantidade de exportáveis nossos, essas commodities, logicamente que não podem contar com o nosso apoio", afirmou Bolsonaro, durante um evento de formatura de sargentos da Força Aérea em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.
O presidente eleito disse que está disposto a negociar o pacto, mas que é necessário ter cautela antes de assinar acordos comerciais com outros países. "Conversei com o futuro ministro [das Relações Exteriores], ele nos recomendou ter um pouco mais de prudência para que o Brasil não perca mercado aí fora", destacou.
Bolsonaro também reiterou que fará mudanças na política ambiental. "O que nós queremos é uma política ambiental para preservar o meio ambiente, mas não de forma xiita como é feito atualmente. Vamos acabar com a indústria da multa nesse setor".
Na quinta-feira, Macron declarou que o tratado comercial entre UE e Mercosul depende da posição de Bolsonaro sobre o Acordo de Paris, um esforço internacional conjunto para combater a elevação das temperaturas globais.
"Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo", destacou.
Logo depois da declaração do presidente francês, Bolsonaro declarou em sua conta no Twitter que o Brasil não iria se sujeitar a interesses de outras nações. "É legítimo que países no mundo defendam seus interesses, e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros", disse.
Há quase 20 anos, a UE e o Mercosul negociam o acordo com base em três pilares – o diálogo político, a cooperação e o livre-comércio. Com a eleição de Bolsonaro, no entanto, esse pacto parece estar cada vez mais distante, uma vez que sua equipe já deu sinais de que o bloco sul-americano não será prioridade.
CN/efe/abr
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"O Macron está defendendo a França. Esse acordo do Mercosul com a União Europeia atinge interesses da França, um país voltado também para o agronegócio. A partir do momento que querem diminuir a quantidade de exportáveis nossos, essas commodities, logicamente que não podem contar com o nosso apoio", afirmou Bolsonaro, durante um evento de formatura de sargentos da Força Aérea em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.
O presidente eleito disse que está disposto a negociar o pacto, mas que é necessário ter cautela antes de assinar acordos comerciais com outros países. "Conversei com o futuro ministro [das Relações Exteriores], ele nos recomendou ter um pouco mais de prudência para que o Brasil não perca mercado aí fora", destacou.
Bolsonaro também reiterou que fará mudanças na política ambiental. "O que nós queremos é uma política ambiental para preservar o meio ambiente, mas não de forma xiita como é feito atualmente. Vamos acabar com a indústria da multa nesse setor".
Na quinta-feira, Macron declarou que o tratado comercial entre UE e Mercosul depende da posição de Bolsonaro sobre o Acordo de Paris, um esforço internacional conjunto para combater a elevação das temperaturas globais.
"Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo", destacou.
Logo depois da declaração do presidente francês, Bolsonaro declarou em sua conta no Twitter que o Brasil não iria se sujeitar a interesses de outras nações. "É legítimo que países no mundo defendam seus interesses, e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros", disse.
Há quase 20 anos, a UE e o Mercosul negociam o acordo com base em três pilares – o diálogo político, a cooperação e o livre-comércio. Com a eleição de Bolsonaro, no entanto, esse pacto parece estar cada vez mais distante, uma vez que sua equipe já deu sinais de que o bloco sul-americano não será prioridade.
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