Ceará tem menos ataques após chegada da Força Nacional
Mais de 100 pessoas foram detidas no estado desde o início de uma onda de ataques. Ações criminosas continuam e somam 90 casos. Mas houve diminuição de casos nas primeiras horas desde a chegada das tropas federais.Desde o início de uma onda de ataques violentos no Ceará na quarta-feira, ao menos 103 pessoas foram detidas ou apreendidas no estado pelas forças de segurança. As detenções ocorreram entre a noite de quarta-feira e a noite deste sábado, segundo comunicado divulgado neste domingo (06/01) pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
As ações criminosas continuam e somam 90 casos, segundo a Polícia Civil. Entretanto, foi registrada uma diminuição da violência na noite de sábado para domingo – quarta noite desde o início das ações criminosas no estado e a primeira desde a chegada da Força Nacional.
Entre os casos registrados, estão incêndios de ônibus e veículos particulares, depredação de prédios públicos e comerciais e até a tentativa de destruição de um viaduto na BR-020, estrada que liga Fortaleza a Brasília.
Desde sábado, as forças estaduais de segurança contam com o apoio de 300 agentes da Força Nacional, que ficarão no estado por pelo menos 30 dias e devem atuar prioritariamente na capital e na Grande Fortaleza. Nas primeiras horas de atuação da tropa federal, 53 pessoas foram detidas, segundo a SSPDS.
O envio da Força Nacional foi autorizado na sexta-feira pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, atendendo o pedido do governador do Ceará, Camilo Santana (PT). A solicitação foi feita a Brasília na quinta-feira, após criminosos terem explodido uma bomba na coluna de um viaduto em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, e incendiado dois ônibus e uma van.
As forças de segurança realizam blitze em locais estratégicos da capital Fortaleza, e policiais estão viajando em ônibus municipais para evitar que os veículos sejam atacados. Apenas pouco mais de 100 dos mais de mil ônibus da capital cearense circulam neste domingo.
Ações também ocorreram em presídios cearenses, de onde, segundo investigadores, teriam partido ordens para os atentados. Foram apreendidos celulares, televisões e drogas.
O governador Camilo Santana avisou que vai endurecer no combate ao crime e à violência que se agravaram nos últimos dias no estado. "O momento é, mais do que nunca, de união de todas as forças. Governos, Poder Legislativo, Justiça, Ministério Público, OAB e de toda a sociedade civil”, afirmou o governador, em mensagem à população divulgada neste sábado. "Serei duro contra o crime”, finalizou.
Os ataques, iniciados na quarta-feira, acontecem depois de Santana ter anunciado que uma das prioridades de seu segundo mandato será endurecer as regras dos presídios, que hoje são divididos entres facções criminosas.
Segundo o monitor de homicídios do Instituto Igarapé, o Ceará foi o terceiro estado brasileiro com o maior índice de mortes violentas em 2017, chegando a 56,9 homicídios por 100 mil habitantes, perdendo apenas para Pernambuco e Rio Grande do Norte.
MD/ebc/ots
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Entre os casos registrados, estão incêndios de ônibus e veículos particulares, depredação de prédios públicos e comerciais e até a tentativa de destruição de um viaduto na BR-020, estrada que liga Fortaleza a Brasília.
Desde sábado, as forças estaduais de segurança contam com o apoio de 300 agentes da Força Nacional, que ficarão no estado por pelo menos 30 dias e devem atuar prioritariamente na capital e na Grande Fortaleza. Nas primeiras horas de atuação da tropa federal, 53 pessoas foram detidas, segundo a SSPDS.
O envio da Força Nacional foi autorizado na sexta-feira pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, atendendo o pedido do governador do Ceará, Camilo Santana (PT). A solicitação foi feita a Brasília na quinta-feira, após criminosos terem explodido uma bomba na coluna de um viaduto em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, e incendiado dois ônibus e uma van.
As forças de segurança realizam blitze em locais estratégicos da capital Fortaleza, e policiais estão viajando em ônibus municipais para evitar que os veículos sejam atacados. Apenas pouco mais de 100 dos mais de mil ônibus da capital cearense circulam neste domingo.
Ações também ocorreram em presídios cearenses, de onde, segundo investigadores, teriam partido ordens para os atentados. Foram apreendidos celulares, televisões e drogas.
O governador Camilo Santana avisou que vai endurecer no combate ao crime e à violência que se agravaram nos últimos dias no estado. "O momento é, mais do que nunca, de união de todas as forças. Governos, Poder Legislativo, Justiça, Ministério Público, OAB e de toda a sociedade civil”, afirmou o governador, em mensagem à população divulgada neste sábado. "Serei duro contra o crime”, finalizou.
Os ataques, iniciados na quarta-feira, acontecem depois de Santana ter anunciado que uma das prioridades de seu segundo mandato será endurecer as regras dos presídios, que hoje são divididos entres facções criminosas.
Segundo o monitor de homicídios do Instituto Igarapé, o Ceará foi o terceiro estado brasileiro com o maior índice de mortes violentas em 2017, chegando a 56,9 homicídios por 100 mil habitantes, perdendo apenas para Pernambuco e Rio Grande do Norte.
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