Maioria dos brasileiros defende educação sexual e debate político na escola
Dos entrevistados pelo Datafolha, 71% afirmam que assuntos políticos devem ser discutidos em sala de aula, e 54% são a favor da educação sexual. Oposição é maior entre eleitores de Bolsonaro e evangélicos.A maioria dos brasileiros é favorável ao debate de temas políticos e à educação sexual nas escolas, aponta uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta segunda-feira (07/01).
A crítica à abordagem desses dois temas em sala de aula é comum entre setores conservadores da sociedade e foi uma das principais bandeiras da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro.
Desde 2004, o movimento Escola sem Partido quer proibir professores de debater política em sala de aula, argumentando que se trata de doutrinação de esquerda. Já Bolsonaro e setores conservadores da sociedade criticam o que chamam de "ideologia de gênero".
Segundo o Datafolha, que ouviu 2.077 pessoas em todo o país, 54% dos entrevistados disseram que a educação sexual deve ser tema nas escolas, e 44% se manifestaram contra.
Já 71% dos entrevistados afirmaram que assuntos políticos devem ser debatidos em sala de aula. Outros 28% disseram que não. O percentual de apoio é maior do que o de discordância em todos os recortes feitos pelo instituto: idade, renda, religião ou preferência partidária.
Dos 28% que discordam, 20% são totalmente contra, e 8%, em parte. A aprovação aumenta à medida que sobe a escolaridade. Entre pessoas com ensino superior, chega a 83%.
O mesmo vale para a educação sexual. Pessoas com nível superior são mais favoráveis a ela (63%) do que pessoas com ensino médio (54%) ou fundamental (49%).
Segundo o levantamento, a oposição à educação sexual é maior do que a aprovação em apenas dois grupos: os eleitores de Bolsonaro (54%) e os evangélicos (53%).
Especialistas afirmam que a educação sexual ajuda a combater problemas como gravidez na adolescência, transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, violência contra a mulher e homofobia.
Tido como guru de Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho declarou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que, "quanto mais educação sexual, mais putaria nas escolas".
AS/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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A crítica à abordagem desses dois temas em sala de aula é comum entre setores conservadores da sociedade e foi uma das principais bandeiras da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro.
Desde 2004, o movimento Escola sem Partido quer proibir professores de debater política em sala de aula, argumentando que se trata de doutrinação de esquerda. Já Bolsonaro e setores conservadores da sociedade criticam o que chamam de "ideologia de gênero".
Segundo o Datafolha, que ouviu 2.077 pessoas em todo o país, 54% dos entrevistados disseram que a educação sexual deve ser tema nas escolas, e 44% se manifestaram contra.
Já 71% dos entrevistados afirmaram que assuntos políticos devem ser debatidos em sala de aula. Outros 28% disseram que não. O percentual de apoio é maior do que o de discordância em todos os recortes feitos pelo instituto: idade, renda, religião ou preferência partidária.
Dos 28% que discordam, 20% são totalmente contra, e 8%, em parte. A aprovação aumenta à medida que sobe a escolaridade. Entre pessoas com ensino superior, chega a 83%.
O mesmo vale para a educação sexual. Pessoas com nível superior são mais favoráveis a ela (63%) do que pessoas com ensino médio (54%) ou fundamental (49%).
Segundo o levantamento, a oposição à educação sexual é maior do que a aprovação em apenas dois grupos: os eleitores de Bolsonaro (54%) e os evangélicos (53%).
Especialistas afirmam que a educação sexual ajuda a combater problemas como gravidez na adolescência, transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, violência contra a mulher e homofobia.
Tido como guru de Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho declarou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que, "quanto mais educação sexual, mais putaria nas escolas".
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