EUA iniciam retirada da Síria
Em meio a informações desencontradas, funcionários do Pentágono afirmam que por enquanto retirada se limita a equipamento militar e não inclui soldados, enviados ao país para combater o "Estado Islâmico".Os Estados Unidos começaram a se retirar da Síria, afirmou nesta sexta-feira (11/01) o porta-voz da coalizão internacional liderada pelos americanos, Sean Ryan. A informação foi confirmada de forma extraoficial por funcionários do Pentágono.
Um comboio de dez veículos blindados, 150 soldados e várias peças de artilharia deixaram uma base americana na província de Hasakah, no nordeste da Síria, nesta quinta-feira, afirmou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, cuja sede se encontra no Reino Unido, mas que conta com uma ampla rede de informantes no país árabe. Funcionários do Pentágono confirmaram apenas a retirada de equipamento militar.
Esse é o primeiro movimento de saída de forças americanas do país árabe desde o anúncio da retirada dos 2 mil soldados pelo presidente Donald Trump, há menos de um mês. A coalizão tem várias outras bases no nordeste da Síria.
A coalizão internacional, que também inclui a França e o Reino Unido, foi formada em meados de 2014 para combater o grupo "Estado Islâmico", que havia ocupado grande parte do território da Síria e do Iraque e proclamado um califado.
Ao anunciar a retirada dos soldados americanos, Trump afirmou que o grupo já foi derrotado e, por isso, a presença americana não seria mais necessária.
A decisão de Trump foi contestada dentro do próprio governo americano, e o secretário de Defesa, Jim Mattis, pediu demissão do cargo por discordar da medida.
A saída dos americanos da Síria preocupa as milícias curdas YPG, principais aliadas em solo dos Estados Unidos na luta contra o "Estado Islâmico".
Depois do anúncio de Trump, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, condicionou a retirada à derrota total do "Estado Islâmico" e a garantias de segurança para os aliados curdos, que temem uma ofensiva da Turquia na região por eles controlada, no norte da Síria.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que as declarações de Bolton são inaceitáveis e um grave erro. A Turquia mantém os preparativos para uma missão na área controlada pelas YPG, o aliado dos EUA que Ancara considera um grupo terrorista.
A saída dos americanos favorece a Rússia e o Irã, aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad, que tenta recuperar o controle sobre todo o território da Síria.
O Ministério do Exterior da Rússia afirmou duvidar que os Estados Unidos realmente deixem a Síria em breve por não verem uma estratégia americana sendo delineada para o país.
AS/ap/afp/rtr
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Um comboio de dez veículos blindados, 150 soldados e várias peças de artilharia deixaram uma base americana na província de Hasakah, no nordeste da Síria, nesta quinta-feira, afirmou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, cuja sede se encontra no Reino Unido, mas que conta com uma ampla rede de informantes no país árabe. Funcionários do Pentágono confirmaram apenas a retirada de equipamento militar.
Esse é o primeiro movimento de saída de forças americanas do país árabe desde o anúncio da retirada dos 2 mil soldados pelo presidente Donald Trump, há menos de um mês. A coalizão tem várias outras bases no nordeste da Síria.
A coalizão internacional, que também inclui a França e o Reino Unido, foi formada em meados de 2014 para combater o grupo "Estado Islâmico", que havia ocupado grande parte do território da Síria e do Iraque e proclamado um califado.
Ao anunciar a retirada dos soldados americanos, Trump afirmou que o grupo já foi derrotado e, por isso, a presença americana não seria mais necessária.
A decisão de Trump foi contestada dentro do próprio governo americano, e o secretário de Defesa, Jim Mattis, pediu demissão do cargo por discordar da medida.
A saída dos americanos da Síria preocupa as milícias curdas YPG, principais aliadas em solo dos Estados Unidos na luta contra o "Estado Islâmico".
Depois do anúncio de Trump, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, condicionou a retirada à derrota total do "Estado Islâmico" e a garantias de segurança para os aliados curdos, que temem uma ofensiva da Turquia na região por eles controlada, no norte da Síria.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que as declarações de Bolton são inaceitáveis e um grave erro. A Turquia mantém os preparativos para uma missão na área controlada pelas YPG, o aliado dos EUA que Ancara considera um grupo terrorista.
A saída dos americanos favorece a Rússia e o Irã, aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad, que tenta recuperar o controle sobre todo o território da Síria.
O Ministério do Exterior da Rússia afirmou duvidar que os Estados Unidos realmente deixem a Síria em breve por não verem uma estratégia americana sendo delineada para o país.
AS/ap/afp/rtr
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