Parlamento britânico rejeita acordo sobre o Brexit
Por 432 votos a 202, parlamentares vetam acordo negociado pela primeira-ministra britânica com líderes europeus sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, prevista para 29 de março.Os membros do Parlamento britânico rejeitaram nesta terça-feira (15/01), por 432 votos a 202, o acordo negociado pela primeira-ministra Theresa May com líderes europeus sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), marcada para 29 de março.
"A casa falou, e o governo vai ouvir", afirmou a premiê após a votação. "Está claro que a casa não apoia este acordo, mas o voto desta noite não nos diz nada sobre o que a casa apoia. Nada sobre como, ou mesmo se, ela pretende honrar a decisão que o povo britânico tomou em referendo."
May urgiu aos parlamentares que "ouçam o povo britânico, que quer ver essa questão resolvida, e que trabalhem com o governo para fazer justamente isso". "Cada dia que passa sem resolvermos essa questão traz mais incerteza, mais amargura e mais rancor."
A derrota gerou reações descontentes entre os principais líderes em Bruxelas. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, alertou que o "risco de uma saída desordenada do Reino Unido aumentou com a votação desta noite". "Peço ao Reino Unido que esclareça suas intenções assim que possível. O tempo está quase acabando."
"Se um acordo é impossível, e ninguém quer que não haja acordo, então quem finalmente terá a coragem de dizer qual é a única solução positiva?", questionou, por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em mensagem no Twitter.
A legislação britânica determina que, com a rejeição no Parlamento, o governo tem 21 dias para anunciar como pretende proceder. Porém, os deputados aprovaram uma emenda que reduziu esse prazo para três dias.
May disse anteriormente que, se a moção fosse rejeitada, o Reino Unido deixaria a União Europeia sem acordo em 29 de março. Para a primeira-ministra, isso pode significar o fim de seu governo.
Em dezembro do ano passado, 117 deputados dos 317 de sua legenda, o Partido Conservador, votaram contra a premiê numa moção de desconfiança, à qual ela acabou sobrevivendo. A derrota desta terça-feira, porém, aumenta a pressão para que May renuncie.
Além de um divórcio sem acordo e a renúncia da premiê – o que levaria a novas eleições –, outra possível consequência da votação desta terça-feira é a realização de um novo referendo sobre o Brexit, que poderia reverter a decisão britânica de deixar o bloco europeu.
May, que lidera um governo frágil de minoria conservadora, fez do Brexit sua principal tarefa desde que assumiu o cargo de primeira-ministra em 2016, logo após o referendo. "Esta é a votação mais significativa de que qualquer um de nós participará em nossas carreiras políticas", disse a premiê antes dos parlamentares proferirem seus votos.
O acordo em votação, no entanto, foi criticado por diferentes lados do dividido Parlamento britânico. Enquanto os parlamentares pró-Brexit argumentavam que a proposta negociada por May deixaria o Reino Unido indefinidamente vinculado às regras da UE, os contrários à saída britânica do bloco defendiam uma relação econômica ainda mais próxima com a Europa.
Mais informações em instantes...
"A casa falou, e o governo vai ouvir", afirmou a premiê após a votação. "Está claro que a casa não apoia este acordo, mas o voto desta noite não nos diz nada sobre o que a casa apoia. Nada sobre como, ou mesmo se, ela pretende honrar a decisão que o povo britânico tomou em referendo."
May urgiu aos parlamentares que "ouçam o povo britânico, que quer ver essa questão resolvida, e que trabalhem com o governo para fazer justamente isso". "Cada dia que passa sem resolvermos essa questão traz mais incerteza, mais amargura e mais rancor."
A derrota gerou reações descontentes entre os principais líderes em Bruxelas. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, alertou que o "risco de uma saída desordenada do Reino Unido aumentou com a votação desta noite". "Peço ao Reino Unido que esclareça suas intenções assim que possível. O tempo está quase acabando."
"Se um acordo é impossível, e ninguém quer que não haja acordo, então quem finalmente terá a coragem de dizer qual é a única solução positiva?", questionou, por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em mensagem no Twitter.
A legislação britânica determina que, com a rejeição no Parlamento, o governo tem 21 dias para anunciar como pretende proceder. Porém, os deputados aprovaram uma emenda que reduziu esse prazo para três dias.
May disse anteriormente que, se a moção fosse rejeitada, o Reino Unido deixaria a União Europeia sem acordo em 29 de março. Para a primeira-ministra, isso pode significar o fim de seu governo.
Em dezembro do ano passado, 117 deputados dos 317 de sua legenda, o Partido Conservador, votaram contra a premiê numa moção de desconfiança, à qual ela acabou sobrevivendo. A derrota desta terça-feira, porém, aumenta a pressão para que May renuncie.
Além de um divórcio sem acordo e a renúncia da premiê – o que levaria a novas eleições –, outra possível consequência da votação desta terça-feira é a realização de um novo referendo sobre o Brexit, que poderia reverter a decisão britânica de deixar o bloco europeu.
May, que lidera um governo frágil de minoria conservadora, fez do Brexit sua principal tarefa desde que assumiu o cargo de primeira-ministra em 2016, logo após o referendo. "Esta é a votação mais significativa de que qualquer um de nós participará em nossas carreiras políticas", disse a premiê antes dos parlamentares proferirem seus votos.
O acordo em votação, no entanto, foi criticado por diferentes lados do dividido Parlamento britânico. Enquanto os parlamentares pró-Brexit argumentavam que a proposta negociada por May deixaria o Reino Unido indefinidamente vinculado às regras da UE, os contrários à saída britânica do bloco defendiam uma relação econômica ainda mais próxima com a Europa.
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