"Ataque a embaixada foi ato contra Bolsonaro"
Texto anônimo divulgado na internet assume autoria por vandalismo e diz que ação foi por solidariedade à "resistência feminista, transgênero e antifascista no Brasil" no dia em que presidente completou um mês no cargo.Um texto em alemão reivindicando a autoria do ataque de sexta-feira à embaixada brasileira em Berlim afirma que a ação foi um ato de solidariedade "à resistência feminista, transgênero e antifascista no Brasil”, ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e para marcar a data em que fez "exatamente um mês que o fascista Jair Bolsonaro” chegou ao poder.
Parte da fachada da embaixada do Brasil em Berlim amanheceu nesta sexta-feira coberta de tinta cor de rosa e com janelas e portas de vidro quebradas. Tinta preta também foi lançada contra uma das laterais do prédio. Os danos materiais podem chegar a 100 mil euros, afirmou o jornal local Berliner Zeitung.
O artigo, anônimo, foi publicado no portal alemão de.indymedia.org, plataforma filiada à rede internacional Indymedia. O site é conhecido na Alemanha por veicular notícias, convocações para manifestações e artigos de grupos de esquerda e de extrema esquerda.
A plataforma divulga também, de forma anônima, manifestos de radicais de esquerda reivindicando atos de vandalismo, muitas vezes realizados por membros dos chamados black blocs.
O texto – cuja autenticidade não pode ser comprovada – chama Bolsonaro de "racista, homofóbico e misógino", acusa seu ministério de ser um "gabinete dos horrores", formado "pelo que o Brasil tem de mais reacionário: fascistas fanáticos religiosos evangélicos, ultraneoliberais, torturadores e latifundiários”.
Sem citar o nome do suposto grupo, o comunicado menciona a violência durante a campanha presidencial contra negros, ativistas LGBT e mulheres, acusando os adeptos de Bolsonaro pelas agressões. Cita também o assassinato da vereadora Marielle Franco e a fuga do Brasil do deputado federal Jean Wyllys.
Seguranças chamaram a polícia
A polícia afirmou que, por volta de 1h de sexta-feira, foi alertada por guardas de segurança, que relataram que pelo menos quatro indivíduos encapuzados participaram da depredação à embaixada brasileira. Eles golpearam os vidros com objetos de ferro e pintaram a fachada com tinta rosa. Conforme a polícia, 16 vidraças foram quebradas.
Esta é foi segunda vez em menos de um mês que a representação brasileira é alvo de vandalismo. No dia 5 de janeiro, as vidraças do andar térreo do prédio amanheceram pichadas com os dizeres "Lutaremos contra o fascismo no Brasil" em letras brancas. A fachada, o piso externo e colunas externas do edifício também foram pintadas com tinta vermelha.
Na madrugada de 12 de maio de 2014, o prédio foi alvo de outro ataque semelhante ao desta semana. Um grupo de quatro pessoas encapuzadas atirou pedras e quebrou as janelas do edifício, divulgando posteriormente um manifesto na internet afirmando que o ato foi um protesto contra os gastos excessivos para a Copa do Mundo daquele ano, realizada no Brasil.
Os frequentes ataques estariam levando o governo brasileiro a cogitar um reforço na segurança da embaixada em Berlim. "A polícia alemã está investigando o caso e opções para o reforço de segurança no local estão sendo definidos”, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, citado pela Agência Brasil.
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Parte da fachada da embaixada do Brasil em Berlim amanheceu nesta sexta-feira coberta de tinta cor de rosa e com janelas e portas de vidro quebradas. Tinta preta também foi lançada contra uma das laterais do prédio. Os danos materiais podem chegar a 100 mil euros, afirmou o jornal local Berliner Zeitung.
O artigo, anônimo, foi publicado no portal alemão de.indymedia.org, plataforma filiada à rede internacional Indymedia. O site é conhecido na Alemanha por veicular notícias, convocações para manifestações e artigos de grupos de esquerda e de extrema esquerda.
A plataforma divulga também, de forma anônima, manifestos de radicais de esquerda reivindicando atos de vandalismo, muitas vezes realizados por membros dos chamados black blocs.
O texto – cuja autenticidade não pode ser comprovada – chama Bolsonaro de "racista, homofóbico e misógino", acusa seu ministério de ser um "gabinete dos horrores", formado "pelo que o Brasil tem de mais reacionário: fascistas fanáticos religiosos evangélicos, ultraneoliberais, torturadores e latifundiários”.
Sem citar o nome do suposto grupo, o comunicado menciona a violência durante a campanha presidencial contra negros, ativistas LGBT e mulheres, acusando os adeptos de Bolsonaro pelas agressões. Cita também o assassinato da vereadora Marielle Franco e a fuga do Brasil do deputado federal Jean Wyllys.
Seguranças chamaram a polícia
A polícia afirmou que, por volta de 1h de sexta-feira, foi alertada por guardas de segurança, que relataram que pelo menos quatro indivíduos encapuzados participaram da depredação à embaixada brasileira. Eles golpearam os vidros com objetos de ferro e pintaram a fachada com tinta rosa. Conforme a polícia, 16 vidraças foram quebradas.
Esta é foi segunda vez em menos de um mês que a representação brasileira é alvo de vandalismo. No dia 5 de janeiro, as vidraças do andar térreo do prédio amanheceram pichadas com os dizeres "Lutaremos contra o fascismo no Brasil" em letras brancas. A fachada, o piso externo e colunas externas do edifício também foram pintadas com tinta vermelha.
Na madrugada de 12 de maio de 2014, o prédio foi alvo de outro ataque semelhante ao desta semana. Um grupo de quatro pessoas encapuzadas atirou pedras e quebrou as janelas do edifício, divulgando posteriormente um manifesto na internet afirmando que o ato foi um protesto contra os gastos excessivos para a Copa do Mundo daquele ano, realizada no Brasil.
Os frequentes ataques estariam levando o governo brasileiro a cogitar um reforço na segurança da embaixada em Berlim. "A polícia alemã está investigando o caso e opções para o reforço de segurança no local estão sendo definidos”, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, citado pela Agência Brasil.
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