Maduro aceita reunião com grupo internacional
Países europeus e latino-americanos propuseram diálogo para solucionar impasse na Venezuela. Maduro critica, porém, "parcialidade e ideologização" de grupo e rejeita ajuda humanitária.O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira (08/02) que está disposto a se reunir com enviados do Grupo de Contato Internacional (GCI), formado por alguns países latino-americanos e pela União Europeia (UE). A aliança quer promover o diálogo em Caracas para solucionar a crise política no país sul-americano.
"Estou pronto e disposto a receber qualquer enviado do grupo de contato", assegurou Maduro em entrevista coletiva no palácio presidencial de Miraflores.
A decisão de Maduro foi anunciada um dia após a primeira reunião do GCI, em Montevidéu, que decidiu enviar uma missão técnica à Venezuela para dialogar com ambas as partes. O grupo procura criar as condições para convocar novas eleições no país.
Apesar da abertura em receber a missão, Maduro criticou, porém, "a parcialidade e a ideologização" que, segundo ele, há no grupo. "Boas vindas ao grupo de contato da UE, mas lhes digo, obviamente, que estou totalmente em desacordo com a parcialização e ideologização em que caiu, produto do extremismo com que veem à Venezuela", ressaltou.
Participaram da primeira reunião do GCI a UE, que esteve representada por Mogherini e por oito Estados-membros: Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Suécia. Do lado da América Latina, estiveram presentes a Bolívia, Costa Rica, Equador, México e Uruguai.
Maduro fez também comentários sobre a ajuda humanitária para a Venezuela enviada pelos Estados Unidos. Na quinta-feira, os primeiros caminhões com alimentos e medicamentos chegaram em Cúcuta, cidade colombiana que fica na fronteira com o país.
A assistência foi prometida pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, reconhecido como tal entre outros por EUA, potências europeias e o Brasil. Atrincheirado no poder, Maduro rejeita a ajuda anunciada e mandou militares bloquearem a estrada que liga os dois países.
"A Venezuela não tolerará o espetáculo da chamada ajuda humanitária, porque não somos os mendigos de ninguém", reiterou nesta sexta-feira Maduro. O presidente acusou ainda os Estados Unidos de inventarem uma situação de emergência para intervir na Venezuela.
Maduro culpou as sanções impostas por Washington pela escassez de alimentos e medicamentos enfrentada pela Venezuela e pela grave crise econômica, marcada ainda pela hiperinflação, que chegou a 1.698.844,2% em 2018.
A falta de segurança, os baixos salários, os altos preços e a escassez de alimentos e medicamentos levou quase 3 milhões de venezuelanos a emigrarem desde 2015, especialmente, com destino aos vizinhos Brasil e Colômbia, mas também para Peru e Equador.
A crise política no país se agravou em 23 de janeiro quando o líder do parlamento, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício da Venezuela por considerar que Maduro foi reeleito em votações "fraudulentas". Contando de imediato com o apoio dos Estados Unidos, o opositor prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
CN/efe/afp/lusa
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| WhatsApp | App | Instagram | Newsletter
"Estou pronto e disposto a receber qualquer enviado do grupo de contato", assegurou Maduro em entrevista coletiva no palácio presidencial de Miraflores.
A decisão de Maduro foi anunciada um dia após a primeira reunião do GCI, em Montevidéu, que decidiu enviar uma missão técnica à Venezuela para dialogar com ambas as partes. O grupo procura criar as condições para convocar novas eleições no país.
Apesar da abertura em receber a missão, Maduro criticou, porém, "a parcialidade e a ideologização" que, segundo ele, há no grupo. "Boas vindas ao grupo de contato da UE, mas lhes digo, obviamente, que estou totalmente em desacordo com a parcialização e ideologização em que caiu, produto do extremismo com que veem à Venezuela", ressaltou.
Participaram da primeira reunião do GCI a UE, que esteve representada por Mogherini e por oito Estados-membros: Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Suécia. Do lado da América Latina, estiveram presentes a Bolívia, Costa Rica, Equador, México e Uruguai.
Maduro fez também comentários sobre a ajuda humanitária para a Venezuela enviada pelos Estados Unidos. Na quinta-feira, os primeiros caminhões com alimentos e medicamentos chegaram em Cúcuta, cidade colombiana que fica na fronteira com o país.
A assistência foi prometida pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, reconhecido como tal entre outros por EUA, potências europeias e o Brasil. Atrincheirado no poder, Maduro rejeita a ajuda anunciada e mandou militares bloquearem a estrada que liga os dois países.
"A Venezuela não tolerará o espetáculo da chamada ajuda humanitária, porque não somos os mendigos de ninguém", reiterou nesta sexta-feira Maduro. O presidente acusou ainda os Estados Unidos de inventarem uma situação de emergência para intervir na Venezuela.
Maduro culpou as sanções impostas por Washington pela escassez de alimentos e medicamentos enfrentada pela Venezuela e pela grave crise econômica, marcada ainda pela hiperinflação, que chegou a 1.698.844,2% em 2018.
A falta de segurança, os baixos salários, os altos preços e a escassez de alimentos e medicamentos levou quase 3 milhões de venezuelanos a emigrarem desde 2015, especialmente, com destino aos vizinhos Brasil e Colômbia, mas também para Peru e Equador.
A crise política no país se agravou em 23 de janeiro quando o líder do parlamento, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício da Venezuela por considerar que Maduro foi reeleito em votações "fraudulentas". Contando de imediato com o apoio dos Estados Unidos, o opositor prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
CN/efe/afp/lusa
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| WhatsApp | App | Instagram | Newsletter
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.