Guaidó convoca mobilização para ajuda humanitária
Autoproclamado presidente interino da Venezuela insta manifestações para apoiar entrada de ajuda aos venezuelanos. De acordo com líder da oposição, 600 mil pessoas inscreveram-se para participar na entrega.O autoproclamado presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, apelou neste sábado (16/02) para que sejam realizadas novas manifestações em 23 de fevereiro, desta vez para apoiar os voluntários dispostos a encaminhar a ajuda humanitária para a Venezuela.
"Não será somente na fronteira onde estará o movimento voluntário (brigadas de colaboradores), em todas as cidades do país haverá manifestações em 23 de fevereiro para esperar a ajuda entrar", anunciou o líder da oposição.
Milhares de simpatizantes de Guaidó, vestindo camisetas brancas e bonés com as cores da bandeira da Venezuela, reuniram-se em Los Cortijos, no nordeste de Caracas, para se inscreverem nas listas de voluntários prontos a participar na entrega de ajuda ao país.
Guaidó indicou que as "caravanas" de voluntários não se concentram unicamente na vila fronteiriça colombiana de Cúcuta, mas também junto à fronteira com o Brasil, onde estão instalados dois centros de armazenamento, e ao ponto de chegada da assistência que será enviada da ilha de Curaçao.
"Todo o país estará mobilizado [...] para dizer ao mundo que permaneceremos na rua até o fim da usurpação, até que seja estabelecido um governo de transição e realizadas eleições livres", afirmou Guaidó perante os milhares de simpatizantes.
De acordo com o líder da oposição, 600 mil pessoas inscreveram-se para participar na entrega da ajuda humanitária ao país. Alimentos e medicamentos enviados pelos Estados Unidos, em resposta ao apelo de Guaidó, foram armazenados em Cúcuta desde 7 de fevereiro, mas a sua entrada foi bloqueada pelo governo em Caracas.
Novas dezenas de toneladas chegaram neste domingo, que se adicionam às 2,5 toneladas embarcadas na sexta-feira de Porto Rico.
Reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino do país, inclusive pelo Brasil, o líder do Parlamento venezuelano, a única instituição do país nas mãos da oposição, reiterou o seu apelo aos militares para permitir a entrada da ajuda humanitária.
A Venezuela vive grande instabilidade política desde 10 de janeiro passado, quando Maduro tomou posse após eleições que não foram reconhecidas como legítimas pela maioria da comunidade internacional.
A crise política agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino e declarou assumir os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do Parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada por Washington.
Essa crise política soma-se a uma grave crise econômica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
CA/lusa/afp/efe
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"Não será somente na fronteira onde estará o movimento voluntário (brigadas de colaboradores), em todas as cidades do país haverá manifestações em 23 de fevereiro para esperar a ajuda entrar", anunciou o líder da oposição.
Milhares de simpatizantes de Guaidó, vestindo camisetas brancas e bonés com as cores da bandeira da Venezuela, reuniram-se em Los Cortijos, no nordeste de Caracas, para se inscreverem nas listas de voluntários prontos a participar na entrega de ajuda ao país.
Guaidó indicou que as "caravanas" de voluntários não se concentram unicamente na vila fronteiriça colombiana de Cúcuta, mas também junto à fronteira com o Brasil, onde estão instalados dois centros de armazenamento, e ao ponto de chegada da assistência que será enviada da ilha de Curaçao.
"Todo o país estará mobilizado [...] para dizer ao mundo que permaneceremos na rua até o fim da usurpação, até que seja estabelecido um governo de transição e realizadas eleições livres", afirmou Guaidó perante os milhares de simpatizantes.
De acordo com o líder da oposição, 600 mil pessoas inscreveram-se para participar na entrega da ajuda humanitária ao país. Alimentos e medicamentos enviados pelos Estados Unidos, em resposta ao apelo de Guaidó, foram armazenados em Cúcuta desde 7 de fevereiro, mas a sua entrada foi bloqueada pelo governo em Caracas.
Novas dezenas de toneladas chegaram neste domingo, que se adicionam às 2,5 toneladas embarcadas na sexta-feira de Porto Rico.
Reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino do país, inclusive pelo Brasil, o líder do Parlamento venezuelano, a única instituição do país nas mãos da oposição, reiterou o seu apelo aos militares para permitir a entrada da ajuda humanitária.
A Venezuela vive grande instabilidade política desde 10 de janeiro passado, quando Maduro tomou posse após eleições que não foram reconhecidas como legítimas pela maioria da comunidade internacional.
A crise política agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino e declarou assumir os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do Parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada por Washington.
Essa crise política soma-se a uma grave crise econômica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
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