Alemanha paga pensão a colaboradores dos nazistas na Bélgica
Parlamentares belgas apelam ao governo do seu país para que encerre pagamentos a 27 cidadãos que colaboraram com o regime nazista. Também no Reino Unido haveria pessoas que recebem essas pensões da Alemanha.Cidadãos belgas e britânicos continuam recebendo pensões do governo alemão por sua colaboração com o regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, afirmaram parlamentares belgas. Eles encaminharam um projeto para que o governo da Bélgica aborde a questão com o governo da Alemanha.
Os nomes dos pensionistas são conhecidos apenas pelas embaixadas da Alemanha, responsáveis por encaminhar os pagamentos. Mas o jornal De Morgen afirmou que 27 cidadãos belgas recebem o dinheiro, em valores mensais estimados entre 435 e 1.275 euros.
Os quatro parlamentares – Olivier Maingain, Stephane Crusniere, Veronique Caprasse e Daniel Senesael – acrescentaram que antigos membros da SS no Reino Unido também recebem pagamentos.
Os parlamentares belgas apelaram ao governo em Bruxelas que "restabeleça a justiça – fiscal, social e memorial – respeitando compromissos históricos e morais assumidos pelos fundadores da União Europeia, incluindo a Bélgica e a Alemanha".
A deputada oposicionista Ulla Jelpke, do partido alemão A Esquerda, declarou que os partidos no governo, em especial a União Democrata Cristã (CDU), repetidamente bloquearam tentativas de acabar com os pagamentos.
"É inaceitável que colaboradores do regime nazista estejam recebendo pensões há décadas, enquanto vítimas dos nazistas tenham que lutar por compensações", declarou Jelpke à DW. "Isso vale para voluntários estrangeiros da SS como para os internos. Qualquer um que tenha voluntariamente participado das práticas assassinas e destrutivas dos nazistas não pode receber qualquer tipo de recompensa."
Foi o próprio Adolf Hitler que, em 1941, assegurou o pagamento das pensões, que até 38 mil cidadãos belgas chegaram a receber, segundo estimativas.
País neutro no início da Segunda Guerra Mundial, a Bélgica entrou na guerra em maio de 1940, após uma invasão alemã de 18 dias que quase não encontrou resistência e que acabou com a rendição do então monarca Leopoldo 3º.
A Bélgica permaneceu ocupada até 1944, e desde 1995 sua legislação entende como crime o negacionismo do Holocausto.
AS/dw/efe
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Os nomes dos pensionistas são conhecidos apenas pelas embaixadas da Alemanha, responsáveis por encaminhar os pagamentos. Mas o jornal De Morgen afirmou que 27 cidadãos belgas recebem o dinheiro, em valores mensais estimados entre 435 e 1.275 euros.
Os quatro parlamentares – Olivier Maingain, Stephane Crusniere, Veronique Caprasse e Daniel Senesael – acrescentaram que antigos membros da SS no Reino Unido também recebem pagamentos.
Os parlamentares belgas apelaram ao governo em Bruxelas que "restabeleça a justiça – fiscal, social e memorial – respeitando compromissos históricos e morais assumidos pelos fundadores da União Europeia, incluindo a Bélgica e a Alemanha".
A deputada oposicionista Ulla Jelpke, do partido alemão A Esquerda, declarou que os partidos no governo, em especial a União Democrata Cristã (CDU), repetidamente bloquearam tentativas de acabar com os pagamentos.
"É inaceitável que colaboradores do regime nazista estejam recebendo pensões há décadas, enquanto vítimas dos nazistas tenham que lutar por compensações", declarou Jelpke à DW. "Isso vale para voluntários estrangeiros da SS como para os internos. Qualquer um que tenha voluntariamente participado das práticas assassinas e destrutivas dos nazistas não pode receber qualquer tipo de recompensa."
Foi o próprio Adolf Hitler que, em 1941, assegurou o pagamento das pensões, que até 38 mil cidadãos belgas chegaram a receber, segundo estimativas.
País neutro no início da Segunda Guerra Mundial, a Bélgica entrou na guerra em maio de 1940, após uma invasão alemã de 18 dias que quase não encontrou resistência e que acabou com a rendição do então monarca Leopoldo 3º.
A Bélgica permaneceu ocupada até 1944, e desde 1995 sua legislação entende como crime o negacionismo do Holocausto.
AS/dw/efe
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