Extrema direita deve dobrar presença no Parlamento Europeu
Pesquisa mostra que partidos eurocéticos lideram entre o eleitorado de três países do bloco, que elege novo parlamento em maio. Conservadores e social-democratas devem perder espaço.Uma pesquisa divulgada pelo tabloide alemão Bild neste sábado (09/03) aponta que que o grupo Europa das Nações e da Liberdade (ENF), que reúne mais de 30 partidos de extrema direita europeus, deve conquistar pelo menos 67 assentos no Parlamento Europeu nas próximas eleições. Hoje, o grupo conta com 34 eurodeputados.
Os europeus vão às urnas de 23 a 26 de maio para eleger representantes para o Parlamento Europeu, que tem 705 assentos.
De acordo com a pesquisa, que entrevistou mais de 9.000 pessoas, os partidos eurocéticos de direita aparecem na liderança da preferência do eleitorado em três dos seis países onde a pesquisa foi conduzida.
Na França, o partido Agrupamento Nacional, de Marine Le Pen, aparece com 23% da preferência. Na Itália, a Liga, o partido de Matteo Salvini, deve conquistar 33% dos votos. Na Polônia, o Lei e Justiça (PiS), de Jaroslaw Kaczynski, que não faz parte do grupo ENF, aparece como o favorito de 42% do eleitorado.
Já os partidos conservadores e social-democratas devem enfrentar uma nova fase de declínio diante do crescimento da extrema-direita nas eleições europeias, que ocorre após uma série de vitórias de legendas populistas nos parlamentos de vários estados-membros do bloco.
A pesquisa mostrou, por exemplo, que o conservador Partido Popular Europeu (EPP), uma organização que reúne siglas conservadoras como a União Democrata-Cristã (CDU) da Alemanha e o Partido Popular da Espanha, deve perder 43 cadeiras, passando de 218 para 175. Já a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), que reúne siglas como o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) deve perder 45 cadeiras, passando de 186 para 141.
Já o grupo parlamentar Verdes/Aliança Livre Europeia, que reúne partidos de esquerda ambientalistas, deve perder oito assentos e permanecer com saldo de 44 eurodeputados.
E ao contrário dos grupos de conservadores, verdes e social-democratas, a A Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa (Alde), que reúne mais de 50 siglas liberais, deve expandir sua presença e ganhar pelo menos 33 assentos extras, passando a contar com pouco mais de cem eurodeputados.
A pesquisa foi realizada na Alemanha, Áustria, Itália, Polônia, Espanha e França.
Na Alemanha, em contraste com a Polônia, a França e a Itália, os conservadores ainda aparecem bem à frente da extrema-direita. Segundo o levantamento, a a União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler federal Angela Merkel e o braço bávaro da sigla, a União Social-Cristã (CSU), permanecem na liderança com 29% das intenções.
Os social-democratas e os verdes devem receber 16% e 15% dos votos, respectivamente.
Já a legenda populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) – que não é membro do grupo ENF – deve receber 12%. Nas eleições de 2014, o AfD recebeu 7,1% dos votos. Por fim, o partido A Esquerda aparece com 9%.
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Os europeus vão às urnas de 23 a 26 de maio para eleger representantes para o Parlamento Europeu, que tem 705 assentos.
De acordo com a pesquisa, que entrevistou mais de 9.000 pessoas, os partidos eurocéticos de direita aparecem na liderança da preferência do eleitorado em três dos seis países onde a pesquisa foi conduzida.
Na França, o partido Agrupamento Nacional, de Marine Le Pen, aparece com 23% da preferência. Na Itália, a Liga, o partido de Matteo Salvini, deve conquistar 33% dos votos. Na Polônia, o Lei e Justiça (PiS), de Jaroslaw Kaczynski, que não faz parte do grupo ENF, aparece como o favorito de 42% do eleitorado.
Já os partidos conservadores e social-democratas devem enfrentar uma nova fase de declínio diante do crescimento da extrema-direita nas eleições europeias, que ocorre após uma série de vitórias de legendas populistas nos parlamentos de vários estados-membros do bloco.
A pesquisa mostrou, por exemplo, que o conservador Partido Popular Europeu (EPP), uma organização que reúne siglas conservadoras como a União Democrata-Cristã (CDU) da Alemanha e o Partido Popular da Espanha, deve perder 43 cadeiras, passando de 218 para 175. Já a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), que reúne siglas como o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) deve perder 45 cadeiras, passando de 186 para 141.
Já o grupo parlamentar Verdes/Aliança Livre Europeia, que reúne partidos de esquerda ambientalistas, deve perder oito assentos e permanecer com saldo de 44 eurodeputados.
E ao contrário dos grupos de conservadores, verdes e social-democratas, a A Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa (Alde), que reúne mais de 50 siglas liberais, deve expandir sua presença e ganhar pelo menos 33 assentos extras, passando a contar com pouco mais de cem eurodeputados.
A pesquisa foi realizada na Alemanha, Áustria, Itália, Polônia, Espanha e França.
Na Alemanha, em contraste com a Polônia, a França e a Itália, os conservadores ainda aparecem bem à frente da extrema-direita. Segundo o levantamento, a a União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler federal Angela Merkel e o braço bávaro da sigla, a União Social-Cristã (CSU), permanecem na liderança com 29% das intenções.
Os social-democratas e os verdes devem receber 16% e 15% dos votos, respectivamente.
Já a legenda populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) – que não é membro do grupo ENF – deve receber 12%. Nas eleições de 2014, o AfD recebeu 7,1% dos votos. Por fim, o partido A Esquerda aparece com 9%.
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