Maduro anuncia troca de ministros para "blindar" país
Na esteira do apagão de vários dias, que gerou caos no país assolado por uma grave crise econômica e política, governo de Nicolás Maduro anuncia reestruturação para "blindar a pátria de qualquer ameaça".O governo do presidente Nicolás Maduro anunciou neste domingo (18/03) que realizará uma troca em seu ministério para "blindar" a nação de possíveis ameaças, pouco depois do fim do apagão no sistema de energia elétrica que afetou a maior parte da Venezuela.
"O presidente solicitou a todo o gabinete executivo que coloque seus cargos à disposição para efeito de uma restruturação profunda dos métodos de funcionamento do governo bolivariano para blindar a pátria de qualquer ameaça", afirmou a vice-presidente Delcy Rodríguez.
A decisão ocorre num momento em que o país atravessa uma grave crise política e em meio à hiperinflação, escassez de medicamentos e alimentos e de um colapso nos serviços públicos, e na esteira do apagão de quase uma semana de duração que paralisou grande parte do país e afetou as comunicações, transportes, comércio e abastecimento de água.
Maduro atribuiu a interrupção no fornecimento de energia elétrica a um ataque cibernético perpetrado pelos Estados Unidos e a sabotagens levadas a cabo pela oposição.
Segundo o governo, o ataque cibernético teve como alvo a sala de controle da principal hidrelétrica do país, a usina de Guri, no estado de Bolívar, e se estendeu para a toda a rede elétrica. Por sua vez, a oposição aponta a incompetência e a má administração de recursos públicos como as causas do apagão.
Alguns engenheiros locais dizem que anos de baixos investimentos e de falta de manutenção nas usinas geradoras de energia e na rede elétrica do país foram as causas do apagão. A Universidade Central da Venezuela, a principal do país, apresentou na semana passada uma avaliação que desmente a tese do governo e afirma que um incêndio sobrecarregou as linhas de transmissão e desativou as salas e máquinas da hidrelétrica de Guri.
No último sábado, Maduro realizou uma inspeção no complexo hidrelétrico em Bolívar e prometeu uma transformação da estatal Corpoelec, encarregada do fornecimento nacional de energia. "Hoje me comprometo junto a vocês com um processo de transformação profundo da Corpoelec", afirmou o presidente aos trabalhadores da empresa, lembrando que o Ministério Público realiza uma investigação sobre a crise elétrica.
O líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, voltou a responsabilizar Maduro pelo apagão durante o giro que realiza pelo país, na chamada "operação liberdade", que visa mobilizar a população a reclamar a posse do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.
"Já começamos a organização de toda a Venezuela para a operação liberdade", disse Guaidó. "Vamos nos organizar para continuar apelando aos funcionários públicos, às Forças Armadas e a todos os venezuelanos que querem mudar definitivamente esta situação."
Guaidó, que é presidente da Assembleia Nacional, elevou o embate entre a oposição e Maduro ao se autoproclamar presidente interino, no dia 23 de janeiro. Desde então, ele recebeu o apoio de mais de 50 governos em todo o mundo.
RC/rtr/efe/ap
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"O presidente solicitou a todo o gabinete executivo que coloque seus cargos à disposição para efeito de uma restruturação profunda dos métodos de funcionamento do governo bolivariano para blindar a pátria de qualquer ameaça", afirmou a vice-presidente Delcy Rodríguez.
A decisão ocorre num momento em que o país atravessa uma grave crise política e em meio à hiperinflação, escassez de medicamentos e alimentos e de um colapso nos serviços públicos, e na esteira do apagão de quase uma semana de duração que paralisou grande parte do país e afetou as comunicações, transportes, comércio e abastecimento de água.
Maduro atribuiu a interrupção no fornecimento de energia elétrica a um ataque cibernético perpetrado pelos Estados Unidos e a sabotagens levadas a cabo pela oposição.
Segundo o governo, o ataque cibernético teve como alvo a sala de controle da principal hidrelétrica do país, a usina de Guri, no estado de Bolívar, e se estendeu para a toda a rede elétrica. Por sua vez, a oposição aponta a incompetência e a má administração de recursos públicos como as causas do apagão.
Alguns engenheiros locais dizem que anos de baixos investimentos e de falta de manutenção nas usinas geradoras de energia e na rede elétrica do país foram as causas do apagão. A Universidade Central da Venezuela, a principal do país, apresentou na semana passada uma avaliação que desmente a tese do governo e afirma que um incêndio sobrecarregou as linhas de transmissão e desativou as salas e máquinas da hidrelétrica de Guri.
No último sábado, Maduro realizou uma inspeção no complexo hidrelétrico em Bolívar e prometeu uma transformação da estatal Corpoelec, encarregada do fornecimento nacional de energia. "Hoje me comprometo junto a vocês com um processo de transformação profundo da Corpoelec", afirmou o presidente aos trabalhadores da empresa, lembrando que o Ministério Público realiza uma investigação sobre a crise elétrica.
O líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, voltou a responsabilizar Maduro pelo apagão durante o giro que realiza pelo país, na chamada "operação liberdade", que visa mobilizar a população a reclamar a posse do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.
"Já começamos a organização de toda a Venezuela para a operação liberdade", disse Guaidó. "Vamos nos organizar para continuar apelando aos funcionários públicos, às Forças Armadas e a todos os venezuelanos que querem mudar definitivamente esta situação."
Guaidó, que é presidente da Assembleia Nacional, elevou o embate entre a oposição e Maduro ao se autoproclamar presidente interino, no dia 23 de janeiro. Desde então, ele recebeu o apoio de mais de 50 governos em todo o mundo.
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