Europeus veem papel maior da Alemanha no mundo
Pesquisa realizada em dez nações europeias revela percepção de que país ganha importância enquanto outras potências, como França e Reino Unido, estão em declínio ou estagnadas.Uma pesquisa publicada nesta terça-feira (19/03) pelo centro de pesquisas Pew Research Center revelou que quase a metade dos europeus em dez Estados-membros da União Europeia (UE) entende que a Alemanha desempenha hoje um papel mais importante no mundo do que há dez anos.
"Existe a sensação na Europa de que, enquanto o poder alemão aumenta, o dos franceses e britânicos permanece estagnado ou está em declínio", afirma o centro de pesquisas.
Entre os entrevistados, 47% responderam que a Alemanha desempenha um papel mais importante em questões mundiais, percentual bem superior ao registrado para a França (25%) e o Reino Unido (21%).
Essa percepção sobre o papel mais significativo da Alemanha em termos globais é maior na Grécia, onde 81% dos entrevistados concordaram com a afirmação, enquanto na Itália e na Espanha esse percentual é de 56%. O índice mais baixo foi registrado no Reino Unido (37%).
Para a maioria dos entrevistados nos dez países da UE, o bloco de 28 nações promove a paz (74%), os valores democráticos (64%) e a prosperidade (55%). Poloneses e espanhóis deram as melhores avaliações nesse quesito, enquanto as mais baixas foram registradas na Grécia e no Reino Unido.
Uma média de 62% dos entrevistados afirmou que a UE não entende as necessidades de seus cidadãos, opinião compartilhada pela maioria dos entrevistados em oito dos dez países. Apenas na Alemanha (49%) e na Polônia (42%) essa avaliação teve índices menos acentuados.
A pesquisa registrou média de 62% entre os que afirmam ter uma visão positiva da UE, sendo que o percentual mais alto foi registrado na Polônia (72%) e o mais baixo, na Grécia (37%), único país onde as avaliações negativas nesse quesito superam as positivas. Na Alemanha, 67% disseram ter uma opinião favorável sobre a UE.
Exatamente a metade dos entrevistados nos dez países afirma que a situação econômica piorou para o cidadão médio, enquanto 15% dizem que ela se manteve igual e 31% avaliam que melhorou. Na Grécia, país que atravessou uma grave crise econômica e teve de adotar medidas de austeridade impostas pelos credores, incluindo a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, a avaliação negativa é de 87%. A sensação de melhora mais acentuada foi registrada na Polônia (68%).
A crise migratória, cujo ápice ocorreu em 2015, ano em que a Alemanha abriu suas fronteiras para em torno de 1 milhão de refugiados, gerou uma crise política cujos efeitos ainda exercem influência nos dias atuais. O centro de pesquisas Pew afirma que existem "graves preocupações sobre a imigração em alguns países".
"As maiorias ou pluralidades na maioria das nações desejam que menos migrantes possam entrar em seus países", afirma o estudo. Segundo o levantamento, 53% dos entrevistados afirmam que os migrantes fazem com que seus países se tornem "mais fortes através de seu trabalho e talento", ao mesmo tempo em que 57% dizem que a imigração aumenta o risco de terrorismo.
RC/dw/ots
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"Existe a sensação na Europa de que, enquanto o poder alemão aumenta, o dos franceses e britânicos permanece estagnado ou está em declínio", afirma o centro de pesquisas.
Entre os entrevistados, 47% responderam que a Alemanha desempenha um papel mais importante em questões mundiais, percentual bem superior ao registrado para a França (25%) e o Reino Unido (21%).
Essa percepção sobre o papel mais significativo da Alemanha em termos globais é maior na Grécia, onde 81% dos entrevistados concordaram com a afirmação, enquanto na Itália e na Espanha esse percentual é de 56%. O índice mais baixo foi registrado no Reino Unido (37%).
Para a maioria dos entrevistados nos dez países da UE, o bloco de 28 nações promove a paz (74%), os valores democráticos (64%) e a prosperidade (55%). Poloneses e espanhóis deram as melhores avaliações nesse quesito, enquanto as mais baixas foram registradas na Grécia e no Reino Unido.
Uma média de 62% dos entrevistados afirmou que a UE não entende as necessidades de seus cidadãos, opinião compartilhada pela maioria dos entrevistados em oito dos dez países. Apenas na Alemanha (49%) e na Polônia (42%) essa avaliação teve índices menos acentuados.
A pesquisa registrou média de 62% entre os que afirmam ter uma visão positiva da UE, sendo que o percentual mais alto foi registrado na Polônia (72%) e o mais baixo, na Grécia (37%), único país onde as avaliações negativas nesse quesito superam as positivas. Na Alemanha, 67% disseram ter uma opinião favorável sobre a UE.
Exatamente a metade dos entrevistados nos dez países afirma que a situação econômica piorou para o cidadão médio, enquanto 15% dizem que ela se manteve igual e 31% avaliam que melhorou. Na Grécia, país que atravessou uma grave crise econômica e teve de adotar medidas de austeridade impostas pelos credores, incluindo a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, a avaliação negativa é de 87%. A sensação de melhora mais acentuada foi registrada na Polônia (68%).
A crise migratória, cujo ápice ocorreu em 2015, ano em que a Alemanha abriu suas fronteiras para em torno de 1 milhão de refugiados, gerou uma crise política cujos efeitos ainda exercem influência nos dias atuais. O centro de pesquisas Pew afirma que existem "graves preocupações sobre a imigração em alguns países".
"As maiorias ou pluralidades na maioria das nações desejam que menos migrantes possam entrar em seus países", afirma o estudo. Segundo o levantamento, 53% dos entrevistados afirmam que os migrantes fazem com que seus países se tornem "mais fortes através de seu trabalho e talento", ao mesmo tempo em que 57% dizem que a imigração aumenta o risco de terrorismo.
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